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🪖 Num dia como hoje, 18 de julho, há 96 anos era lançado o Volume Um da autobiografia filosófica de Adolf Hitler, MEIN KAMPF (Minha Luta). O livro combina elementos autobiográficos com a exposição da ideologia política nacional-socialista e vendeu um total de 9.473 cópias em seu primeiro ano. Foi um projeto da sua agenda de Hitler para o Terceiro Reich e uma clara exposição do pesadelo que envolveria a Europa de 1939 a 1945.
Hitler começou a compor seu livro enquanto estava na prisão de Landsberg, condenado por traição por seu papel no infame "Beer Hall Putsch" (Putsch da Cervejaria), no qual ele e seus asseclas tentaram dar um golpe e obter o controle do governo da Baviera. Terminou em desastre, com alguns aliados desertando e outros caindo nas mãos das autoridades. Hitler foi condenado a cinco anos de prisão (ele cumpriria apenas nove meses). Seu tempo na velha fortaleza de Landsberg não foi nada brutal; ele tinha permissão para receber convidados e presentes, e era tratado como uma espécie de herói de culto. Ele decidiu fazer bom uso de seu tempo de lazer e começou a ditar o Volume Um de sua obra-prima para Rudolph Hess, um membro leal do Partido Nacional Socialista Alemão e companheiro revolucionário.
A primeira parte de Mein Kampf, com o subtítulo “A Reckoning”, é uma crítica excessiva e rigorosa de mais de 400 páginas sobre os problemas que afligem a Alemanha – os franceses, que desejavam desmembrar a Alemanha; a falta de Lebensraum, “espaço vital” e a necessidade de expandir o leste para a Rússia; e a influência maligna das raças "mestiças". Para Hitler, o estado não era uma entidade econômica, mas racial. A pureza racial era uma necessidade absoluta para uma Alemanha revitalizada. Segundo ele, “os homens não morrem como resultado de guerras perdidas, mas pela perda ... de sangue puro.”
Quanto à liderança, o Terceiro Reich de Hitler imitaria o ideal prussiano de governo autoritário absoluto. “Não deve haver decisões por maioria, mas apenas pessoas responsáveis ... Certamente todo homem terá conselheiros ... mas a decisão será tomada por um homem.”
O volume dois de Mein Kampf, enfocando o nacional-socialismo, foi publicado em 1927. As vendas da obra completa permaneceram medíocres ao longo da década de 1920. Somente em 1933, o primeiro ano da gestão de Hitler como chanceler da Alemanha, as vendas dispararam para mais de 1 milhão. Sua popularidade atingiu o ponto em que se tornou um ritual dar uma cópia a um casal recém-casado.
Apesar de estar sob domínio público desde dezembro de 2015, sua publicação no Brasil foi proibida pela 33ª Vara Criminal do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) em fevereiro de 2016 numa liminar do juiz Alberto Salomão por fato do livro incitar práticas de intolerância contra grupos sociais, étnicos e religiosos. O aumento de grupos neonazistas é um bom exemplo do perigo em disseminar este tipo de literatura sem abordar seu contexto histórico. 🚫📚🚫
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto 📺 History Channel (o último parágrafo é de nossa autoria) 🙂
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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