segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 17.01.22 - 17 Anos da Morte de Bezerra da Silva

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🎤😭 Num dia como hoje, 17 de janeiro, há 17 anos, morria no Rio de Janeiro, o cantor e compositor BEZERRA DA SILVA, conhecido interprete do chamado samba raiz dos morros cariocas, verdeiro representante da malandragem, que com suas músicas irreverentes tocou em temas pouco convencionais para a sociedade da época como o consumo de maconha, as relações conflituosas com sogras, deduragem, etc... Bezerra da Silva era a voz do morro, de gente pobre, sofrida e abandonada pelos poderes públicos.

José Bezerra da Silva nasceu no Recife em 23 de fevereiro de 1927. Aos nove anos tocava zabumba e cantava coco.
Pressionado para aprender um ofício, ingressa na escola da Marinha Mercante, de onde é expulso depois de dois anos. Aos 15 anos, foi para o Rio de Janeiro como clandestino em um navio, indo morar no Morro do Cantagalo. Por essa época, começou a trabalhar na construção civil como ajudante de pedreiro e pintor. Como instrumentista, tocava pistão e vários instrumentos de percussão. Em 1950, o compositor Doca leva-o para tocar na Rádio Clube do Brasil, o que fez com que ele se entrosa-se com músicos do samba. 

Sem encontrar ocupação, vive por sete anos como mendigo nas ruas do Rio. Readquire endereço fixo em 1961, quando passa a viver na favela do Parque Proletário da Gávea, voltando a trabalhar no rádio e na construção civil. Também atua como ritmista em discos de sambistas, como Clementina de Jesus (1902-1987) e Roberto Ribeiro (1940-1996), e começa a compor. Na voz de Marlene (1922-2014), “Nunca Mais” [parceria com Norival Reis (1924-2001)] ganha o concurso de carnaval da Rádio Nacional em 1965. Passa a cantar em rádios e lança seu primeiro compacto em 1969. Em 1970, grava seu primeiro LP, Bezerra da Silva: o Rei do Coco, volume 1, lançado em 1973, seguido pelo volume 2 (1976).

Em 1977, integra, como percussionista, a orquestra da Rede Globo, o que lhe permite abandonar o trabalho de pintor. No mesmo ano, lança, em parceria com Genaro, seu primeiro disco de samba, Genaro e Bezerra da Silva Partido Alto Nota 10, que alavanca a carreira de intérprete. Grava Bezerra da Silva Partido Alto Nota 10 - volume 2 (1979), que traz seu primeiro sucesso [“Pega eu” – Criolo Doido (1940)], e Bezerra da Silva Partido Alto Nota 10 - volume 3 (1980).

Entre 1981 e 1993, grava um álbum por ano pela RCA, que lhe rendem 11 discos de ouro, três de platina e um de platina dupla. Nessa época, firma-se como intérprete de compositores desconhecidos, autores de seus principais sucessos, como “Malandragem Dá um Tempo” (Popular P, Adelzonilton e Moacir Bombeiro), “Sequestraram Minha Sogra”(Rode do Jacarezinho, Sarabanda e Barbeirinho do Jacarezinho) e “Overdose de Cocada” (Dinho e Ivan Mendonça).

Em 1995, com Moreira da Silva (1902-2000) e Dicró (1946-2012), lança Os Três Malandros in Concert. Na última década de vida, lança mais dez álbuns por diferentes gravadoras, um deles ao vivo, e o último, independente, com repertório gospel, Caminho de Luz (2004).

Em 1983 casou-se com Regina de Oliveira, conhecida como compositora e produtora pelo pesedônimo de Regina do Bezerra. O filho Thalamy Bezerra da Silva também seguiu a carreira de músico. Em 2001 filiou-se à uma Igreja Evangélica.

Em 28 de outubro de 2004, aos 77 anos, foi internado no CTI da Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeira, Zona Sul do Rio de Janeiro com pneumonia e efisema pulmonar, sendo induzido ao coma, como parte do tratamento. Posteriormente foi transferido para o Hospital dos Servidores do Estado, onde faleceu no dia 17 de janeiro de 2005 em decorrência de uma parada cardíaca. Foi sepultado no Memorial do Carmo, no Cemitério do Caju, onde aconteceu um encontro de vários sambistas e admiradores cantados alguns de seus maiores sucessos e ainda, um culto religioso de evangélicos da Igreja Universal do Reino de Deus, a que pertencia desde 2001. Sua genialidade musical ainda hoje é lembrada como um dos melhores e maiores sambistas que passaram pelo cancioneiro nacional. Infelizmente, o Brasil cantado há anos por Bezerra continua tão atual quanto essa frase de sua autoria: "Para tirar meu Brasil desta baderna, só quando o morcego doar sangue e o saci cruzar a perna".  😞😓😥😢😭

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto:

🖱️ Enciclopedia Itaú Cultural
🖱️ Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira (versão web)

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