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🌈 Num dia como hoje, 28 de junho, há 53 anos a polícia invadiu o bar Stonewall Inn – local popular entre a comunidade LGBTQIA+ em Nova York – e os clientes resistiram. Após inúmeras batidas da polícia com violência recorrente e repressão à população LGBT que frequentava o bar, as travestis e lésbicas foram linha de frente e reagiram contra a repressão policial, com um levante que fez a polícia recuar e não levar ninguém preso naquele dia, fato este que entrou para a História como a REVOLTA DE STONEWALL, tida como o “marco zero” do movimento de igualdade civil dos homossexuais no século XX.
Nas décadas de 1950 e 1960 os EUA tinham uma legislação antihomossexual, já que práticas homossexuais foram consideradas crimes até 1962 em todos os estados do país. Em 1969, ano da revolta, a prática já não era criminalizada, mas muitos estabelecimentos comerciais que eram frequentados por gays e lésbicas eram atacados e perseguidos pela polícia.
Na cidade de Nova York apenas um bar era abertamente gay, o Stonewall Inn, que ficava no bairro do Greenwich Village. Na noite de 28 para 29 de junho, o que era para ser uma batida policial comum tornou-se em revolta. Um grupo de homossexuais se recusou a ser revistado pela polícia, iniciando um confronto que durou cerca de 4 horas e resultou na destruição do bar.
As revoltas duraram 5 dias até que foram totalmente contidas. Ainda assim, a luta dos LGBTQIA+ por direitos ganhou apoio e visibilidade, de modo que até o final de 1969 muitas cidades americanas passaram a ter organizações pelos direitos dos homossexuais. E, no de 1970, após 1 ano das revoltas, aconteceram as primeiras passeatas do orgulho gay nos EUA.
Normalmente, são organizadas festas e desfiles nas grandes cidades para reunir os membros da comunidade e simpatizantes do movimento com o intuito de celebrar o amor e a igualdade entre todos os gêneros. Além disso, em algumas cidades, ainda acontece a tradicional Parada do Orgulho Gay, um gigantesco desfile que chega a reunir milhões de pessoas, como em São Paulo, por exemplo.
A sigla que representa esse orgulho foi evoluindo ao longo do tempo e ganhou letras conforme os anos. Na primeira sigla, GLS, o "S" representava os simpatizantes, pessoas aliadas à causa LGBTQIA+. Mas logo o acrônimo se mostrou ultrapassado e excludente porque deixava de fora as demais identidades. Nos últimos anos, o movimento passou a utilizar a sigla reduzida LGBTQIA+, cujo termo completo é LGBTQQICAPF2K+. A sigla remete à diversidade sexual existente entre os humanos e significa: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Intersexuais, Queer, Assexuais, Pansexuais, entre outros.
Brasil é o país com mais assassinatos de LGBTQIA+: uma morte a cada 29 horas, aponta levantamento. Número real deve ser ainda maior São Paulo – Pelo menos 300 pessoas LGBTQIA+ tiveram mortes violentas em 2021, crescimento de 8% em relação ao ano anterior, segundo balanço divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), com base em notícias coletadas em parceria com a Aliança Nacional LGBTQIA+. Foram 276 homicídios (92% do total) e 24 suicídios (8%). “O Brasil ainda é o país do mundo onde mais se assassinam LGBT: uma morte a cada 29 horas”, afirmam as entidades.
De acordo com o levantamento, 35% dos casos se concentraram na região Nordeste e 33%, no Sudeste. “É a primeira vez que o Sudeste concentra tantos óbitos. Mais do que a soma das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul. Não há regularidade sociológica que explique essa e muitas das ocorrências, como também, por exemplo, a redução das mortes nos meses de primavera”, segundo o GGB.
Em 2019, a LGBTfobia tornou-se crime no Brasil. Por meio de uma votação, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por um placar de 8 votos a 3, que a discriminação contra homossexuais e transexuais é um crime com pena prevista de 1 a 3 anos de prisão, além de multa. Não importa a orientação sexual de uma pessoa, o importante é ser respeitada como um ser humano e ter todos os seus direitos garantidos.
Como memória dos protestos de Stonewall é que se comemora no dia 28 de junho o Dia Internacional do Orgulho LGBT ou simplesmente Dia do Orgulho Gay em todo o mundo. Esta data tem o principal objetivo de conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária, independente do gênero sexual, além de celebrar o amor, o respeito e a diversidade. Os movimentos LGBTQIA+ vêm conquistado cada vez mais a garantia direitos e de cidadania em diversos espaços – no mercado de trabalho, nas expressões artísticas, na produção de pensamento dentro da academia, na participação política... O Dia do Orgulho LGBTQIA+ é também dia de comemorar as lutas e conquistas para o exercício pleno dessa cidadania, com muito orgulho! 👨❤️👨✊🏽🏳️🌈
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
👉 Para saber mais sobre o Dia Internacional Contra a Homofobia, acesse:
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