sábado, 23 de novembro de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 23.11.24 - 133 Anos da Renúncia de Deodoro da Fonseca e do Início da Primeira Revolta da Armada

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🛥💣🔥 Num dia como hoje, 23 de novembro, há 133 anos, o primeiro presidente da República brasileira, o Marechal Deodoro da Fonseca renunciava, passando o poder para o vice-presidente Floriano Peixoto, que ficou conhecido como o Marechal de Ferro, mediante as ameaças do almirante Custódio de Melo, que ameaçava bombardear a cidade do Rio de Janeiro, que era a capital do país na época, fato que entrou para a História como sendo a Primeira Revolta da Armada. Os governos de Deodoro e Floriano ficaram conhecidos como a República da Espada (1889-1894), período em que os militares ocuparam a presidência após o golpe militar de 15 de novembro que derrubou a monarquia e instituiu a República.

Gravemente enfermo, em idade avançada, sem forças nem paciência para reagir às pressões, Deodoro da Fonseca renunciou passando o governo ao vice-presidente, Floriano Peixoto, alagoano e marechal como ele. As semanas anteriores a renúncia foram marcadas por protestos em todo o país. O clímax do conflito se dera no dia 3 de novembro de 1891, quando Deodoro, em mais uma de suas atitudes intempestivas e autoritárias, dissolvera o Congresso Nacional.

As relações entre o presidente e o Congresso tinham azedado desde antes da eleição indireta que o manteve no principal cargo da recém inaugurada república, em 25 de fevereiro daquele ano. No dia anterior, ao dar por encerrados os seus trabalhos, a Assembleia Constituinte aprovara uma moção apresentada pelo senador Quintino Bocaiúva, declarando Benjamin Constant, falecido algumas semanas antes, o verdadeiro fundador da República brasileira e um “belo modelo de virtudes” no qual os futuros governantes deveriam se inspirar. O vaidoso marechal julgou a decisão inaceitável. Afinal, acreditava ser ele o pai do novo regime, ficando todos os demais no papel de meros coadjuvantes.

No que ficou conhecido como "Golpe de Três de Novembro", três semanas antes da renúncia, Deodoro mandara publicar dois decretos que, na prática, colocavam o país sob o controle de uma ditadura militar. O primeiro dissolvia o Congresso. O segundo instaurava o estado de sítio, pelo qual ficavam suspensas todas as disposições da nova Constituição republicana relativas aos direitos individuais e políticos. A partir daquele momento, qualquer pessoa poderia ser presa sem direito a habeas corpus ou defesa prévia. 

Logo após a publicações dos decretos, militares cercaram os edifícios da Câmara e do Senado, prendendo vários opositores de Deodoro, incluindo Quintino Bocaiúva e outros republicanos civis que na manhã de 15 de novembro de 1889 estiveram ao lado do marechal no momento de derrubar a monarquia.

Assustados com a repressão do governo a seus opositores, os governadores de início apoiaram a ação de Deodoro, com a única exceção do paraense Lauro Sodré, antigo correligionário de Benjamin Constant. O resultado foi uma onda de protestos e rebeliões em todo o país.

No Rio Grande do Sul, um grupo depôs o positivista Júlio de Castilhos do governo do Estado, substituindo-o por uma junta administrativa, jocosamente apelidada de governicho. No Rio de Janeiro, os funcionários da Estrada de Ferro Central do Brasil entraram em greve. A principal reação, no entanto, veio da Marinha, reduto de simpatias monarquistas que nunca se aliara totalmente ao governo republicano. Na manhã de 23 de novembro, o almirante Custódio José de Mello ameaçou bombardear a cidade caso Deodoro não voltasse atrás nas suas decisões. O impasse durou algumas horas, sem que um só tiro fosse disparado.

Atacado por todos os lados e incapaz de encontrar uma saída política para o labirinto em que transformara o próprio governo, só restou ao velho marechal a renúncia. — "Assino o decreto de alforria do derradeiro escravo do Brasil" — teria dito ao rubricar o documento de renúncia. — "Não quero aumentar o número de viúvas e órfãos em meu país. Mandem chamar o Floriano. Não sou mais presidente da República e vou pedir a minha reforma".

Deodoro morreu nove meses mais tarde, em 23 de agosto de 1892, sendo enterrado à paisana, sem honras militares, como era seu desejo. 😞😓😥😢😭

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre o Marechal Deodoro da Fonseca e a Proclamação da República brasileira, acesse:





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