segunda-feira, 16 de setembro de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 16.09.24 - 207 Anos da Separação entre Alagoas e Pernambuco

⏳❤️⌛🧡⏳💛⌛💚⏳💙⌛

📆 Num dia como hoje, 16 de setembro, há exatamente 207 anos, a Capitania de Pernambuco perdia parte de seu território com a criação da Capitania de Alagoas, cujo desmebramento se deu como forma de punir os pernambucanos que se rebelaram em 1817 contra os altos impostos cobrados pela corte portuguesa no Brasil ocupada por D. João VI. Durante 75 dias, Pernambuco virou uma república livre e independente, mas contradições internas, como a questão abolicionista, mais a repressão vinda das tropas joaninas leais ao rei, acabaram sufocando o movimento libertário de 1817.

A Capitania de Alagoas teve como primeira capital a vila de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul (atual cidade de Marechal Deodoro). O primeiro governador da capitania foi Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, que assumiu a função a 22 de janeiro de 1819. Em 9 de dezembro de 1839 sua capital foi transferida para atual Maceió, que, por sua vez, foi desmembrada de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul. Com a proclamação da república, em 1889, a província foi elevada à condição de Estado.

A então província de Pernambuco viveu períodos conturbados durante o Império, com movimentos como a Confederação do Equador (1824) e a Revolução Praieira (1839-1840). Antes de ser dividida, a Capitania de Pernambuco compreendia os territórios dos atuais estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e a porção oeste da Bahia. 😞😓😥

#207anosdacriacaodacapitaniadealagoas

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 📺 Canal History Channel Brasil (adaptado)

👉 Para saber mais sobre a Revolução Pernambucana de 1817, acesse:

⏳#muitahistoriapracontar⌛


sexta-feira, 6 de setembro de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 06.09.24 - 3 Anos da Morte de José Luiz Mota de Menezes

🖤🏙 📖✍️ 🧓 📖✍️ 🌃🖤

✝️😞 Num dia como hoje, 6 de setembro, há 3 anos, morria aos 85 anos, no Real Hospital Português, no Centro do Recife, onde fazia tratamento contra um câncer, o arquiteto, urbanista, professor da UFPE, e escritor JOSÉ LUIZ MOTA MENEZES, maiores conhecedores da evolução urbana do Recife. Menezes é autor de diversos livros que tratam do assunto.

José Luiz Mota Menezes nasceu em 1936 no Pilar (atual Manguaba), interior de Alagoas. Mudou-se para o Recife em 1945. Percorria de bonde a distância da Várzea até o Centro, onde encontrava atividades comerciais e de entretenimento, como bares e cinemas.

Além de estudioso do assunto, tem o conhecimento empírico das transformações do Recife, que nos anos 1940 e 1950 viveu um surto de modernização. Apesar de boêmio, nunca abandonou o hábito da leitura, uma das suas paixões, chegando a ter quase 12 mil livros na biblioteca de sua casa, de arte, arquitetura, história, patrimônio, cartografia, literatura, religião, dicionários e outros gêneros.

Seu interesse pela preservação do legado arquitetônico e cultural de Pernambuco o levou a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual Iphan), tendo assinado diversos projetos de restauração, como o da Catedral da Sé, Igreja de Nossa Senhora da Graça, antigo Palácio do Bispo (Sítio Histórico de Olinda), Casa da Cultura, Palácio da Justiça, antiga Estação do Brum, antiga Sinagoga da Rua do Bom Jesus, sede da Associação Comercial de Pernambuco e Palacete dos Amorins, na Avenida Rui Barbosa (Recife).

Também projetou o Santuário da Mãe Rainha Três Vezes Admirável (Olinda) e a Igreja Matriz do Largo da Paz (Recife), entre outros. Foi, ainda, consultor técnico e um dos responsáveis pela concessão do título de Patrimônio Cultural da Humanidade a Olinda, pela Unesco, em 1982.

José Luiz Mota Menezes defendia um modelo de cidade onde as pessoas possam viver com tranquilidade, critica a falta de mobilidade urbana (a construção de espigões em ruas estreitas, a falta de planejamento para o transporte coletivo, entre outras particularidades).

Menezes foi eleito por duas vezes para presidir o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Foi embro da Academia Pernambucana de Letras, da Academia Pernambucana de Ciências, e responsável pela Comissão Especial de Política Urbana do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco. Em 2017, recebeu a Ordem do Mérito Capibaribe da Cidade do Recife - Grã Cruz, mais alta comenda ofertada pela prefeitura do Recife, pelos relevantes serviços prestados ao município e ao Estado.

O corpo de José Luiz Mota Menezes foi velado na Academia Pernambucana de Letras, nas Graças, e o sepultado no Parque das Flores, em Tejipió. José Luiz deixou uma vasta obra que ultrapassou os limites do estudo da arquitetura e urbanismo. Seu olhar aguçado de historiador, arquiteto, urbanista, escritor, poeta, se esmiuçou em dezenas de livros, artigos, entrevistas, palestras, etc. que preservam seu importante legado para a cultura pernambucana. Um nome que merece ser lembrado e celebrado. 👏👏👏👏👏👏

#3anosdamortedejoseluizmotamenezes
#historiadosestudosurbanisticospernambucanos
#saudadesdejoseluizmotamenezes

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

📰 Jornal Diário de Pernambuco
💻 Portais G1-Pernambuco e JC On-line
🖱️ Site da CEPE - Companhia Editora de Pernambuco

👉 Para saber mais sobre Leonardo Dantas, outro grande historiador pernambucano, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 05.09.24 - 116 Anos do Nascimento de Josué de Castro

📕🌎📗 🧑 📘🌏📙

🗺️ 📖✍️ Num dia como hoje, 5 de setembro, há 116 anos, nascia em Recife JOSUÉ DE CASTRO, médico, professor, geógrafo, sociólogo e político, que fez da luta contra a fome a sua bandeira. Josué de Castro foi um homem que estudou a fundo as causas da miséria em nosso país e no mundo 

Josué Apolônio de Castro nasceu em 5 de setembro de 1908, em Recife. Estudou medicina na Bahia e no Rio de Janeiro, começou a exercer a profissão em Recife, onde já observava desde pequeno as dificuldades sócias sentida na pele. Promoveu o primeiro inquérito sobre as condições de vida dos operários em Recife, estudo que serviu de base para outros Estados e que serviu de força para a fixação de salário mínimo e reconhecimento dos trabalhadores nos anos 30. Em 1935, transferiu-se para o Rio de Janeiro, com o objetivo de transformar o ensino universitário. Era inquieto em, através da medicina, encontrar soluções para o problema da fome no país.

Em 1938, estagiou no Instituto Bioquímico de Roma e ministrou cursos nas Universidade de Roma, Nápoles e Gênova. Retornou ao Brasil em 1939, e começou a lecionar na Faculdade de Filosofia, Ciências e letras da Universidade do Brasil, atual UFRJ. Em 1942, foi eleito Presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição e criou o Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS).

Aos 38 anos de idade, Josué de Castro publica sua obra de maior repercussão, Geografia da fome, que veio a ser traduzida em mais de 25 idiomas. Este livro, de 1946, é uma referência fundamental no estudo do tema, e logo foi reconhecido com o Prêmio Pandiá Calógeras, da Associação Brasileira dos Escritores e com o Prêmio José Veríssimo, da Academia Brasileira de Letras. Em 1951 publicou Geopolítica da Fome.

Clinicou no Rio de Janeiro até 1955, como especialista em doenças de nutrição. Foi eleito Presidente do Conselho da Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO). De 1955 a 1963, exerceu o mandato de Deputado Federal por Pernambuco, pelo Partido Trabalhista Brasileiro, renunciou para assumir o posto de embaixador brasileiro junto à ONU em Genebra, se demitiu durante o golpe militar de 31 de março de 1964, tendo seus direitos políticos cassados em 9 de abril de 1964.

Lutou até a morte pela Associação Internacional de Luta contra a Fome. Faleceu em Paris, durante o exílio, em 24 de setembro de 1973, aos 65 anos de idade. Sua obra continua atual num país onde a maioria da população ainda não tem dinheiro para se alimentar como deveria. Na música "Da Lama ao Caos", Chico Science lembra do conhecido geográfo pernambuco que alertou para a problemática da fome no mundo: "Ô Josué, eu nunca vi tamanha desgraça. Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça". Salve Josué de Castro, que junto com Manuel Correia de Andrade formam a plêiade dos grandes geógrafos pernambucanos. 👏👏👏👏👏👏

#116anosdenascimentodejosuedecastro
#historiadacienciageograficabrasileira
#GrandesGeografosBrasileiros

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Site Interpretes do Brasil (adaptado)

⏳#muitahistoriapracontar⌛

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 02.09.24 - 202 Anos da Reunião do Conselho de Estado presidido por Maria Leopoldina

🛡️ ⚔️⚜️ 👸 ⚜️⚔️ 🛡️

🏛️📜 Num dia como hoje, 2 de setembro, há exatos 202 anos, aconteceu a reunião mais importante que antecedeu ao grito do Ipiranga, a reunião do Conselho de Estado, presidida por Carolina Josefa Leopoldina Fernanda Francisca de Habsburgo-Lorena, D. Maria Leopoldina, esposa de D. Pedro, que estava como princesa-regente, uma vez que D. Pedro se encontrava ausente em viagem à província de São Paulo. A reunião foi registrada em ata pelo jornalista Joaquim Gonçalves Ledo, e pode ser lida no site do Senado brasileiro.

Nesse encontro, Maria Leopoldina, José Bonifácio de Andrada e Silva e os demais ministros deliberaram pela emancipação política do Brasil. É conveniente salientar que a imperatriz jamais assinou qualquer "declaração de independência", que aliás nunca existiu; tampouco foi ela a responsável pela ruptura final entre Brasil e Portugal. Infelizmente, esta é uma desinformação que vem sendo veiculada e disseminada até por pessoas do meio acadêmico.

Nenhuma fonte histórica e nenhuma das pesquisas realizadas por historiadores e historiadoras atestam que Leopoldina tenha assinado este decreto. Ao que tudo indica, esse documento não existe nos arquivos. O que existe é uma ata da reunião do Conselho de Ministros no dia 2 de setembro de 1822, testemunhos recolhidos por cronistas e cartas que nos oferecem indícios sobre os acontecimentos de 1822. Mas nada relativo a um decreto assinado pela então princesa.

O que saiu mesmo dessa reunião foram as duas cartas escritas por Leopoldina e Bonifácio, endereçadas a D. Pedro, e ambas incentivaram ele a fazer a imediata separação entre o Brasil e Portugal, a partir dos decretos vindos das Cortes de Lisboa, que tinham chegado ao Rio de Janeiro em 28 de agosto de 1822, trazidos no brigue Três Corações, os quais foram as determinações mais incisivas e restritas aos poderes de D. Pedro, enquanto príncipe-regente no Brasil.

Não desmerecendo o papel de Maria Leopoldina no processo emancipatório, mas disseminar uma fake news, sem nenhuma comprovação histórica, nem mesmo referendada por autores e escritores especializados na biografia dela, como o paulista Paulo Rezutti (Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo) e o historiador Carlos Oberacker Jr. (que escreveu uma das biografias mais documentadas sobre Leopoldina) não ajudam no debate histórico com honestidade intelectual e fidelidade aos registros e escritos que servem como fontes históricas deste fato. Leopoldina foi importante? Sem dúvidas, mas disso para dizer que ela assinou a Independência, e que foi preterida, colocada em segundo plano, nos livros, aulas e registros pelo fato de ser mulher, vai uma longa distância, que não condiz com que de fato aconteceu. 🤨😒

#independenciadobrasil
#202anosdareuniaodoconselhodeestado
#processodeemancipacaopoliticadobrasil

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre o processo de emancipação política do Brasil, acesse o Blog Contagem Regressiva para o Bicentenário da Independência, com 200 postagens sobre o rompimento dos laços coloniais entre Brasil e Portugal, que em 2022 completaram seus 200 anos. O link pode ser acessado abaixo:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

NOSSA LOGO OFICIAL DA REDE MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR

O projeto "MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR" surgiu da necessidade de levar às pessoas conhecimento e informação pautadas no conhecimento...