quarta-feira, 1 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 01.06.22 - Centenário de Bibi Ferreira

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🎂🎉 Num dia como hoje, há exatos 100 anos nascia no Rio de Janeiro, Abigail Izquierdo Ferreira, que se tornaria artisticamente conhecida como BIBI FERREIRA. Ela é um dos nomes mais importantes do teatro brasileiro; foi atriz, cantora, compositora, diretora, apresentadora e empresária. Sua trajetória de vida é exemplar! Estrelou peças teatrais e de musicais de destaque no teatro brasileiro, como Gota D'Água e Piaf - A Vida de Uma Estrela. Com seu talento indiscutível e voz inconfundível ela deu voz ao repertório de grandes intérpretes como Piaf, Sinatra e Amália Rodrigues. Foi uma das artistas mais premiadas do teatro brasileiro.

Bibi Ferreira, de ascendência portuguesa e espanhola, era filha do ator brasileiro Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo. Com pouco mais de 20 dias de vida, apareceu em cena no colo da madrinha Abigail Maia, na peça Manhãs de Sol de Oduvaldo Vianna, para substituir uma boneca cenográfica. Seu talento foi precoce: aos três anos já era dançarina na companhia da mãe, embora não considerasse esse um período feliz. 

A estreia profissional nos palcos aconteceu em 28 de fevereiro de 1941, quando interpretou "Mirandolina", na peça “La locandiera”. Ela passou pelo colo de Carmem Miranda e tomou dicas de canto com Noel Rosa. Em 1942, montou sua própria companhia, por onde passam futuros grandes nomes do teatro, como Cacilda Becker, tornando-se uma das primeiras mulheres a dirigir teatro no Brasil.

Na década de 50 monta repertório com sua companhia e depois de bem-sucedidas temporadas cariocas, sai viajando pelo Brasil. Em 1960 inaugura a TV Excelsior com o programa Brasil 60. Em 1968 volta à televisão e comanda na TV Tupi carioca o musical Bibi ao Vivo no histórico auditório da Urca.

Na virada dos anos 1950 e 60, quando o teatro de revista ainda reinava, ele trouxe para o Brasil o modelo de musicais da Broadway e influenciou gerações de realizadores, como Charles Möeller e Miguel Falabella. 

Na década de 60, torna-se a primeira atriz do teatro musical brasileiro, aquela que interpreta, canta e dança com perfeição. Em 1975 recebe o Prêmio Molière pela personagem Joana, de Gota D’Água, de Paulo Pontes e Chico Buarque, adaptação da tragédia Medéia, de Eurípedes, para os morros cariocas. Em cena, despojada, sem maquiagem, enriquece seu comovente desempenho.

Em 1983, interpreta a cantora francesa Edith Piaf no espetáculo Piaf – A Vida de uma Estrela, ganha diversos prêmios: Molière, Mambembe, entre outros...  Na virada do milênio, personifica a fadista Amália Rodrigues em Bibi Vive Amália. Causa novo impacto nas plateias brasileira e portuguesa tal a verossimilhança.

Em anos mais próximos, o público a vê brilhar nos recitais Bibi In Concert, acompanhada por grande orquestra e coral, nos quais mostra, de forma totalmente à vontade, um dos seus maiores prazeres: o de cantar. Em 2003 recebe homenagem da escola de samba Viradouro, e se torna o enredo "A Viradouro Canta e Conta Bibi", homenagem ao Teatro Brasileiro, do carnavalesco Mauro Quintaes.

Entre trabalhos no cinema, na TV e no teatro, a artista recebeu diversos prêmios por sua atuação em diferentes funções, incluindo uma homenagem no Prêmio APTR de 2011. A Viralata Produções está produzindo um documentário sobre Bibi Ferreira. O longa-metragem intitulado "Abigail" será dirigido por Walter Lima Jr. e co-dirigido por Félix Ferreira. A obra está atualmente em desenvolvimento e conta com a distribuição da Vitrine Filmes. A Cidade das Artes construída no Rio de Janeiro foi rebatizada com nome de Bibi Ferreira.

Bibi manteve-se sempre discreta e reclusa em sua vida pessoal. Reservada, viveu em seu apartamento no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, e raramente era vista em acontecimentos sociais. Mas estava sempre pronta para qualquer novo projeto. Como diva absoluta, estava acima do bem e do mal, com temperamento, verve e humor sempre renovados a cada nova aparição para o seu imenso público. Faleceu aos 96 anos de idade, no dia 13 de fevereiro de 2019, após uma parada cardíaca.

Bibi é pérola rara! Uma Estrela reluzente a cruzar céus e memórias da ribalta e do Brasil ao longo de um século. Bibi Ferreira foi monumental, apoteótica, total; um raro fenômeno que vem unicamente predestinado a encantar. A esta artista, não cabia superlativos para explicar sua grandiosidade nos palcos. Bravos!!! Bravíssimo!!!! Viva Bibi Ferreira, sempre e para sempre em nossos corações! 👏👏👏👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📝 Fontes consultadas:

💻 Site da Funarte
🖱️ Enciclopedia Itaú Cultural
🖱️ Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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