Morre no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 2004, aos 82 anos, vítima de insuficiência pulmonar seguida de infarto no miocárdio, Leonel de Moura Brizola, fundador do PDT, ex-prefeito de Porto Alegre e ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.
Brizola protagonizou memoráveis embates contra forças conservadoras da política nacional. Como governador do Rio Grande do Sul, foi o principal líder da Campanha da Legalidade, resistência civil que impediu o golpe de estado após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, e assegurou a posse do vice-presidente João Goulart.
No golpe militar de 1964, já como deputado federal pela Guanabara, Brizola tentou organizar a resistência armada a partir do Rio Grande do Sul. Temendo uma guerra civil no país, Jango decidiu se refugiar no Uruguai, e o plano de Brizola não prosperou. Com seus direitos políticos cassados pelo Ato Institucional nº 1, Brizola se exilou no Uruguai e só retornou ao Brasil em 1979, com a anistia.
Em 1982, foi eleito governador do Rio de Janeiro, superando inclusive tentativas de fraude. Em 1989, ficou em terceiro lugar na disputa pela Presidência da República, no primeiro pleito pós-ditadura — obteve 15,45% dos votos, logo atrás de Lula, o segundo colocado, com 16,08%.
Em 1990, foi novamente eleito governador do Rio de Janeiro, tendo a educação como a mais importante bandeira de suas três gestões estaduais. Em sua gestão, Brizola instituiu os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), idealizados por Darcy Ribeiro.
Brizola disputou a Presidência novamente em 1994 e, em 1998, a Vice-Presidência, na chapa com Lula.
Fonte: Memorial da Democracia
Imagem: Monitor Mercantil
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