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📚🎉 Num dia como hoje, 6 de março, há 95 anos, nascia na pequena cidade de Aracataca, na região caribenha da Colômbia, o escritor e jornalista GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ, um dos maiores representantes do estilo literário conhecido como realismo mágico. Poucos autores conseguiram misturar comédia, mito e fantasia tão bem quanto ele.
Gabriel García Márquez era o mais velho dos doze filhos de Luisa Santiaga Márquez e Gabriel Elijio García. O menino passou os primeiros anos morando com os avós maternos. Nessa época, ouviu muitas histórias. O avô, coronel veterano de guerra, gostava de contar suas memórias militares. Da avó, o menino ouvia fábulas sobrenaturais e histórias de família. Mais tarde, o escritor veio a utilizar muitos desses relatos em suas obras.
García Márquez frequentou a escola em diferentes cidades. Em 1947, matriculou-se na faculdade de direito da Universidade Nacional de Bogotá, porém desistiu da carreira de advogado e se tornou jornalista, profissão que exerceu até se tornar um escritor famoso.
Na metade da década de 1950, após escrever um artigo que provocou a ira do ditador colombiano Gustavo Rojas Pinilla, García Márquez resolveu mudar-se para a Europa. A partir de então, viveu em vários lugares. Serviu como correspondente do jornal colombiano El Espectador em Roma e em Paris. De 1959 a 1961, trabalhou para a agência de notícias cubana Prensa Latina, em Bogotá, Havana e Nova York. Mais tarde, mudou-se para a Cidade do México. De 1967 a 1975, viveu na Espanha.
Gabriel García Márquez começou a escrever contos no final da década de 1940. Essas histórias eram publicadas em jornais. Seu primeiro romance, A revoada, foi lançado em 1955. Nesse livro, aparece pela primeira vez a cidade de Macondo, que veio a ser cenário de trabalhos posteriores, dentre eles Cem anos de solidão, sua obra mais conhecida.
A escrita de García Márquez gira em torno de temas como amor, amizade, morte, solidão e poder. Dentre os muitos autores que o influenciaram estão Franz Kafka, William Faulkner, Virginia Woolf e Ernest Hemingway. O escritor sempre citava também sua avó como umas das pessoas responsáveis pela maneira como ele contava histórias. Segundo ele, a avó usava um tom completamente natural para contar as narrativas mais insólitas e extraordinárias.
O autor começou a escrever Cem anos de solidão em 1965. Para isso, isolou-se em sua casa na Cidade do México durante cerca de um ano e meio. A obra foi publicada em 1967 e imediatamente se tornou um grande sucesso. O livro veio a ser traduzido para mais de trinta idiomas e vendeu dezenas de milhões de cópias no mundo todo.
Além de Cem anos de solidão, outros livros conhecidos de García Márquez incluem Crônica de uma morte anunciada (1981), O amor nos tempos do cólera (1985) e Notícia de um sequestro (1996, não ficção). Ao todo, o autor lançou mais de vinte obras, dentre elas uma autobiografia, Viver para contar, publicada em 2002.
García Márquez acreditava que escritores tinham o dever de manifestar-se sobre questões políticas. Seu posicionamento era de esquerda. Ele criticava a dominação da América Latina pelos Estados Unidos, apoiava a revolução de Fidel Castro em Cuba e se opunha às ditaduras militares na América Latina, como a de Augusto Pinochet, no Chile.
Em 1999, o escritor foi diagnosticado com câncer; em 2012, segundo um de seus irmãos, tinha começado a sofrer de demência senil. Gabriel García Márquez morreu na Cidade do México em 17 de abril de 2014, aos 87 anos. Ele era casado com Mercedes Barcha Pardo, com quem teve dois filhos.
Ao longo da carreira, García Márquez recebeu inúmeros prêmios e homenagens, dentre eles o Nobel de Literatura, em 1982. Na cidade de Aracataca, foi construída uma réplica da casa em que ele viveu com os avós. O local abriga um museu em homenagem ao autor. 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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