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🎂😭 O que deveria ser um dia de festa e comemoração, se tornou um dia de tristeza e saudade, pois são 5 anos, 64 meses e 1.961 dias sem saber quem mandou matar a vereadora carioca MARIELLE FRANCO, que hoje completaria 44 anos de nascimento se não tivesse sido assassinada em 14 de março de 2018, com apenas 34 anos, após encerrar o evento “Jovens negras movendo as estruturas”. O motorista Anderson Gomes, que dirigia para Marielle, também foi morto nesse atentado (Fernanda Chaves, assessora de Marielle, que também estava no automóvel, conseguiu escapar. Mulher negra, mãe, ativista, feminista e articuladora dos direitos humanos, Marielle Franco era autora de projeto de lei com grande potencial de atrapalhar o novo modelo de negócios das milícias do Rio de Janeiro.
Nascida na capital fluminense, em 27 de julho de 1979, Marielle foi criada em uma favela do Complexo da Maré. Após perder uma amiga por bala perdida, ela entrou nas batalhas pelos menos assistidos, ainda no pré-vestibular comunitário. Socióloga formada pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela UFF, filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), elegeu-se vereadora em 2016, com a quinta maior votação (46.502 votos).
Marielle foi defensora do feminismo e dos direitos humanos. Criticava a intervenção federal no Rio de Janeiro e a Polícia Militar, tendo denunciado vários casos de abuso de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes, o que não nos deixa dúvidas de que sua morte tem ligação direta com a atuação das milícias e do crime organizado, uma vez que a arma usada no crime provem de um incêndio ocorrido no paiol do BOPE.
Mais de cinco anos depois do crime, a investigação avançou. Na última segunda-feira, dia 24, em coletiva prestada pelo Ministro da Justiça, Flávio Dino, foi divulgado o depoimento do ex-PM Élcio Queiroz, em delação premiada prestada durante depoimento à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ainda no mesmo dia. Élcio confirmou que dirigiu o carro usado no crime e que Ronnie Lessa foi o autor dos disparos contra a ex-vereadora e o motorista Anderson Gomes.
No mesmo dia, 24 de julho, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva contra o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, e sete mandados de busca e apreensão, no Rio de Janeiro e região metropolitana. Maxwell Correa foi expulso pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em maio de 2022, após ser condenado por atrapalhar as investigações sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Élcio afirmou ainda que houve uma tentativa de matar Marielle no final de 2017, contudo, segundo ele, o ex-bombeiro Suel desistiu da ação naquele momento. Três nomes sugiram das investigações: o ex-bombeiro Suel, o PM Macalé (Edmilson da Silva de Oliveira) e Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha. Macalé foi assassinato em 6 de novembro de 2021 no bairro de Bangú.
Em depoimentos à Polícia Federal que continuam sob sigilo, Élcio deu uma série de informações sobre com quem o atirador, o também ex-PM Ronnie Lessa, se reuniu, conversou e fez negócios no período em que estava planejando o homicídio. Esses dados estão sendo checados e cruzados com outros já disponíveis, como os registros financeiros dos investigados e o envolvimento deles em outros crimes. Ainda não se sabe o resultado dos cruzamentos das informações fornecidas pelo delator ou o que trouxeram as buscas realizadas em 24 de julho de 2023, mas no núcleo da investigação é dado como certo que elas levarão a PF a desvendar completamente quem matou Marielle e Anderson e o por quê.
O ex-policial militar Élcio Queiroz foi transferido para a ala de segurança máxima da Papuda, penitenciária em Brasília. O governo federal, por meio do Ministério da Justiça, tem se empenhado para buscar as respostas que há mais de cinco anos queremos saber. Um dos crimes políticos mais odiosos do país pode finalmente estar perto de ser solucionado.
As homenagens à Marielle Franco na data de seu nascimento foram feitas pelo Instituto que leva seu nome, com o lançamento de uma fotobiografia hoje. Ano passado, uma estátua dela, de bronze, em tamanho real de 1,75m, em cima de um caixote em que ela fazia seus discursos, foi inaugurada no Buraco do Lume, na Praça Mário Lago, centro do Rio de Janeiro, local onde às sextas-feiras Marielle ia para prestar contas sobre a sua atuação enquanto vereadora e presidenta da Câmara Municipal. Até o Canva, aplicativo usado para fazer as artes que ilustram o Muita História pra Contar, já fez uma arte pedindo justiça para Marielle Franco.
Anielle Franco, irmã de Marielle e diretora do Instituto Marielle Franco, atual ministra da Igualdade Racial do Brasil, em texto publicado na coluna Ecoa do UOL afirmou em 2022 "Marielle é uma semente que continua germinando por todo o Brasil, inspirando diversas mulheres negras a ocupar espaços de poder que nos foram historicamente negados." Marielle Franco partiu da Favela da Maré para o mundo, mostrando que favela é sinônimo de potência, vida e transformação. Sua história ecoa, inspirando a luta por direitos humanos. Vamos honrar sua memória e seguir lutando como Marielle, por um mundo mais justo e igualitário. 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋 professor e historiador.
📖 Fontes consultadas:
💻 Portais G1, R7 e UOL
📺 Canal History Channel Brasil
📰 Jornais O Globo e Folha de São Paulo
👉 Acesse as postagens sobre Marielle Franco publicadas no Blog do Projeto Muito História pra Contar:
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