domingo, 23 de julho de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 23.07.23 - 10 Anos da Morte do Cantor Dominguinhos

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😓🖤 Num dia como hoje, 23 de julho, há exatamente dez anos, morria no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, aos 72 anos, o cantor, compositor e instrumentista pernambucano DOMINGUINHOS. Ele estava em tratamento contra um câncer de pulmão, que já durava seis anos. Teve arritmia cardíaca e infecção respiratória, além de sofrer complicações infecciosas e cardíacas. Em 13 de julho de 2013, o cantor deixou a UTI, mas ainda permaneceu internado, com quadro considerado estável. Com um novo agravamento no seu quadro, voltou para a UTI, onde veio a falecer.

José Domingos de Morais nasceu em Garanhuns, agreste pernambucano, em 12 de fevereiro de 1941. Aos seis anos de idade aprendeu a tocar o instrumento e começou a se apresentar em feiras livres e portas de hotéis em troca de algum dinheiro, junto com dois de seus irmãos, Moraes e Valdomiro, formando o trio Os Três Pinguins. No início tocava triângulo e pandeiro, passando depois a tocar sanfona. Praticava o instrumento por horas a fio e tornou-se um exímio sanfoneiro, passando a ser conhecido em Garanhuns como "Neném do acordeon".

Em 1950, conheceu Luiz Gonzaga quando tocava no hotel em que este estava hospedado, que o convidou a ir ao Rio de Janeiro, o que fez com 13 anos, em 1954, juntamente com seu pai e dois irmãos, todos músicos também. Ao se encontrar novamente com seu padrinho musical - Luiz Gonzaga, recebeu deste uma sanfona de presente e passou a tocar, fazer shows, participar das viagens e gravações de seus discos. Deste momento em diante passou a fazer parte da vida de Luiz Gonzaga, o rei do baião, chegando a ser conhecido como seu herdeiro musical.

Em 1957, ele recebeu o nome artístico de Dominguinhos de Luiz Gonzaga em homenagem a Domingos Ambrósio. De 1957 a 1958, integra a primeira formação do grupo de forró Trio Nordestino. Em 1958, depois que saiu do Trio Nordestino, continuou a se apresentar em programas de rádio e casas noturnas, até gravar seu primeiro disco, o LP Fim de festa em 1964. Depois de mais dois discos gravados, volta a integrar o grupo de Gonzaga em 1967. A sua integração ao grupo de Luís Gonzaga fez com que ganhasse reputação como músico e arranjador, aproximando-se de artistas consagrados dos movimentos bossa nova e MPB, nos anos 1970 e 1980.

Dominguinhos teve em sua formação musical influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz. Ele gravou mais de 40 discos ao longo de sua vida, todos marcados por seu estilo próprio e muita personalidade, numa mistura de forró, baião e outros ritmos regionais. Com uma carreira artística bem diversificada, acompanhou de perto movimentos como Bossa Nova, Jovem Guarda e Tropicália. 

Escreveu canções gravadas por grandes artistas, como Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Elba Ramalho e Chico Buarque. Entre suas músicas mais conhecidas estão "De Volta para o Aconchego", "Isto Aqui Tá Bom Demais" (em parceria com Chico Buarque, e gravada pelos dois, foram incluídas na novela "Roque Santeiro", da TV Globo, o que fez aumentar nacionalmente sua popularidade nos anos 80), e "Eu Só Quero Um Xodó". Esta última, de 1973, já foi regravada mais de 250 vezes, inclusive em inglês, holandês e italiano. Sua discografia conta com mais de 40 títulos lançados. O último álbum do cantor, Yamandu + Dominguinhos, foi lançado em 2008.

Em 1984, o cantor e compositor Chico Buarque gravou a composição "Tantas palavras", composta em parceria com Dominguinhos. Em 1985, a composição "Esse mato, essa terra", composta em parceria com Maria de Guadalupe, cantora e sua esposa, foi incluída na trilha sonora do filme "Aventuras de um paraíba", de Marco Altenberg. Em 1993 criou o Projeto Asa Branca, destinado a levar shows de música popular para praças públicas do País. Lançou em 1997 o CD "Dominguinhos e convidados cantam Luiz Gonzaga", pela gravadora Velas. Compôs no mesmo ano a trilha sonora do filme "O cangaceiro", de Anibal Massaini Neto. Fagner gravou "Quem me levará sou eu" e Maria Betânia gravou "Lamento sertanejo".

Em 2012, foi lançado o documentário "Dominguinhos Volta e Meia" sobre sua vida e obra. O filme foi idealizado pela cantora e compositora Mariana Aydar, pelo multi-instrumentista e produtor musical Duani Martins, e pelo pianista Eduardo Nazarian.

Devido a uma disputa judicial entre seus familiares quanto ao local do sepultamento, o corpo de Dominguinhos teve dois sepultamentos. O primeiro foi no Cemitério Morada da Paz em Paulista, Região Metropolitana do Recife, no dia 25 de julho de 2013. Dois meses depois, em 26 de setembro, seu corpo foi transferido para Garanhuns, onde houve um novo sepultamento no mesmo dia, no Cemitério São Miguel. O desejo de Dominguinhos era ser sepultado na sua terra natal. Seu legado permanece vivo até hoje pelos amantes do autêntico forró nordestino. 👏👏👏👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋 professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre Luiz Gonzaga, que inspirou Dominguinhos, acesse:


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