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✝️😭⚰️ Num dia como hoje, 10 de janeiro, há 51 anos, morria em Paris, na França, a estilista que revolucionou a moda em escala global COCO CHANNEL. Seus designs elegantemente casuais inspiraram as mulheres da moda a abandonar as roupas complicadas e desconfortáveis – como anáguas e espartilhos – que eram predominantes no vestuário do século XIX. Entre suas inovações agora clássicas estavam o terno Chanel, a bolsa acolchoada, bijuterias e o “vestidinho preto”.
Gabrielle Bonheur Chanel nasceu no dia 19 de agosto de 1883, em Saumur, no interior da França; sua mãe morreu e seu pai a abandonou em um orfanato. Depois de um breve período como balconista, Chanel trabalhou por alguns anos como cantora de café, onde ficou famosa por cantar a canção “Qui qu'a vu Coco?”, sendo essa a origem para o seu apelido de “Coco”, que também quer dizer “querida” em francês. Mais tarde, ela se associou a alguns homens ricos e, em 1913, com a ajuda financeira de um deles, Arthur (“Boy”) Capel, abriu uma pequena loja de chapelaria em Deauville, na França.
Fiel à sua máxima de que “o luxo deve ser confortável, caso contrário não é luxo”, os designs da Chanel enfatizaram a simplicidade e o conforto e revolucionaram a indústria da moda. No final da década de 1920, as indústrias Chanel valiam milhões e empregavam mais de 2.000 pessoas, não apenas em sua casa de alta costura, mas também em um laboratório de perfumes, uma fábrica têxtil e uma joalheria.
Em 1920, ela criou o perfume Chanel Nº 5, com a ajuda de Ernst Beaux, um dos criadores de perfumes mais talentosos da França, que a transformou em uma celebridade mundial. Tem sido dito que o perfume recebeu o nome da série de aromas que Beaux criou para Chanel provar – ela escolheu o quinto, uma combinação de jasmim e vários outros aromas florais que eram mais complexos e misteriosos do que os perfumes de perfume único da época no mercado. O fato de Chanel ter sido a primeira grande estilista a introduzir um perfume e ter substituído a embalagem típica do perfume por um frasco simples e elegante também contribuiu para o sucesso do perfume.
Chanel fechou sua casa de alta costura em 1939 com a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Suas associações com um diplomata alemão durante a ocupação nazista mancharam sua reputação. No final da guerra, os franceses não aceitaram bem este romance e deixaram comprar seus produtos. Com isso, Chanel passou por dificuldades financeiras, passou a vender suas roupas para fora da Europa e decidiu se mudar para a Suíça. Em 1954, ela apresentou seu design de terno altamente copiado: um casaco de cardigan sem gola e trançado com uma saia graciosa. Ela também introduziu calças boca de sino e outras inovações, mantendo sempre um visual clássico limpo.
Por conta da morte do ex-presidente dos EUA, John Kennedy, e também devido à admiração da ex-primeira-dama Jackie Kennedy por Chanel, ela começou a aparecer nas revistas de moda com a criação dos seus tailleurs. Depois disso, retornou à França, onde viveu até sua morte em 10 de janeiro de 1971, de infarto no Hôtel Ritz, onde viveu por dez anos.
Após sua morte em 1971, a casa de alta costura da Chanel foi liderada por uma série de designers, sendo o mandato de Karl Lagerfeld (1983–2019) o mais longo e influente. A compreensão perspicaz de Chanel das necessidades da moda feminina, sua ambição empreendedora e os aspectos românticos de sua vida - sua ascensão da pobreza à riqueza e seus sensacionais casos de amor - continuaram a inspirar inúmeros livros biográficos, filmes e peças, incluindo o musical da Broadway de 1970 Coco estrelado por Katharine Hepburn e o longa Coco antes de Chanel (Coco Avant Chanel. FRA/BE, 2009) dirigido por Anne Fontaine com Audrey Tautou como protagonista, disponível nos streamings da Globoplay, Itunes e Looke. Uma coisa é certa: se não houvesse Gabrielle Chanel, a história da moda como conhecemos seria muito diferente. 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto:
📺 Canal History Channel do Brasil
🖱️ Enciclopédia Britannica (adaptados)
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