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🎉📆 No Dia Internacional do Idoso pouco temos a comemorar no Brasil. O sonho de uma velhice tranquila e serena após anos de trabalho e contribuição esbarra na realidade das baixas aposentarias obrigando idosos a estenderem sua jornada de trabalho há anos a fio, sem que consigam sequer desfrutar dos prazeres que a vida proporciona. O eufeminismo de "melhor idade" esconde na verdade uma realidade de lutas, explorações, exclusões e enfermidades. São diariamente centenas de idosos ludibriados por parentes e explorados com empréstimos vultuosos que tiram deles até o poder de compra de uma medicação que é necessária.
O país do futuro (que nunca se sabe quando chegará) negligencia os protagonistas do país do passado. Salvo raríssimas exceções, envelhecer no Brasil é um exercício diário de resistência e resiliência. As políticas públicas voltadas para este segmento são precárias e não atingem a maioria da população dessa faixa etária, principalmente aquelas que estão esquecidas e abandonadas nas periferias e grotões perdidos no país da fome e do descaso. Quantas experiências vividas e que serveriam de exemplos para as gerações que estão chegando e infelizmente são descartadas porque suas vozes já não tem mais o mesmo vigor de anos atrás.
O Estatuto do Idoso, que hoje completa sua maioridade, já é um começo para legitimar direitos que são negligenciados aos mais velhos. É preciso pontuar que enquanto a população envelhece, o país precisa se preparar para acolhê-los com a dignidade e respeito que eles merecem. E o primeiro ponto disso é rever a reforma da Previdência aprovada em 12 de novembro de 2019, que tirou dos trabalhadores garantias e conquistas de anos de lutas. É preciso repensar a vida não enquanto quantidade de dias vividos, mas em termos de qualidade de vida mesmo, e isso se faz com políticas públicas e ações coletivas e/ou individuais que garantam aos idiosos atendimento médico e hospitalar diferenciado, moradia, lazer, educação, proteção contra maus tratos, acolhimento dos que não tem mais amparo familiar, acesso aos ritos de sua religião, etc.
Viver muito não é apenas uma casualidade existencial, é uma dádiva da natureza, que deve ser respeitada pelos governantes. A essência e a experiência dos cabelos brancos tem muito a ensinar aos que ainda estão dando os primeiros passos na longa jornada da vida. 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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