terça-feira, 2 de setembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 02.09.25 - Morre o Jornalista Mino Carta

😭 📰⚰ 👴 ⚰📻 😭

✝️ LUTO 😞 Morreu na madrugada desta terça, 2 de setembro, em São Paulo, aos 91 anos, o jornalista MINO CARTA, fundador e diretor de redação da Revista Carta Capital. Ao divulgar o óbito, a própria revista informou que a última passagem dele foi no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, internado há duas semanas, em decorrência de problemas de saúde não revelados. Além da Carta Capital, fundada em 1994, o jornalista participou das criações das revistas Quatro Rodas, Veja e IstoÉ.

Nascido em Gênova, na Itália, Mino Carta chegou ao Brasil após o fim da 2ª Guerra Mundial. O jornalismo fazia parte de sua tradição familiar: seu avô materno, Luigi Becherucci, foi diretor do jornal Caffaro, até ser afastado durante a perseguição do regime de Benito Mussolini. Seu pai, Giannino Carta, chegou a ser preso em 1944 por se opor ao fascismo, mas conseguiu fugir durante uma revolta de carcereiros.

Após a guerra, Giannino trouxe os filhos ao Brasil para assumir a direção da Folha de S. Paulo, mas ao desembarcar descobriu que o cargo já não existia.

A estreia de Mino no jornalismo ocorreu ainda adolescente, em 1950, quando o pai recebeu encomendas de artigos sobre a Copa do Mundo no Brasil de jornais italianos. Como não gostava de futebol, delegou a tarefa ao filho de 16 anos.

“Como pagavam bem, eu topei, pensando em mandar fazer um terno azul-marinho em um bom alfaiate, que eu tanto desejava para participar dignamente dos bailes de sábado. A partir daí, percebi que a felicidade não era tão cara e podia ser alcançada escrevendo”, contou Mino em entrevista de 2008.

Em 1956, abandonou o curso de Direito em São Paulo e voltou para a Itália, onde trabalhou na Gazetta del Popolo e como correspondente para os jornais brasileiros Diário de Notícias e Mundo Ilustrado. No retorno ao Brasil, seu pai assumiu a editoria internacional do Estado de S. Paulo, e Mino seguiu carreira no jornalismo.

Aos 27 anos, foi convidado por Victor Civita, fundador da Editora Abril, para dirigir a revista Quatro Rodas. Participou ainda da criação de publicações que se tornaram marcos do jornalismo brasileiro: Veja (1968), IstoÉ (1976) e, por fim, Carta Capital, em 1994. Também integrou a equipe que fundou o Jornal da Tarde, em 1966, e lançou o Jornal da República, em 1979, ao lado de Cláudio Abramo.

Além da carreira editorial, Mino se dedicou à literatura, com romances como Castelo de Âmbar (2000), A Sombra do Silêncio (2003) e A Vida de Mat (2016), que misturam memórias pessoais e reflexões filosóficas.

Sempre acompanhado de sua Olivetti, recusou modismos tecnológicos e nunca escondeu o desencanto com os rumos do Brasil. Até o fim, manteve-se fiel a uma máxima: jornalismo deve servir à verdade, fiscalizar o poder e desafiar o pensamento único.

A trajetória de Mino Carta marcou a história da imprensa brasileira. O presidente Lula compareceu ao velório para prestar homenagens e decretou luto oficial de três dias em todo o país. Mino foi casado com Maria Angélica Pressoto, que morreu em 1996. Um de seus filhos, o também jornalista Gianni Carta, morreu em 2019, vítima de câncer. Mino deixa a filha, Manuela Carta. 😞😓😥😢😭

#morreminocarta 🖤
#lutoporminocarta 🥀
#adeusminocarta 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

📔 Revista Carta Capital
💻 Portais G1, JC on line e Metropolis.
📰 Jornais O Globo e Estado de São Paulo.

👉 Para saber mais sobre JR Guzzo, que também faleceu este ano (há exatamente um mês), acesse:

💻 https://jrscommuitahistoriapracontar.blogspot.com/2025/08/hoje-na-historia-020825-morre-o.html

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