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🎦🎤 Num dia como hoje, 13 de julho, há 69 anos, nascia em Recife (PE), o jornalista e cineasta GENETON MORAES NETO. Como repórter, criou um estilo inconfundível, tanto pela qualidade do texto quanto pelo impacto das perguntas que fazia aos seus entrevistados. Geneton sempre disse que a principal função do jornalismo era produzir memória. Ele, que se dizia do PPB, o Partido dos Perguntadores do Brasil, foi um mestre, um gênio, um símbolo do melhor jornalismo, não apenas no Brasil, mas também no mundo.
Geneton Moraes iniciou a carreira como repórter ainda adolescente, no suplemento infantil Júnior, do Diário de Pernambuco, no início dos anos 1970. Geneton trabalhou na sucursal Nordeste de O Estado de S. Paulo, entre 1975 e 1980, na Rede Globo de Televisão a partir de 1985, tendo sido editor do Jornal da Globo e do Jornal Nacional, e posteriormente correspondente da GloboNews e do jornal O Globo na Inglaterra.
Foi ainda editor-chefe do programa dominical Fantástico. Em paralelo ao trabalho jornalístico, foi responsável por uma importante produção no campo do audiovisual. Dentre seus entrevistados, figuram nomes estelares como Caetano Veloso (que o considerava “o meu jornalista”), Gal Costa, Jards Macalé, Carlos Imperial, Nelson Ferreira dos Santos, entre outros. Destaque para a entrevista com o general Newton Cruz, que foi ao ar em 2010 no programa Dossiê GloboNews, quando ele botou o general no pau-de-arara com suas perguntas, que deixaram Newton Cruz irado e desconcertado.
A partir de 1973, passou a realizar curtas em Super-8, por influência e incentivo do crítico pernambucano Fernando Spencer. Até 1984, realizou curtas em Pernambuco, no Rio de Janeiro, na Itália e na França, sempre experimentais, baseados em textos poéticos, e explorando a imagem estourada da bitola super-8. A partir de 2010, passou a dirigir documentários em longa-metragem exibidos na televisão e nos cinemas.
Dentre seus principais trabalhos, destacam-se: Canções do Exílio: A Labareda que Lambeu Tudo (2011), Cordilheiras no Mar: A Fúria do Fogo Bárbaro (2015) e Barretão (2019). O auditório do Compaz Dom Hélder Câmara, na comunidade do Coque, em Joana Bezerra, recebeu seu nome para homenagea-lo.
Sua trajetória foi contada na obra "Geneton: Viver de Ver o Verde Mar" GENETON: VIVER DE VER O VERDE MAR, publicada pela CEPE em 2019. O livro escrito pelos jornalistas Ana Farache e Paulo Cunha, é resultado de um intenso trabalho de pesquisa realizado ao longo de dois anos, e que contou com a participação direta da família e de dezenas de amigos que ele cativou ao longo de sua vida.
Em 2021, numa parceria entre a Cinemateca Pernambucana da Fundação Joaquim Nabuco e a Revista Spia – UFPE, foi lançado o e-book "Expedições à Noite Morena: em defesa de um cinema vadio" [Fazer Super-8 no Brasil dos anos 1970], organizado pelo pesquisador Paulo Cunha. O livro resgata parte da memória do que foi a produção experimental no Recife, a partir de textos retirados de dois cadernos pessoais do cineasta e jornalista Geneton Moraes Neto (1956-2016), escritos entre 1977 e 1982. O e-book pode ser baixado pelo site da cinemateca pernambucana, onde estão também disponíveis 17 obras dele liberadas para consulta.
Geneton foi casado com Elizabeth G. Passi. Morreu o 22 de agosto de 2016 no Rio de Janeiro, aos 60 anos. As cinzas do seu corpo foram jogadas no mar da praia de Pau Amarelo, no dia 24 de setembro daquele mesmo ano. Chamado de genial pelos amigos de profissão e respeitado até pelas mais controversas figuras públicas as quais entrevistou, Geneton Moraes Neto deixa como legado a paixão incondicional pelo jornalismo e a dedicação incansável à história. ✨ 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋 professor e historiador.
👉 Para saber mais sobre a obra de Geneton Moraes Neto, acesse:
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