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✝️😭⚰️ Num dia como hoje, 25 de dezembro, há 48 anos, na região de tombava sem vida sob as balas da repressão um dos destacados marxistas-leninistas brasileiros. Era era um dos quinze que estavam naquela naquele dia de natal no acampamento da Comissão Militar da Guerrilha do Araguaia quando foram foram surpreendidos pela operação "Chafurdo de Natal" que matou MAURÍCIO GRABOIS e seus companheiros do PC do B instalados naquela região. Maurício Grabois foi um dos fundadores do Partido Comunista do Brasil (PC do B) e um dos principais defensores da luta armada como “tática revolucionária” para tentar a derrubada do regime militar e a implantação do socialismo no país.
Maurício Grabois nasceu em Salvador no dia 2 de outubro de 1912, filho do comerciante Agostim Grabois e de Dora Grabois, ambos judeus de nacionalidade russa. Fez o curso primário em vários colégios devido às inúmeras viagens e mudanças de seu pai. Em 1920, quando sua família regressou a Salvador, concluiu a escola primária. Em 1925 ingressou no Ginásio da Bahia, passando a sofrer forte influência de seu diretor, Bernardino José de Sousa. Também nessa época conheceu e tornou-se amigo de Carlos Marighela, que freqüentava o mesmo colégio. Formando-se em 1929, no início do ano seguinte foi para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, onde passou a freqüentar o curso preparatório para ingressar na Escola Militar do Realengo. Em 1931 entrou para a Escola Militar, mas não concluiu o curso por ter sido expulso em 1933.
Antes de completar 20 anos, em 1932, optou pela carreira militar. Ainda na escola militar, Grabois ingressou no Partido Comunista, passando a dedicar sua vida por inteiro à atividade partidária. Em 1934 participou das jornadas contra o nazi-fascismo. Em 1935, trabalhou na criação e fortalecimento da Aliança Nacional Libertadora, sendo já então dirigente regional da organização.
Nos dez anos da ditadura Vargas, quando se desencadeou brutal repressão policial contra os comunistas, Maurício Grabois, desenvolveu incansável atuação política de resistência. Foi preso em 1941, passando um ano e meio na prisão. Ao ser libertado, integrou imediatamente o Secretariado Nacional Provisório do Partido, no qual teve como tarefa a rearticulação e a realização da Conferencial Nacional, realizada em 1943, na Serra da Mantiqueira, onde se tornou membro do Comitê Nacional, da Comissão Executiva e do Secretariado do Comitê Central.
Em 1945, foi eleito deputado constituinte e desenvolveu intensa atividade parlamentar. Foi líder da bancada na Câmara Federal por dois anos, até a cassação dos mandatos dos deputados comunistas e passou a viver na clandestinidade. As grandes divergências ideológicas do mundo comunista ao longo dos anos de 1950 levaram-no a se opor frontalmente à linha partidária do PCB, sendo expulso do Partido em 1961. Após essa dissensão, reconstruiu o Partido Comunista do Brasil, cujo programa contou com sua destacada colaboração.
Durante muito tempo, dirigiu o órgão partidário "A Classe Operária" e empenhou o melhor de suas energias revolucionárias na preparação da luta e na resistência armada do Araguaia. Assim, Grabois partiu para a ação direta, dando toda sua força à preparação da luta armada no Araguaia. Ali esteve desde os primeiros momentos, ali conviveu com o povo explorado, ali comandou as Forças Guerrilheiras do Araguaia.
A luta política cruzou o destino das tragédias pessoais. André Grabois, seu filho, foi assassinado quando, em 14 de outubro de 1973, os militares realizaram uma importante mobilização, preparando uma emboscada na fazenda Caçadora, no sul do Pará. Seu genro, Gilberto Olímpio Maria, também desapareceu, no dia de Natal de 1973; Criméia Alice Almeida, mulher de André, grávida de cinco meses, deixou a guerrilha e voltou para São Paulo, onde foi presa dois meses depois. Seu filho João Carlos, neto de Grabois nasceu no DOI-CODI de Brasília.
Maurício Grabois caiu fuzilado, no dia 25 de dezembro de 1973, há 48 anos, segundo o relato de moradores da região. No coração crivado de balas, levou a dor de muitas mortes: do seu filho André; de Gilberto; e de inúmeros jovens guerrilheiros do Araguaia. Vale ressaltar, o corpo de Maurício Grabois; de seu filho – André Grabois; seu genro – Gilberto Olímpio Maria e dos outros 67 guerrilheiros e camponeses da Guerrilha do Araguaia nunca foram encontrados.
Durante as operações militares na região do Araguaia, os agentes públicos foram autores de graves violações aos direitos humanos, como detenções ilegais e arbitrárias, torturas, execuções sumárias e desaparecimentos forçados, as quais foram perpetradas contra os militantes do Partido Comunista do Brasil e também aos camponeses locais. Em março de 1982, a mulher de Grabois, Alzira da Costa Reis Grabois, juntamente com as famílias dos desaparecidos durante esse período no Araguaia, moveu uma ação ordinária na Justiça Federal com o objetivo de obter um posicionamento do governo sobre o assunto.
Maurício Grabois foi um dos mais atuantes comunistas brasileiros e dedicou a sua vida à luta contra as injustiças sociais. Junto com outros companheiros do PC do B, deu o melhor de suas energias revolucionárias na preparação da luta e na resistência armada do Araguaia. Deixou um exemplo de compromisso com o marxismo-leninismo ao mesmo tempo em que combateu firmemente o revisionismo da teoria marxista, proposto por oportunistas sempre a serviço das classes dominantes, assim como os excessos da Revolução Chinesa. 💪👊💪
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto:
🖱️ Memórias da Ditadura
🖱️ Site do Jornal A Nova Democracia
🖱️ Site do CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. (adaptados) 🙂
👉 Para saber mais sobre a fundação do Partido Comunista do Brasil, acesse:
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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