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🎀 Pela primeira vez, uma mulher era eleita para a Academia Brasileira de Letras, em um dia como hoje, 4 de agosto, no ano de 1977. A escritora e jornalista RACHEL DE QUEIROZ ingressou nesta instituição aos 66 anos, tornando-se a quinta ocupante da cadeira 5, que tem como patrono Bernardo Guimarães. Ela concorreu contra o jurista Pontes de Miranda para a vaga de Cândido Mota Filho, e venceu o pleito por 23 votos, contra 15 dados para o rival e um em branco.
Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza, Ceará, no dia 17 de novembro de 1910. Com 16 anos, já escrevia para jornais e revistas e aos 18 anos já tinha pronto o romance “O Quinze”, publicado em 1930. Seu primeiro livro apresentava as características que marcariam toda sua obra: a denúncia dos problemas sociais do Nordeste, como a seca e a fome, e a defesa de uma sociedade mais justa. Em 1931, entrou para o Partido Comunista, mas logo rompeu com o grupo. Declarou-se apenas democrata, mantendo-se ligada a grupos progressistas, foi presa em 1937, pouco antes do golpe de Estado de Getúlio Vargas. Nesse mesmo ano publicou “Caminho de Pedra”, um livro engajado política e socialmente.
Além de romancista, foi cronista, publicou mais de duas mil crônicas, reunidas nos livros: “A Donzela e a Moura Torta”, “100 Crônicas Escolhidas”, “O Brasileiro Perplexo”, “O Caçador de Tatu”, “Mapinguari” e “Cenas Brasileiras”. Escreveu também peças de teatro e foi tradutora de autores clássicos, como Balzac e Dostoiévski. A escritora também chegou a ser convidada pelo então presidente da República Jânio Quadros para ocupar o cargo de Ministra da Educação, mas ela recusou a proposta. Na época, justificando sua decisão, teria dito: "Sou apenas jornalista e gostaria de continuar sendo apenas jornalista."
Em 1992, publicou Memorial de Maria Moura, aclamado pela crítica e pelo público, onde apresentava personagens fortes, formando um denso painel da realidade brasileira. A autora escreveu os livros infantis: “O Menino Mágico”, “Cafute e Pena-de Prata” e “Andira”. Em 1993, foi a primeira mulher agraciada com o Prêmio Camões, o mais prestigiado e remunerado prémio atribuído à literatura de língua portuguesa. Entre mais de 20 livros de sua autoria, alguns foram adaptados para a TV como "As Três Marias" e "Memorial de Maria Moura", que viraram minisséries.
Foi membro do Conselho Federal de Cultura de 1967 a 1985 e em 1966 foi delegada junto à ONU. Rachel de Queiroz faleceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de novembro de 2003, de infarte, aos 92 anos. Além de Rachel, foram eleitas para a A.B.L. as seguintes escritoras: Dinah Silveira de Queiroz (1980), Lygia Fagundes Telles (1985), Nélida Piñon (1989), Zélia Gattai (2001), Ana Maria Machado (2003), Cleonice Berardinelli (2009), e por fim, Rosiska Darcy (2013). 📖✍️💄💋
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto:
🖱️ Site O Pensador
🖱️ Enciclopédia Britannica - Versão WEB
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