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🇪🇨 🇵🇪 🇨🇴 Num dia como hoje, 17 de dezembro, há 191 anos, morria na Quinta de San Pedro Alejandrino em Santa Marta, na Colômbia, após uma longa batalha contra a tuberculose, aquele que ainda hoje é lembrado como o libertador das Américas. Estamos falando de SIMÓN BOLÍVAR, militar e líder político venezuelano que liderou o processo de emancipação de várias colônias espanholas latino-americanas. Ele desejava unificar os países recém-emancipados da Coroa Espanhola, mas disputas entre os caudilhos locais terminaram por implodir o projeto político bolivariano.
Apesar de ter vindo da elite criolla (como eram conhecidos os descendentes de espanhóis nascidos na América), Bolívar desde cedo destoou do pensamento corriqueiro de sua classe. O militar foi um defensor do fim da escravidão e considerava a América sob domínio espanhol como uma nação mestiça e não uma extensão da Europa.
José Antonio de la Santíssima Trindad Simón Bolívar y Palácios nasceu em Caracas, no Vice-Reinado de Nova Granada, depois Venezuela, no dia 24 de julho de 1783. Era filho do Coronel Juan Vicente de Bolívar e de Maria de la Concepción Palacios y Blanco, descendentes de rica aristocracia espanhola que chegou à Venezuela em 1588. Teve uma juventude conturbada. Aos 3 anos perdeu o pai e, aos 9, a mãe. Passou a ser criado por se avô materno e, após a morte deste, pelo tio Carlos Palacios. Dois de seus professores, Simón Rodrigues e Andrés Bello, ajudaram a gestar o ideal de libertação que seria o principal legado de Bolívar. O líder viajou para a Europa aos 14 anos, onde estudou os autores iluministas responsáveis por influenciar a Revolução Francesa.
Aos 19 anos, de volta à Venezuela, perdeu a esposa, Maria Tereza del Toro. Decidiu então retornar à Europa. Em 14 de agosto de 1805, então aos 22 anos, fez o famoso juramento do Monte Sacro, onde prometeu que não descansaria até que libertasse toda a América sob controle espanhol. O local tinha um valor simbólico: foi palco do protesto de plebeus contra a aristocracia na Roma antiga. Também influenciou Bolívar sua viagem pelos Estados Unidos, país que havia se tornado independente da Inglaterra no ano de seu nascimento, 1783.
Quando Napoleão Bonaparte ordenou que o exército da França ocupasse a Espanha, foram criadas condições favoráveis para o surgimento de movimentos de independência na América Latina. Ao voltar para a Venezuela, em 1807, organizou um exército e iniciou sua luta contra a Espanha, financiada, em parte, pela fortuna de sua família. Daí em diante passou a travar as guerras de independência, libertando enormes faixas de território e estabelecendo, em 1819, a Grã-Colômbia - que correspondia aos atuais territórios de Colômbia, Panamá, Venezuela e parte do Equador. O líder também libertou Peru e Bolívia.
A história da Grã-Colômbia remonta a um antigo sonho de Bolívar, que era o de unificar as colônias da América espanhola. A ideia, no entanto, acabou minguando. O país sonhado foi sendo dissolvido entre o final dos anos 1820 e 1830 por conta das diferenças políticas entre partidários do federalismo e centralismo, além de tensões regionais. Considerado um herói revolucionário, a atuação de Bolívar foi essencial para o desenrolar de mudanças significativas e pela emancipação da América do Sul. Seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional, em Caracas. Em sua homenagem, e também a San Marin e Sucre, heróis das guerras pelas independências das colônias espanholas das Américas, o nome do principal campeonato de futebol das Américas se chama "Libertadores". 🇻🇪 🇪🇨 🇬🇭
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto 🖱️ Site do Brasil de Fato (adaptado)
👉 Para saber mais sobre Simón Bolívar, acesse:
💻 https://jrscommuitahistoriapracontar.blogspot.com/2021/07/hoje-na-historia-240721-238-anos-do.html
💻 https://jrscommuitahistoriapracontar.blogspot.com/2021/09/hoje-na-historia-250921-193-anos-do.html
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