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😭✝️⚰️ Num dia como hoje, 16 de dezembro, há 45 anos terminava em tragédia a reunião com os principais dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) que acontecia no Comitê Central do PCdoB, localizado na Rua Pio XI, nº 767, no bairro da Lapa em São Paulo. Delatados por Manoel Jover Telles, os militantes foram surpreendidos por uma operação do exército brasileiro e três dirigentes do partido acabaram mortos: Pedro Ventura de Araújo Pomar, de 63 anos, e Ângelo Arroyo, de 48, e João Batista Franco Drummond, que morreu atropelado na região depois de conseguir fugir do tiroteio. O fato entrou para a História com o nome de CHACINA DA LAPA ou MASSACRE DA LAPA e até hoje nenhum responsável foi punido.
O PCdoB, uma dissidência do Partido Comunista Brasileiro, na época estava na clandestinidade por conta da repressão do regime militar imposto após o golpe de 1964. A guerrilha rural dos comunistas do PCdoB na região do Araguaia, da qual resultaram centenas de presos, torturados e mortos, ainda era uma ferida aberta no brio dos militares golpistas, que logo quiseram prender João Amazonas, "O Homem do Araguaia", que estava vivo e em liberdade, por isso especialmente visado.
A operação militar que se sucedeu só teve êxito graças a Manoel Jover Telles que havia traído os companheiros, informando o dia e o local da reunião do Comitê Central ao Exército. Telles, que havia sido preso em meados de 1976, negociara com os órgãos da repressão política e fornecera informações sobre a próxima reunião do Comitê Central (CC) do PCdoB. O que Telles não sabia era que um imprevisto levou João Amazonas a viajar para o exterior, o que o impediu de participar da referida reunião.
Em entrevista ao programa Dossiê Globonews, exibida no dia 3 de abril de 2010, o general Leônidas Pires Gonçalves, ex-chefe do DOI-Codi do Exército no Rio de Janeiro (1974-1977), admitiu que o regime militar pagou 150 mil cruzeiros para que Manoel Jover Telles traísse o PCdoB e se aliasse à repressão. As informações obtidas a partir do suborno foram encaminhadas ao II Exército, de São Paulo, que pôs em operação a Chacina da Lapa.
João Batista Franco Drummond, preso no dia anterior, à tarde, após sair da casa, fora levado ao DOI/CODI, onde morreu sob tortura, durante a madrugada. ngelo Arroyo e Pedro Pomar foram mortos na incursão. Outros cinco integrantes – Elza Monnerat, Haroldo Lima, Aldo Arantes, Joaquim Celso de Lima e Maria Trindade – foram presos e torturados. Conseguiram escapar da prisão José Novaes e Manoel Jover Telles.
Naquela noite, no Rio, o agente Atílio da Silva, da Superintendência Regional da Polícia Federal, informou por telefone que "Por ordens superiores, estava recomendando que as emissoras de rádio e televisão limitassem seus noticiários sobre o choque entre elementos do Partido Comunista Brasileiro e a Força de Segurança". Segundo ele, tratava-se de Nota Oficial para a imprensa, vinda de Brasília e assinada pelo Diretor-Geral do DPF.
O massacre da Lapa repercutiu internacionalmente. Diversas manifestações de repúdio às ações do governo militar foram feitas, incluindo um manifesto assinado por 40 mil pessoas. Em Lisboa, o grupo Ação Cultural Vozes na Luta compôs a música “Sangue em Flor” em em homenagem aos mártires da PCdoB mortos pelos algozes da ditadura há 45 anos. 💪🎶🖤
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Fontes consultadas 📺 Canal History Brasil e Wikipedia.
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