quarta-feira, 6 de abril de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 06.04.22 - 539 Anos do Nascimento e 502 Anos da Morte de Rafael Sânzio

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🏞️ Num dia como hoje, 6 de abril, há 539 anos, nascia em Urbino, na Itália o pintor renascentista RAFAEL SÂNZIO; que veio a falecer na mesma data de seu nascimento, completando hoje 502 anos de sua morte. Rafael é considerado por uma parte dos críticos como o maior pintor que já existiu. Outros consagram-no como o artista em que a pintura encontrou a sua expressão mais acabada. As suas obras reconhecem-se pela ovalidade dos rostos. Ele realizava sua arte com extremo cuidado, atento à perfeição e regularidade das formas e cores, equilíbrio na simetria, buscando uma expressão clara e simples, sem excessos. Dessa forma, ele tornou-se uma fonte de inspiração para outros artistas durante séculos.

Nascido em 6 de Abril de 1483, Rafael Sânzio era filho de Giovanni Santi, pintor e poeta oficial da corte de Frederico III, protetor das artes na Renascença. A vida de Rafael pode ser dividida em três períodos. O primeiro é o da sua formação, que vai até à sua partida para Florença e percorre os anos em que trabalhou no atelier do pintor mais célebre da época, Pietro Vannucci, mais conhecido como Perugino.

A partir de 1500, aos 17 anos, começa a afirmar-se  como magister, o que lhe confere o direito de ter o seu próprio atelier, além de auxiliares e alunos. Pinta o retábulo “A Coroação Bem-aventurada de Nicolas de Tolentino” para a igreja Sant'Agostino de Città di Castello. A sua primeira obra-prima pode ser datada de 1504, O Casamento da Virgem, um quadro que realiza antes de deixar Peruggia. Aos 21 anos parte para Florença.

A República Florentina celebrava os seus grandes artistas, como Michelangelo (1475-1564) e Leonardo da Vinci (1452-1519). Rafael iria beneficiar da influência desses grandes mestres, que iriam completar a sua formação. Da Vinci recebe-o no seu atelier. Ali descobre as obras primas da Renascença florentina. Produz uma série de Virgens e Madonas: A Virgem no Prado (1506), A Virgem e o Pintassilgo (1507), A Bela Jardineira (1507) e, também, A Dama e o Unicórnio.

O período florentino de Rafael, que duraria quatro anos, é o segundo da sua vida. Embora se tivesse tornado um pintor independente, continuou a estudar os métodos de outros grandes mestres.

Chamado a Roma pelo papa Júlio II, deixa Florença em 1508. Começa ali a terceira parte da sua carreira. No Vaticano, é encarregado da decoração dos salões do palácio, onde Júlio II pretende residir para não sofrer a nefasta influência da poderosa família Borgia.

Igualmente nessa época, Rafael encontra a que seria o grande amor de sua vida, La Fornarina, assim apelidada porque era filha de um padeiro. Mulher de grande beleza, era muito cortejada, o que provocava ciúmes a Rafael, que costumava interromper o seu trabalho para se encontrar com ela.

Em 1513, o papa morre. Com o seu sucessor, Leão X, um Médicis, Rafael vê crescer as suas responsabilidades e influência. Este derradeiro período de sua vida é caracterizado por uma intensa actividade. Produz, entre outras, a grandiosa obra-prima Escola de Atenas, que representa a Academia de Platão. Pintada na Stanza della Segnatura no Vaticano é um fresco em que aparecem, ao centro, Platão e Aristóteles. Platão segura o Timeu, o seu tratado teórico, e aponta para o alto, sendo identificado com o ideal, o mundo inteligível. Aristóteles segura a sua Ética e tem a mão na horizontal, representando o terrestre, o mundo sensível.

No final do mês de março de 1520, Rafael adoece. Segundo Vasari, foram 08 dias de febre intensa, para outros foram 14 dias. O estado de Rafael se agravou com grande velocidade, e em 06 de abril de 1520, às 21h, o Príncipe das Artes morreu em seu leito no Palazzo Caprini, com apenas 37 anos; após ter executado a sua obra-prima absoluta, A Transfiguração (1517-1520), resumo do conjunto da sua obra. O Palácio, comprado por Rafael poucos anos antes foi completamente destruído em 1938 durante a construção da Via della Conciliazione, nas proximidades da Praça São Pedro.

Muitas são as simbologias da sua data de morte. Aquele 06 de abril, era uma Sexta-Feira Santa, o dia da morte de Cristo e era também o dia o qual Rafael tinha nascido. No dia 07 de abril, Roma acordou em um clima de tristeza geral. Toda a cidade acompanhou Rafael até o Panteão, o monumento antigo mais amado e estudado pelo “Divin Pittore“, local escolhido por ele para ser o seu repouso eterno. Rafael também deixou uma grande soma para o restauro e manutenção da sua sepultura. Na lápide da sua sepultura está escrito o seguinte: “Aqui jaz Rafael: quando ele vivia, a natureza temia ser derrotada, agora que ele está morto, ela tem medo de morrer” (tradução livre). 😞😓😥😢😭

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas 🖱️ Sites Opera Mundi e Guia de Florença.

👉 Para saber mais sobre Rafael Sânzio, acesse:


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