sexta-feira, 12 de setembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 12.09.25 - 90 Anos do Nascimento do Cantor e Compositor Geraldo Vandré

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🎉🎼 Num dia como hoje, 12 de setembro, há 90 anos, nascia em João Pessoa, na Paraíba, o cantor, compositor, músico e poeta paraibano GERALDO VANDRÉ, reconhecido como uma das grandes vozes da música de protesto e da resistência cultural contra a ditadura militar no Brasil, sobretudo nos anos 1960. Seu nome está fortemente associado à luta por liberdade e justiça social através da canção popular.

Geraldo Pedrosa de Araújo Dias iniciou a carreira artística no Rio de Janeiro, onde participou dos famosos festivais da canção. Foi colaborador do CPC (Centro Popular de Cultura da UNE) desde 1961, e conheceu ali Carlos Lyra, que migrava da bossa nova para uma música mais engajada. Logo fizeram juntos as primeiras canções, como “Aruanda”.

Em 1966, Vandré ganhou repercussão nacional, ao participar do Festival da TV Record com a música “Disparada”, composta com Théo de Barros e interpretada por Jair Rodrigues. Vandré dividiu o primeiro lugar com Chico Buarque, que concorria com “A Banda”.

Dois anos depois, o artista ficou ainda mais conhecido com a canção “Para Não Dizer Que Não Falei das Flores”, que ficou em segundo lugar no 3º Festival Internacional da Canção. A derrota foi bastante contrariada, pois a obra era uma crítica à ditadura militar. Alguns dizem, inclusive, que a canção apressou a criação do AI-5 (Ato Institucional Nº 5).  

"Caminhando", se transformou em hino da resistência política. Através da canção, Vandré falou e cantou o que todos estavam querendo dizer, mas não tinham coragem. O cantor soltava o refrão que na verdade era uma chamada à luta armada contra os ditadores. A música ficou proibida de 1968 até 1979.

Vandré se exilou no Chile, Alemanha e França, e em 1973, quando voltou ao Brasil, acabou mudando seu estilo musical. Apesar da perseguição e do exílio, ele deixou um legado marcante na música popular brasileira, com discos como Hora De Lutar (1965), Canto Geral (1968) e colaborações com artistas da MPB e da bossa nova.

Vandré abandonou a vida pública e se afastou do mundo artístico, atuando como advogado e servidor público, função em que se aposentou. O artista teve sua vida e obra contada nas biografias "Vandré, o homem que disse não", de autoria de Jorge Fernando dos Santos, e "Geraldo Vandré – Uma Canção Interrompida" do jornalista Vitor Nuzzi.

Nos últimos anos, Vandré tem levado uma vida discreta, afastado dos palcos e da mídia, embora ainda seja reverenciado como símbolo da canção engajada. Apesar de raramente conceder entrevistas ou se apresentar, seu estilo poético e combativo permanece referência para artistas que buscam unir música e consciência social. Seu legado é o de um artista que transformou a canção popular em arma de luta, tornando-se um ícone da cultura brasileira e da memória política do país. Viúvo há dois anos comemora hoje 9 décadas de uma história fecunda e ímpar, cuja melhor lição ficou nos versos de sua canção: "quem sabe faz a hora, não espera acontecer"! ✨ 👏👏👏👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

💻 Portais G1 e UOL
🖱️ Enciclopedia Itaú Cultural
🎼 Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

👉 Para saber mais sobre Gilberto Gil e Caetano Veloso, que também foram perseguidos pela ditadura, acesse:



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