terça-feira, 21 de dezembro de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 21.12.21 - 41 Anos da Morte de Nélson Rodrigues

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✝️😭⚰️ Num dia como hoje, 21 de dezembro, há 41 anos, no Rio de Janeiro, morria um dos mais impactantes escritores brasileiros, cujos textos até hoje despertam polêmica quando são dramatizados, seja no cinema ou na televisão. Estamos falando de NELSON RODRIGUES, que nesta data se despedia da vida aos 68 anos por conta de complicações cardíacas e respiratórias. Suas peças revolucionaram o teatro brasileiro: "Vestido de Noiva", "Senhora dos Afogados", "O Beijo no Asfalto", "Bonitinha, mas Ordinária" e "Toda Nudez Será Castigada".

Nelson Falcão Rodrigues nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 23 de agosto de 1912, mas se mudou com a família para o Rio de Janeiro quando tinha quatro anos e passou toda a sua vida na capital fluminense. 

Aos 13 anos começou a trabalhar como repórter de polícia no jornal do seu pai, "A Manhã". Por conta deste trabalho, adquiriu grande experiência sobre crimes passionais e também sobre a sociedade. Sua primeira peça foi "A Mulher sem Pecado" (1941), mas o sucesso veio com "Vestido de Noiva" (1943), que representou uma renovação no teatro brasileiro. Apesar da sua popularidade, Nelson Rodrigues também era criticado por escrever textos obscenos e imorais.

Em 1962, publicou crônicas esportivas, onde deixava transparecer sua paixão pelo futebol, em especial pelo Fluminense. Por falar nisso, junto com seu irmão, o jornalista Mário Filho, Nelson foi fundamental para que o clássico Flamengo x Fluminense, o Fla-Flu, adquirisse prestígio e se tornasse um dos grandes confrontos do futebol brasileiro. Entre os personagens fictícios consagrados em suas crônicas estão Gravatinha e Sobrenatural de Almeida.

Assim como seus textos, a vida do escritor também foi marcada por por um crime passional. O jornal "Crítica", de propriedade da sua família, publicou na primeira capa um relato da separação do casal Sylvia Serafim e João Thibau Jr., ilustrada por Roberto, irmão de Nelson. Por conta dessa matéria, Sylvia, a esposa que se separou do marido, comprou uma arma e foi à redação do jornal, onde atirou em Roberto. Nelson foi testemunha do crime do irmão, que morreu dias depois. A tragédia abalou a família, e o pai de Nelson morreu meses depois.

Com a Revolução de 30, "Crítica" deixa de existir e a família mergulha em uma crise financeira. Nelson passa a sofrer com tuberculose e é ajudado financeiramente por Roberto Marinho, amigo de seu irmão Mário Filho. Em 1932, ele é efetivado como repórter do jornal "O Globo". A partir da década de 40, divide o seu tempo entre o jornal e a produção de peças teatrais.

Em 1945, deixa "O Globo" e vai para "O Jornal", dos Diários Associados. Começa a escrever "Meu destino é pecar", com o pseudônimo de Susana Flag. Nelson também começa a escrever a peça "Álbum de família", que teria o texto censurado em 1946, que por se tratar de um incesto, e liberada duas décadas depois. Na década de 50, transfere-se para o jornal "A Última Hora", de Samuel Wainer, onde escreve crônicas de "A vida como ela é".

Nos anos 60, forma a primeira mesa-redonda sobre futebol televisão brasileira na recém-fundada Rede Globo. Em 1963 estreia a primeira telenovela escrita por um autor brasileiro, intitulada “A Morte Sem Espelho”. Nos anos 70, começa a sofrer com problemas de saúde, foi operado, sofreu uma parada respiratória e um enfarte, do qual não resistiu e veio a óbito em 21 de dezembro de 1980. No final de sua vida, reata o relacionamento com sua primeira mulher, Elza Bretanha, que fica com Nelson até seus últimos dias.

A obra de Nelson Rodrigues foi revisitada dezenas de vezes tanto pelo cinema, quanto pela televisão. O universo do dramaturgo Nelson Rodrigues foi levado ao Fantástico entre março e dezembro de 1996 com a série A Vida Como Ela É…, dirigida por Daniel Filho e Denise Saraceni. Baseada na famosa coluna, publicada no jornal carioca Última Hora entre 1951 e 1956, a série apresentava contos tragicômicos de adultério, morte, desejos reprimidos, ciúmes e amores passionais, que se passavam no subúrbio e zona sul do Rio de Janeiro. 🚔💔😵

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#historiadoteatrobrasileiro
#AVidaComoElaÉ

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto:

📺 Canal History Brasil 
📺 Memória Globo
🖱️ Site O Pensador (adaptados) 🙂

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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