segunda-feira, 22 de novembro de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 22.11.21 - 111 Anos da Revolta da Chibata

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⛓️A Revolta da Chibata liderada pelo marinheiro João Cândido Felisberto teve como principal pauta o fim dos castigos corporais (chibatadas) aplicados aos marinheiros de baixa patente, em sua maioria negros e pobres. O pretexto para o estopim foi o espancamento do marinheiro Marcelino Rodrigues Meneses no encouraçado Minas Gerais, que recebeu 250 chibatadas por levar cachaça a bordo e ferir um cabo à navalha. Entre os dias 22 e 27 de novembro, os marinheiros liderados por João Cândido conseguiram sublelevar vários navios da Marinha - Minas Gerais, São Paulo, Deodoro, Bahia e mais quatro embarcações menores. A estratégia era bombardear o Rio de Janeiro, que era então a capital da República. Um ultimato foi enviado ao governo, redigido pelo marinheiro Francisco Dias Martins, que se autodenominava Mão Negra, mas atribuído a João Cândido. Num primeiro momento, autoridades do governo se dividem entre negociar ou atacar o grupo dos inssurgentes. Atemorizada a população mais rica da cidade fugiu às pressas enquanto o conflito não se decidia. O presidente Hermes da Fonseca dedide pela negociação, e acaba aceitando as exigências dos revoltosos: extingue as chiabatadas e anistia os revoltosos. A revolta acabou, mas não a repressão. Hermes da Fonseca expulsa os envolvidos da Marinha e, após João Cândido se apresentar como mediador de outra revolta que estourou entre os fuzileiros navais, manda prender João Cândido e mais 17 companheiros numa cela na Ilha das Cobras, sendo a que apenas ele e um soldado conhecido como Pau de Lira conseguiram sobreviver à insolação da prisão. Seis meses depois, em abril de 1911, foi detido no Hospital dos Alienados como louco. Solto e absolvido em 1912, tornou-se estivador e vendedor de peixes no mercado da Praça XV, em frente ao porto. João Cândido viria a ser homenageado pelos compositores Aldir Blanc e João Bosco que compuseram o samba-enredo "Mestre-Sala dos Mares". Em 22 de novembro de 2007 uma estátua sua foi inaugurada nos jardins do Museu da República, no palácio do Catete, e em 24 de julho de 2008 o Diário Oficial da União publicou a Lei n° 11.756, que lhe concedeu anistia, mas vetou sua reintegração à Marinha. João Cândido morreu em 1969, aos 89 anos, pobre e esquecido, mas com a certeza de que foi o homem que acabou com a Chibata na Marinha do Brasil. 💪🏾👊🏾

#111anosdarevoltadachibata
#guerraserevoltasnarepublica
#VidasNegrasImportam

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre João Cândido:



⏳#muitahistoriapracontar⌛

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