HOJE NA HISTÓRIA - 11 de Julho - Dia Mundial da População

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🌎👥 Promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, mais precisamente pelo Conselho de Governo do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, o DIA MUNDIAL DA POPULAÇÃO foi definido em 11 de julho de 1989 em referência à data em que, em 1987, mais por simbolismo do que por exatidão, a população mundial atingiu o índice dos 5 bilhões de habitantes. Assinalada pela primeira vez em 1990 em mais de 90 países, esta efeméride global é um ponto de partida para chamar a atenção para os crescentes problemas associados à expansão da população mundial. 

Sendo certo que as questões da população abrangem muitas áreas, desde o planeamento familiar à igualdade de gênero e aos impactos ambientais, passando ainda pelas preocupações com os direitos humanos, o relatório da ONU ressalva que a dimensão atual da população global não é uma calamidade, enfatizando o fato de haver hoje mais pessoas a viverem mais tempo e com mais saúde. 

Os dados da ONU confirmam o que já era do conhecimento geral: é na região da Ásia que vive mais de metade da população, e já no próximo ano a Índia destronará a China como o país mais populoso do mundo (aliás, este ano marca teoricamente o início do declínio formal da densidade populacional chinesa, que se crê que por volta de 2058 possa ser semelhante à existente nos anos 90). Na verdade, demorou centenas de milhares de anos até a população mundial perfazer um bilhão, mas apenas 200 anos para septuplicar esse número. 

O mundo tem, atualmente, cerca de 8 bilhões de pessoas e 203.062.512 residem no Brasil, segundo os primeiros resultados do Censo 2022 divulgados em 28 de junho deste ano. Nesse percentual, o Brasil ainda ocupa o posto de sétimo mais populoso do mundo, atrás de Nigéria, que tem 218.541.212 habitantes. 

Este ano o tema deste dia centra-se em “desbloquear o poder da igualdade de gênero”, reiterando que “o que as mulheres e as garotas querem é importante”. Apesar de as pessoas do sexo feminino representarem cerca de 49,7% da população global, as mulheres e as garotas são frequentemente ignoradas nos debates sobre demografia, sendo os seus direitos violados nas políticas demográficas. 

Para alcançar todos os objetivos do Desenvolvimento Sustentável, são imperiosos os avanços no domínio da igualdade de gênero, até mesmo ao nível dos mais influentes cargos políticos, pois, como salientou o secretário-geral da ONU, “os líderes estão a ficar lamentavelmente para trás nos esforços para a construção de um mundo pacífico e próspero para todos”, e o próprio fato de haver mais mulheres a chegar a cargos de decisão política poderá impactar positivamente o curso de outros desafios também relacionados com a demografia e que ameaçam o nosso futuro comum, como as alterações climáticas e os conflitos armados.  

Precisamente por ser um assunto importante é que é vital que as narrativas sobre o crescimento populacional não se limitem ao argumento alarmista do “excesso de população”, até porque essas mesmas narrativas também apresentam as taxas de fertilidade como um problema, reduzindo o corpo das mulheres a um campo de batalha política. Por isso, as intervenções que pretendem influenciar as taxas de fertilidade, sejam elas altas ou baixas, “nunca são a resposta, porque essas taxas não são inerentemente boas nem más – com a abordagem correta, sociedades resilientes podem prosperar, qualquer que seja a sua taxa de fertilidade”.

Outra questão preocupante ligada à densidade populacional é a escassez de alimentos, sendo a sua distribuição desequilibrada, com abundância nos países desenvolvidos e carência nos subdesenvolvidos. A poluição e as epidemias são outros temas relacionados com a população mundial abordados pela ONU nesta data. 🤒😷🤧

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

💻 Perfil da Antena1 RTP

🖱 Site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - I.B.G.E.

🌎 Página oficial da Organização das Nações Unidas - ONU (em português)

⏳#muitahistoriapracontar⌛