terça-feira, 30 de setembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 30.09.25 - Morre Malba Lucena - Ex-Deputada Estadual

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✝️ LUTO 😞 O Estado de Pernambuco perdeu hoje, dia 30 de setembro, uma de suas personalidades políticas mais icônicas, lembrada sempre pelo seu famoso lema: "Quem ama, educa". Estamos falando de MALBA LUCENA, conhecida por ter criado cursos de informática com preços populares no Grande Recife. Aos 81 anos, ela veio a falecer após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na manhã de hoje. A informação foi confirmada pelo ex-deputado federal Charles Lucena, filho de Malba.

Malba Lucena De Oliveira Mello nasceu em 12 de novembro de 1943 na cidade de Macéio, capital de Alagoas; filha de Lourival Pontes de Oliveira (nascido em Gravatá-PE) e Maura Lucena de Oliveira (nascida na cidade de Panelas-PE). Foi mãe de oito filhos e já estava viúva.

Ela exerceu dois mandatos na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), entre 1999 e 2007, pelo Partido Trabalhista Brasileiro – PTB. Em 2022, foi novamente candidata a deputada estadual, desta vez pelo Solidariedade, mas não foi eleita. Ao longo de sua carreira, dedicou grande parte de seu trabalho à área educacional, sendo lembrada por iniciativas voltadas à democratização do ensino.

Malba foi responsável pela criação do Colégio Brasileiro (Curado II), além de apoiar a criação do famoso Curso de informática Malba Lucena, que começou também no Curado. À época, o curso era pago com o valor simbólico de 2 reais, democratizando o ensino técnico para jovens da periferia, e ajudando a informatizar mais de 1 milhão de Pernambucanos por todo o Estado. Hoje, o Estado conta com mais de 60 de cursos de computação, pelo Instituto Pró-Educar, com projeto de implantação de novas unidades também no Sertão do Estado.

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco Álvaro Porto (PSDB) e o primeiro secretário da Casa Francismar Pontes (PSB) divulgaram uma nota de pesar onde se lê: "Como parlamentar, deixou exemplo de dedicação e compromisso político com o setor educacional". A nota ainda externa o sentimento de solidariedade e tristeza pela partida da ex-deputada: "Externamos os pêsames e solidariedade da Alepe aos familiares e amigos da ex-deputada. Que Deus confortar a todos neste momento de saudade e dor".

O sepultamento de Malba Lucena será realizado no Cemitério Parque das Flores, em data e horário ainda não informados pela família. 😞😓😥😢😭

#morremalbalucena 🖤
#lutopormalbalucena 🥀
#adeusmalbalucena 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

💻 Portais G1 e JC On Line
📰 Jornais Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco.
🖱️ Diversos blogs locais (Magno, Edmar Lyra, etc.)

👉 Para saber mais sobre Magdalena Arraes, outra mulher importante na política pernambucana, acesse:


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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 18.09.25 - 190 Anos da Morte de Malunguinho

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🖤😓 Num dia como hoje, 18 de setembro, há 190 anos, era anunciada a morte em combate de João Batista, o último dos líderes malunguinho do Quilombo do Catucá, que se estendia desde as matas do rio Beberibe, na divisa de Olinda e Recife até Goiana. Embora haja controvérsias em relação à data exata de sua morte, o assassinato de Malunguinho e a queda do Catucá são marcos importantes para entender a História de Pernambuco, marcada pela hegemonia da oligarquia canavieira assentada sob a mão-de-obra escrava.

A Historiografia oficial ressalva Palmares, da serra da Barriga - Alagoas, Jabaquara, do Rio de Janeiro, mas pouco se fala do Catucá, que surgiu por volta de 1814 nos arredores do Recife, aproveitando-se das matas e várzeas abundantes para abrigar os negros fugitivos dos engenhos e fazendas da região. Numa época violenta, era comum as manifestações de violência fossem dos opressores ou dos oprimidos que ousavam extravassar sua revolta social. O confronto, que logo virou conflito, entre as hostes quilombolas e as forças escravocratas era inevitável.

A morte física do líder quilombola não foi o suficiente para sepultá-lo no limbo dos derrotados. Morreu o homem, nasceu a lenda. E o herói negro Malunguinho saiu dos campos de batalha para os terreiros das religiões de matriz-afro-indígena, onde se manifesta como Guardião da Jurema, Caboclo e Mestre. “Subir ao panteão das divindades é talvez a maior homenagem que um povo pode prestar aos seus heróis”, destaca Marcus Carvalho na publicação O Quilombo de Malunguinho, o rei das matas de Pernambuco (Liberdade por um fio/História dos quilombos no Brasil, editado pela Companhia das Letras, 1996).

A glória de Malunguinho está no fato de sua singularidade: nem Zumbi dos Palmares, nem Quintino do Jabaquara, assim como tantos líderes quilombolas tornaram-se divindades dentro do sagrado culto da Jurema, religião que mistura a religiosidade afro-brasileira com elementos da religiosidade indígena. É na mata que se conecta o mundo espiritual do líder quilombola com seus adeptos que buscam nele a proteção e a justiça. O guerreiro negro do Catucá incorpora entre sua gente, a mesma que mesmo após um século da Abolição, ainda carrega consigo as marcas do preconceito, da intolerância religiosa, e do racismo estrutural.

A escola de samba carioca Unidos do Viradouro escolheu como tema-enredo para 2025 "Maluquinho - o Mensageiro de Três Mundos". A estudante Brunna Félix do Carmo, da Escola de Referência em Ensino Fundamental Argentina Castello Branco, localizada em Olinda, venceu o concurso que elegeu a identidade visual do enredo, enfocando Maluguinho em três falanges: caboclo, mestre e exu. A marca escolhida estampou todas as plataformas, elementos e materiais da agremiação, que ficou em 4° lugar com 269, 4 pontos.

190 anos depois de sua morte, sua memória permanece mais viva do que nunca no Quilombo Cultural Malunguinho, que anualmente realiza o Kipupa Malunguinho – Coco na Mata do Catucá –, evento que há mais de 19 anos atrai pessoas de todo país para conhecer as matas de Pitanga II, onde outrora Malunguinho e seus bandos dominaram e fizeram a mais importante revolução negra que a história conheceu depois de Palmares. Malunguinho vive! O Catucá vive! Sobô Nirê Mafá! 👊👊🏽👊🏿👊👊🏽👊🏿

#190anosdamortedemalunguinho
#historiadaresistencianegra
#malunguinho

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Acesse o artigo completo do historiador e mestre em ciências das religiões Alexandre L’Omi L’Odò:


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terça-feira, 16 de setembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 16.09.25 - 208 Anos da Separação entre Alagoas e Pernambuco

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Num dia como hoje, 16 de setembro, há exatamente 208 anos, a província de Pernambuco perdia parte de seu território com a criação da província de Alagoas, cujo desmebramento se deu como forma de punir os pernambucanos que se rebelaram em 1817 contra os altos impostos cobrados pela corte portuguesa no Brasil ocupada por D. João VI. Durante 75 dias, Pernambuco virou uma república livre e independente, mas contradições internas, como a questão abolicionista, mais a repressão vinda das tropas joaninas leais ao rei, acabaram sufocando o movimento libertário de 1817.

Alagoas teve como primeira capital a vila de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul (atual cidade de Marechal Deodoro). O primeiro governador da província foi Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, que assumiu a função a 22 de janeiro de 1819. Em 9 de dezembro de 1839 a capital foi transferida para atual Maceió, que, por sua vez, foi desmembrada de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul. Com a proclamação da república, em 1889, a província foi elevada à condição de Estado.

Pernambuco viveu períodos conturbados durante o Império, com movimentos como a Confederação do Equador (1824) e a Revolução Praieira (1838-1840). Antes de ser dividida, a outrora Capitania de Pernambuco compreendia os territórios dos atuais estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e a porção leste da Bahia. 😞😓😥

#208anosdacriacaodacapitaniadealagoas
#historiadosestadosnordestinos
#guerraserevolucoesbrasileiras

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo🖋️ professor e historiador. 

📖 Créditos do texto 📺 Canal History Channel Brasil (adaptado)

👉 Para saber mais sobre a emancipação de Sergipe, acesse:


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sábado, 13 de setembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 13.01.25 - Morre o Multi-instrumentista Hermeto Pascoal

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✝️ LUTO 😞 Quem diria que numa noite de sábado um bruxo dos sons se encantaria para deixar uma lacuna imensurável na História da Música Brasileira. Morreu aos 89 anos o compositor, arranjador e multi-instrumentista HERMETO PASCOAL. De acordo com nota divulgada pelo Hospital Samaritano Barra, localizado na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro, onde ele estava internado, o falecimento ocorreu às 20h22, em razão de falência múltipla dos órgãos.

A notícia foi confirmada em comunicado divulgado nas redes sociais oficiais do artista. “Com serenidade e amor, comunicamos que Hermeto Pascoal fez sua passagem para o plano espiritual, cercado pela família e por companheiros da música”, diz a publicação no perfil oficial do compositor. A nota ainda completa que "No exato momento da passagem, seu Grupo estava no palco, como ele gostaria: fazendo som e música”.

Nascido em 22 de julho de 1936 em Lagoa Grande, Alagoas, Hermeto Pascoal revolucionou a música brasileira, rompeu fronteiras entre o erudito, o popular e o experimental. Criou música com chaleiras, sons da natureza e até discursos falados. No Brasil, colaborou com nomes como Elis Regina, Egberto Gismonti, Itiberê Zwarg, Airto Moreira e muitos outros.

Sua genialidade conquistou o mundo: Miles Davis declarou Hermeto como um dos músicos mais importantes do planeta. Suas composições influenciaram artistas da Europa ao Japão, mostrando a força da criatividade brasileira. Foram 75 anos de carreira dedicados a uma obra ao mesmo tempo erudita e popular.

Hermeto Pascoal já venceu três vezes o Grammy Latino, além de receber títulos das Universidades Federais de Alagoas e Paraíba, e da Julliard School, dos Estados Unidos. O mestre devotou sua arte até o fim. Em 2024 lançou o disco ‘Para você, Ilza’, um tributo à esposa. Em julho deste ano foi a última apresentação do músico, no Rio de Janeiro.

Sua trajetória singular segue como referência, inspirando gerações através de cada nota musical. Um mestre que fez da música um ato de liberdade, que tirava som da vida, da terra, do ar, das ruas e do povo. Nunca será esquecido pelos amantes da boa música brasileira. 

#morrehermetopascoal 🖤
#lutopohermetopascoal 🥀
#adeushermetopascoal 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

🖱️ Enciclopedia Itaú Cultural
💻 Portais G1, UOL e Metropolis.
🎼 Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

👉 Para saber mais sobre Angela Ro Ro, que faleceu nesta semana, acesse:


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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 12.09.25 - 90 Anos do Nascimento do Cantor e Compositor Geraldo Vandré

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🎉🎼 Num dia como hoje, 12 de setembro, há 90 anos, nascia em João Pessoa, na Paraíba, o cantor, compositor, músico e poeta paraibano GERALDO VANDRÉ, reconhecido como uma das grandes vozes da música de protesto e da resistência cultural contra a ditadura militar no Brasil, sobretudo nos anos 1960. Seu nome está fortemente associado à luta por liberdade e justiça social através da canção popular.

Geraldo Pedrosa de Araújo Dias iniciou a carreira artística no Rio de Janeiro, onde participou dos famosos festivais da canção. Foi colaborador do CPC (Centro Popular de Cultura da UNE) desde 1961, e conheceu ali Carlos Lyra, que migrava da bossa nova para uma música mais engajada. Logo fizeram juntos as primeiras canções, como “Aruanda”.

Em 1966, Vandré ganhou repercussão nacional, ao participar do Festival da TV Record com a música “Disparada”, composta com Théo de Barros e interpretada por Jair Rodrigues. Vandré dividiu o primeiro lugar com Chico Buarque, que concorria com “A Banda”.

Dois anos depois, o artista ficou ainda mais conhecido com a canção “Para Não Dizer Que Não Falei das Flores”, que ficou em segundo lugar no 3º Festival Internacional da Canção. A derrota foi bastante contrariada, pois a obra era uma crítica à ditadura militar. Alguns dizem, inclusive, que a canção apressou a criação do AI-5 (Ato Institucional Nº 5).  

"Caminhando", se transformou em hino da resistência política. Através da canção, Vandré falou e cantou o que todos estavam querendo dizer, mas não tinham coragem. O cantor soltava o refrão que na verdade era uma chamada à luta armada contra os ditadores. A música ficou proibida de 1968 até 1979.

Vandré se exilou no Chile, Alemanha e França, e em 1973, quando voltou ao Brasil, acabou mudando seu estilo musical. Apesar da perseguição e do exílio, ele deixou um legado marcante na música popular brasileira, com discos como Hora De Lutar (1965), Canto Geral (1968) e colaborações com artistas da MPB e da bossa nova.

Vandré abandonou a vida pública e se afastou do mundo artístico, atuando como advogado e servidor público, função em que se aposentou. O artista teve sua vida e obra contada nas biografias "Vandré, o homem que disse não", de autoria de Jorge Fernando dos Santos, e "Geraldo Vandré – Uma Canção Interrompida" do jornalista Vitor Nuzzi.

Nos últimos anos, Vandré tem levado uma vida discreta, afastado dos palcos e da mídia, embora ainda seja reverenciado como símbolo da canção engajada. Apesar de raramente conceder entrevistas ou se apresentar, seu estilo poético e combativo permanece referência para artistas que buscam unir música e consciência social. Seu legado é o de um artista que transformou a canção popular em arma de luta, tornando-se um ícone da cultura brasileira e da memória política do país. Viúvo há dois anos comemora hoje 9 décadas de uma história fecunda e ímpar, cuja melhor lição ficou nos versos de sua canção: "quem sabe faz a hora, não espera acontecer"! ✨ 👏👏👏👏👏👏

#90anosdegeraldovandre
#historiadamusicapopularbrasileira
#pranaodizerquenaofaleidasflores
#caminhandoecantando
#ditaduranuncamais

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

💻 Portais G1 e UOL
🖱️ Enciclopedia Itaú Cultural
🎼 Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

👉 Para saber mais sobre Gilberto Gil e Caetano Veloso, que também foram perseguidos pela ditadura, acesse:



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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 11.09.25 - Jair Bolsonaro é condenado a 27 anos e 3 meses pelo S.T.F.

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🏛️📜 A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou nesta quinta-feira (11) o julgamento da ação da trama golpista.

Por 4 votos a 1, os ministros condenaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. 

A maioria dos réus foi condenada a mais de 20 anos de prisão em regime fechado.

Apesar da definição do tempo de condenação, Bolsonaro e os demais réus não vão ser presos imediatamente. Eles ainda podem recorrer da decisão e tentar reverter as condenações. Somente se os eventuais recursos forem rejeitados, as prisões poderão ser efetivadas.

Confira as penas definidas para os condenados:

👨‍⚖⚖ Jair Bolsonaro – ex-presidente da República: 27 anos e três meses;

👨‍⚖⚖ Walter Braga Netto - ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa de 2022: 26 anos;

👨‍⚖⚖ Almir Garnier - ex-comandante da Marinha: 24 anos; 

👨‍⚖⚖ Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal: 24 anos;

👨‍⚖⚖ Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI): 21 anos; 

👨‍⚖⚖ Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa: 19 anos; 

👨‍⚖⚖ Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 2 anos em regime aberto e garantia de liberdade pela delação premiada;

👨‍⚖⚖ Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin): 16 anos, um mês e 15 dias.

Ramagem foi condenado somente pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Ele é deputado federal e teve parte das acusações suspensas.

A medida vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, ambos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro.

#julgamentodejairbolsonaro
#tramagolpistade8dejaneiro
#historiarecentedobrasil
#semanistiapraquematacaademocracia 

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 📰 Agência Brasil.

👉 Para saber mais sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, acesse:




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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 08.09.25 - Morre a Cantora Angela Ro Ro

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✝️ LUTO 😞 A música popular brasileira ficou mais empobrecida hoje, dia 8 de setembro de 2025, com a morte da cantora ANGELA RO RO, aos 75 anos. Ela estava internada no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, na Zona Sul do Rio de Janeiro, desde 17 de junho, para tratar uma infecção pulmonar e problemas renais, sendo submetida a uma traqueostomia. Desde então, teve uma série de complicações. Segundo o advogado Carlos Eduardo Lyrio, recentemente ela teve uma nova infecção e, na manhã desta segunda, não resistiu. A informação foi confirmada por Laninha Braga, ex-namorada que estava cuidando da cantora.

Com uma carreira pautada pela autenticidade, Angela foi pioneira ao assumir publicamente sua homossexualidade em um país conservador, tornando-se uma das primeiras artistas brasileiras a se posicionar de forma tão direta, o que fez dela um símbolo de resistência e liberdade. Dona de uma das vozes mais marcantes da música brasileira, Angela construiu uma trajetória singular na MPB desde o fim dos anos 1970. 

Angela Maria Diniz Gonsalves nasceu no Rio de Janeiro em 5 de dezembro de 1949. Ela ganhou o apelido de “Ro Ro” ainda na infância devido à sua voz rouca e grave, característica que marcaria toda a sua carreira. Cantora, compositora e pianista, ela construiu um repertório eclético mas de inconfundível marca passional, presente em suas letras e performances.

Dona de uma voz inconfundível, misturava blues, samba-canção, bolero e rock, tornando-se uma das artistas mais originais e autênticas da música popular brasileira. Sua carreira se estendeu por décadas, com canções que atravessaram gerações e apresentações que emocionaram o público em palcos de todo o país.

Começou a carreira profissional em bares do Rio, até ser contratada pela Polygram (hoje Universal Music). O primeiro LP foi lançado em 1979 com composições da artista, como "Agito e Uso", "Tola Foi Você" e "Amor, Meu Grande Amor" - primeiro grande sucesso nacional que revelou ao país uma artista que falava de sentimentos pela ótica feminina. Suas letras abordavam dores, amores e confissões, como “Demais”: “Todos acham que eu falo demais/E que ando bebendo demais”. Ao todo, lançou 10 álbuns de estúdio.

O primeiro sucesso nacional veio em 1980, quando, vestida de smoking, cantou sozinha no palco do Teatro Fênix o clássico “Amor, Meu Grande Amor”, música que revelou ao país uma artista que falava de sentimentos pelo olhar das mulheres. No mesmo programa, dividiu o palco com a veterana Angela Maria.

Ao longo da trajetória, influenciada por nomes como Ella Fitzgerald, Maysa e Elis Regina, Ro Ro criou uma obra que foi também abraçada por outros grandes artistas. Ney Matogrosso interpretou “Balada da Arrasada”, Maria Bethânia gravou “Fogueira” e Frejat regravou “Amor, Meu Grande Amor”.

Antes de ser internada neste ano, Angela Ro Ro colaborou com a produção do primeiro documentário sobre sua trajetória. Dirigida por Liliane Mutti, a obra está em fase final de produção.

Angela Ro Ro se despede, mas sua arte permanece viva. Seu legado permanece, sua arte e coragem seguem inspirando artistas e gerações em todo o país. Descanse em paz Angela! ✨️🖤🙏 👏👏👏

#morreangelaroro 🖤
#lutoporangelaroro 🥀
#adeusangelaroro 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

💻 Portais G1, UOL e Metropolis.
📺 Canal History Channel Brasil.
📰 Jornais O Globo e Folha de São Paulo.

👉 Para saber mais sobre Preta Gil, que também nos deixou em 2025, acesse:


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terça-feira, 2 de setembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 02.09.25 - Morre o Jornalista Mino Carta

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✝️ LUTO 😞 Morreu na madrugada desta terça, 2 de setembro, em São Paulo, aos 91 anos, o jornalista MINO CARTA, fundador e diretor de redação da Revista Carta Capital. Ao divulgar o óbito, a própria revista informou que a última passagem dele foi no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, internado há duas semanas, em decorrência de problemas de saúde não revelados. Além da Carta Capital, fundada em 1994, o jornalista participou das criações das revistas Quatro Rodas, Veja e IstoÉ.

Nascido em Gênova, na Itália, Mino Carta chegou ao Brasil após o fim da 2ª Guerra Mundial. O jornalismo fazia parte de sua tradição familiar: seu avô materno, Luigi Becherucci, foi diretor do jornal Caffaro, até ser afastado durante a perseguição do regime de Benito Mussolini. Seu pai, Giannino Carta, chegou a ser preso em 1944 por se opor ao fascismo, mas conseguiu fugir durante uma revolta de carcereiros.

Após a guerra, Giannino trouxe os filhos ao Brasil para assumir a direção da Folha de S. Paulo, mas ao desembarcar descobriu que o cargo já não existia.

A estreia de Mino no jornalismo ocorreu ainda adolescente, em 1950, quando o pai recebeu encomendas de artigos sobre a Copa do Mundo no Brasil de jornais italianos. Como não gostava de futebol, delegou a tarefa ao filho de 16 anos.

“Como pagavam bem, eu topei, pensando em mandar fazer um terno azul-marinho em um bom alfaiate, que eu tanto desejava para participar dignamente dos bailes de sábado. A partir daí, percebi que a felicidade não era tão cara e podia ser alcançada escrevendo”, contou Mino em entrevista de 2008.

Em 1956, abandonou o curso de Direito em São Paulo e voltou para a Itália, onde trabalhou na Gazetta del Popolo e como correspondente para os jornais brasileiros Diário de Notícias e Mundo Ilustrado. No retorno ao Brasil, seu pai assumiu a editoria internacional do Estado de S. Paulo, e Mino seguiu carreira no jornalismo.

Aos 27 anos, foi convidado por Victor Civita, fundador da Editora Abril, para dirigir a revista Quatro Rodas. Participou ainda da criação de publicações que se tornaram marcos do jornalismo brasileiro: Veja (1968), IstoÉ (1976) e, por fim, Carta Capital, em 1994. Também integrou a equipe que fundou o Jornal da Tarde, em 1966, e lançou o Jornal da República, em 1979, ao lado de Cláudio Abramo.

Além da carreira editorial, Mino se dedicou à literatura, com romances como Castelo de Âmbar (2000), A Sombra do Silêncio (2003) e A Vida de Mat (2016), que misturam memórias pessoais e reflexões filosóficas.

Sempre acompanhado de sua Olivetti, recusou modismos tecnológicos e nunca escondeu o desencanto com os rumos do Brasil. Até o fim, manteve-se fiel a uma máxima: jornalismo deve servir à verdade, fiscalizar o poder e desafiar o pensamento único.

A trajetória de Mino Carta marcou a história da imprensa brasileira. O presidente Lula compareceu ao velório para prestar homenagens e decretou luto oficial de três dias em todo o país. Mino foi casado com Maria Angélica Pressoto, que morreu em 1996. Um de seus filhos, o também jornalista Gianni Carta, morreu em 2019, vítima de câncer. Mino deixa a filha, Manuela Carta. 😞😓😥😢😭

#morreminocarta 🖤
#lutoporminocarta 🥀
#adeusminocarta 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

📔 Revista Carta Capital
💻 Portais G1, JC on line e Metropolis.
📰 Jornais O Globo e Estado de São Paulo.

👉 Para saber mais sobre JR Guzzo, que também faleceu este ano (há exatamente um mês), acesse:


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