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😓🖤 Num dia como hoje, 26 de fevereiro, há exatos dez anos, era assassinado a facadas em sua residência no bairro do Bultrins em Olinda (Pernambuco), ROBINSON CAVALCANTI, bispo da Diocese Anglicana do Recife. O cruel crime foi cometido por Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, seu filho adotivo, que havia chegado há 3 dias de uma estada nos Estados Unidos, onde vivera por 13 anos, com várias passagens pela polícia. A esposa de Robson, Miriam Cavalcanti, tentou intervir, mas acabou sendo também morta pelo filho adotivo.
Eduardo foi visto na frente de casa dos pais amolando uma faca, o que chamou a atenção dos vizinhos. Teria bebido e consumido cocaína excessivamente, segundo apontaram exames feitos logo após o crime no Hospital da Restauração (HR). À noite, acompanhou os pais até a Igreja Anglicana de Bairro Novo, também em Olinda. Ao chegar em casa, trancou todas as portas e iniciou uma discussão com o pai. O inquérito da Polícia Civil descobriu que o Eduardo Olímpio também seria integrante de uma facção criminosa nos Estados Unidos e teria um plano de assassinatos em série no Brasil. No dia do duplo assassinato, ele teria reclamado o fato do pai tê-lo "abandonado". O bispo e a esposa teriam decidido enviar o rapaz para a casa de familiares nos Estados Unidos porque, aos 16 anos, quando ele queria deixar os estudos.
Edward Robinson de Barros Cavalcanti, nasceu no Recife (PE), em 21 de junho de 1944, filho de Edward Lopes Cavalcanti e Gerusa de Barros Cavalcanti. Aos três anos de idade se mudou para a cidade de União dos Palmares, em Alagoas, e lá estudou até o Curso Ginasial (8ª série). Em União dos Palmares seu pai foi empresário e político, e o menino Robinson frequentou a Paróquia de Santa Maria Madalena (da Igreja Católica Romana), e participou da política estudantil, através do Grêmio do Colégio e da União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas (UESA). Nessa época passou, ocasionalmente, a frequentar sessões kardecistas (religião da família do seu genitor) e a ser evangelizado por amigos Batistas e Adventistas do 7º Dia. No início de 1962 desvinculou-se da Igreja Romana e do Espiritismo Kardecista, concluiu o Curso Clássico e o Curso de Língua e Cultura Hispânica. Em 31 de outubro de 1963 (Dia da Reforma) foi confirmado na Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB).
Na vida acadêmica, foi bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, com licenciatura em Ciências Sociais na Universidade Católica de Pernambuco. Fez mestrado em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro (IUPERJ). Dom Robinson Cavalcanti foi coordenador de graduação, de pós-graduação e de mestrado, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), além de diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Nas universidades – onde lecionou por 35 anos – integrou quase todos os Colegiados Superiores.
Como escritor, passou a colaborar como articulista na imprensa escrita. Por 10 anos escreveu a coluna dominical “Evangelismo” no Jornal do Commércio, e, por dois anos a coluna “Panorama Evangélico”, do Diário da Noite. Escreveu, por cinco anos, para a revista Kerygma (São Paulo), e foi o mais antigo colaborador da revista Ultimato (Viçosa, MG.). Robinson filiou-se aos Gideões Internacionais e ao Rotary Club.
Depois de anos de estudo e aproximação, filiou-se a então Igreja Episcopal do Brasil (IEB), Paróquia da Santíssima Trindade, pelas mãos do Bispo Dom Edmund Knox Sherril, em 21 de junho de 1976. Em 1997 foi eleito, sagrado e instituído Bispo da Diocese Anglicana do Recife, comparecendo à Conferência de Lambeth, de 1998. Como Bispo Diocesano, ordenou 99 Diáconos e 85 Presbíteros.
Membro da Academia Pernambucana de Educação e Cultura, Academia Pernambucana de Ciências Jurídicas e Morais e Cidadão Honorário da Cidade de Olinda (PE). Praticou esportes na juventude, gostava de teatro, cinema e música (do clássico ao folclórico), de praia (particularmente Paripueira, AL). Era professor aposentado da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco).
Robinson Cavalcanti definia-se como um democrata, nacionalista, federalista, regionalista, municipalista, parlamentarista, defensor de uma Sociedade Solidária e de uma Economia pós-Capitalista, inspirada nos valores judaico-cristãos, participou de um sem número de movimentos em defesa da justiça social, sempre encarando tal participação como expressão de um ministério profético.
Eduardo Olímpio, o filho parricida, foi condenado a 57 anos de reclusão em regime fechado pelo duplo assassinato de Robinson de Barros Cavalcanti e de Miriam Cavalcanti, em 26 de fevereiro de 2012. Robinson e Miriam foram sepultados lado a lado no Cemitério Morada da Paz em Paulista-PE. Ambos eram muito queridos no meio evangélico e filosófico, e a perda trágica de suas vidas repercutiu por todo o planeta. Durante pouco mais de 7 horas, o termo #Robinson Cavalcanti (hashtag) esteve entre os 3 mais citados do Twitter no mundo. Para preservar seu legado e sua memória foi criado o Instituto Robinson Cavalcanti. 👏👏👏👏👏👏
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#lutoporrobinsoncavalcanti
🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto:
🖱️ Wikipedia
🖱️ Site Ultimato
📰 Site do Diário de Pernambuco (adaptados)
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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