quinta-feira, 13 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 13.05.21 - 140 Anos do Nascimento de Lima Barreto

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📚 Há 140 anos nascia um dos mais promissores escritores brasileiros: LIMA BARRETO. Em seus textos, jornalísticos ou literários, Lima Barreto costumava criticar os políticos desonestos e mostrar as injustiças e as desigualdades sociais. Denunciava também a discriminação racial, de que ele próprio era vítima, por ser negro e neto de escravos. Hoje, é considerado um dos maiores escritores brasileiros. Seus livros já foram traduzidos para vários idiomas.

Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1881. Era filho do tipógrafo João Henriques de Lima Barreto e da professora Amália Augusta, ambos de origem humilde. Os dois valorizavam a educação e a cultura. Lima Barreto era afilhado do visconde de Ouro Preto, um político influente da época, por isso recebeu uma educação de qualidade apesar das poucas condições da família.

Amália Augusta morreu em 1888, quando Lima Barreto tinha 7 anos. No mesmo ano, a escravidão foi abolida no Brasil, na data de seu aniversário: 13 de maio. No ano seguinte, 1889, o Brasil deixou de ser monarquia e se tornou república. Para os escravos libertos e para a população mais pobre, essas mudanças não significaram uma vida melhor. Muitos ex-escravos não conseguiam trabalho. Eles não tinham estudos nem recursos. A maioria das pessoas não conseguia um lote de terra para construir uma casa e plantar o que comer, porque a maior parte das terras pertencia a um pequeno grupo de proprietários.

João Henriques passou a sofrer de transtornos mentais. Lima Barreto, que estava na faculdade cursando engenharia, precisou abandonar os estudos para trabalhar e sustentar os irmãos mais novos. Tornou-se funcionário público e foi trabalhar no Ministério da Guerra. Trabalhou também na redação de vários jornais do Rio de Janeiro, como Correio da Manhã, Jornal do Comércio, Gazeta da Tarde e Correio da Noite, além das revistas Careta, Hoje e Fon-Fon!. Fazia reportagens, crônicas e artigos. Além disso, escrevia também romances e contos.

Lima Barreto produziu dezessete livros, mas grande parte deles foi publicada apenas depois de sua morte. Seu romance mais famoso é Triste fim de Policarpo Quaresma, publicado em 1915. O protagonista é um funcionário público fanático pelo Brasil. Ele acredita que o Brasil é o melhor em tudo, e chega a propor ao Congresso Nacional que o tupi-guarani passe a ser a língua oficial do país. É ridicularizado e enfrenta muitas dificuldades e desilusões. O romance é escrito em uma linguagem direta e próxima da fala cotidiana, com humor e ironia. É considerado o principal exemplo do pré-modernismo brasileiro, um período literário em que os escritores começavam a experimentar novas linguagens e a escrever sobre novos temas. Inspirado nele foi feito o filme "Policarpo Quaresma, Herói do Brasil" (BRA/1998) dirigido por Paulo Thiago.

Lima Barreto escreveu também os romances Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909), Numa e a ninfa (1915), Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919) e Clara dos Anjos (1948). Seus artigos e crônicas foram reunidos em Os bruzundangas, Feiras e mafuás, Vida urbana e Marginália, entre outras coletâneas. Escreveu muitos contos, como “A nova Califórnia” e “O homem que sabia javanês”. Deixou suas memórias em Diário íntimo (1953) e O cemitério dos vivos (1953), que ficou inacabado.

Lima Barreto trabalhou muito, mas teve uma vida difícil e morreu na pobreza. Ele faleceu no Rio de Janeiro, no dia 1° de novembro de 1922 aos 41 anos. Em 2017 teve sua vida transcrita na célebre biografia Lima Barreto - Triste Visionário escrito pela historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, publicada pela Companhia das Letras, livro este que ganhou o Prêmio APCA 2017 de melhor biografia. 👏👏👏👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Enciclopédia Britannica Escola - Versão WEB

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