terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 15.02.22 - Morre o Jornalista e Cineasta Arnaldo Jabor

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😓🖤 O jornalismo brasileiro amanheceu hoje enlutado pela partida do cineasta, cronista e jornalista ARNALDO JABOR, aos 81 anos. Ele estava internado no Hospital Sirio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 17 de dezembro, depois de sofrer um acidente vascular cerebral. No final de dezembro, um boletim médico apontou que Jabor tivera uma melhora progressiva do quadro neurológico e se encontrava consciente. A família informou que a causa da morte foram complicações do AVC. Jabor se tornou mais conhecido por seus comentários nos telejornais da TV Globo desde os anos 1990. Mas sua primeira vocação foi como cineasta, formado, durante a década de 1960, sob o ambiente do cinema novo – que buscava levar a realidade do Brasil para as telonas.

Arnaldo Jabor nasceu no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1940. Estudou no Colégio Santo Inácio e, mais tarde, cursou direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ). Começou a escrever em 1962 para O Metropolitano, periódico ligado ao movimento estudantil. Antes de sua estreia como diretor, trabalhou como técnico de som, roteirista de cinema e crítico teatral. 

Sua atuação no cinema começa quando trabalha como assistente de direção de diretores ligados ao Cinema Novo, como Cacá Diegues (1940), Leon Hirszman (1937-1987) e Paulo César Saraceni (1933), movimento no qual também se filia enquanto diretor. Em 1964, faz o curso de cinema do Itamaraty-Unesco e tem no documentário suas primeiras experiências na direção com O Circo (1965) e Opinião Pública (1967), que através de uma linguagem permeada de humor e ironia conta como o brasileiro enxerga sua própria realidade.

Na ficção, estreia em 1971, com o longa-metragem Pindorama. Dois anos depois, lança Toda nudez será castigada (1973), dando início às suas adaptações para o cinema das obras do dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980) e pela mudança de perspectiva da crítica ao seu trabalho. No filme, pelo qual recebe o prêmio de melhor diretor no Festival de Berlim, em 1974, o diretor trabalha temas que confrontam a moral conservadora da sociedade no período, como a relação amorosa entre um viúvo e uma prostituta e os conflitos que o relacionamento causa na família do homem.

Em seus trabalhos destaca-se principalmente o filme "Eu Sei Que Vou Te Amar" (1986), que rendeu a ele a indicação do prêmio Palma de Ouro, de melhor filme no Festival de Cannes, e o prêmio de melhor atriz para Fernanda Torres. Em 2010, voltou brevemente ao cinema, dirigindo A Suprema Felicidade. Arnaldo Jabor teve extensa carreira dedicada ao cinema, à literatura e ao jornalismo. No cinema, dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários. De acordo com assessores, Jabor ainda deixou um filme inédito.

Enquanto escritor deixou como obras os seus "Amor É prosa, Sexo É poesia" (2004) e "Pornopolítica" (2006), que se tornaram best-sellers.

Nos anos 1990, Jabor se afastou do cinema e, a partir de 1991, passou a escrever crônicas para jornais e também a fazer comentários políticos em programas da TV Globo como "Jornal Nacional", "Bom Dia Brasil", "Jornal Hoje", "Fantástico", e de rádio na CBN. Jabor dividia com Paulo Francis e Joelmir Beting os quadros de opinião do telejornal noturno: "Jornal da Globo". Nos anos 2000, ele passou a apresentar a coluna sozinho, onde abordava temas como cinema, artes, sexualidade, política nacional e internacional, economia, amor, filosofia, preconceito. O último comentário de Arnaldo Jabor na televisão foi no dia 18 de novembro de 2021, quando comentou sobre as suspeitas de interferência no Enem.

Ex-mulher de Jabor e mãe de um de seus filhos, João Pedro, a produtora de cinema Suzana Villas Boas escreveu, numa rede social, na manhã desta terça-feira (15): "Jabor virou estrela, meu filho perdeu o pai, e o Brasil perdeu um grande brasileiro". O cineasta deixa três filhos, João Pedro, Carolina e Juliana; e um legado imprescindível para a História do Cinema brasileiro. 👏👏👏👏👏👏

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#lutoporarnaldojabor
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador

📖 Fontes consultadas:

💻 Portal G1
🖱️ Site Memória Globo
🖱️ Enciclopedia Itaú Cultural
📺 Canal History Channel do Brasil

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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