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😮😨😆 Era dia 21 de junho, final da Copa do Mundo de 1970, sediada no México. Brasil contra Itália. Aos 42 minutos do segundo tempo, os mais de 100 mil torcedores presentes no Estádio Azteca assistem ao então capitão da seleção brasileira, Carlos Alberto, marcar o quarto e último gol da partida. Placar final: Brasil 4 x 1 Itália. Há exatos 51 anos, o Brasil se consagra o primeiro país tricampeão da Copa do Mundo de Futebol.
A equipe também entrou para a história como uma das melhores de todos os tempos. O time verde-amarelo ganhou todas as três partidas da primeira fase: Tchecoslováquia (4-1), Inglaterra (1-0) e Romênia (3-2). Depois, venceu o Peru (4-2), o Uruguai (3-1) e a disputa na final contra a Itália, quando goleou o rival por 4 a 1. A Copa do Mundo no México também entrou para a história como a primeira a ser transmitida a cores e via satélite para todo o mundo. Curiosamente, pouco antes do Mundial, o então treinador do Brasil, João Saldanha, não havia convocado Pelé por conta de uma lesão e também porque o Rei do Futebol tinha miopia. Contudo, Saldanha foi demitido antes da Copa do Mundo e o seu sucessor, Zagallo, tratou de chamar Pelé para disputar o campeonato na México.
A conquista do tricampeonato se deu em meio ao regime militar brasileiro, instituído em 1964 com o golpe que derrubou João Goulart. O sucesso no futebol foi usado ufanisticamente pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, para acobertar as prisões, torturas e perseguições aos opositores e propagar um nacionalismo exarcebado, expresso em frases do tipo: "Brasil - Ame-o ou Deixe-o" ou “Ninguém segura este país”. O governo militar apropriou-se até do jingle da Copa “Pra frente Brasil”.
O presidente Médici chegou a interferir até na escalação dos jogadores para o campeonato. Na época, a seleção era comandada pelo técnico e jornalista João Saldanha, conhecido militante comunista e contrário ao governo. No início de 1970, durante o sorteio de grupos da Copa, Saldanha levou ao México um dossiê denunciando a repressão praticada pela ditadura. A poucos meses da Copa, o general Médici manifestou seu desejo em ver o jogador Dadá Maravilha no time brasileiro. Questionado pela imprensa sobre o pedido do presidente, Saldanha deu a famosa resposta: “Nem eu escalo ministério, nem o presidente escala time”. Aliado a outras desavenças, o episódio resultou na polêmica demissão de Saldanha, substituído pelo técnico Zagallo.
Durante a preparação para os jogos, militares acompanharam de perto a seleção, mantendo o presidente informado sobre o dia a dia dos jogadores. O próprio Médici telefonava para os craques depois cada partida. A vitória da seleção consagrou o Brasil como o país do futebol, mas também contribuiu para vangloriação do regime opressor da época. 🔰😞😓😥🔰
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto:
📺 Canal History Brasil.
🖱️ Site Quero Bolsa - Copa de 1970 e Ditadura Militar. (adaptado)
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