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😓🖤 O que deveria ser uma comemoração natalícia pela passagem dos 50 anos do guarda municipal MARCELO ARRUDA, terminou numa tragédia há exatamente um ano, quando o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho invadiu a na sede da Associação Esportiva Segurança Física Itaipu e disparou contra o aniversariante, aos gritos de "Aqui é Bolsonaro". O crime deixou evidente o acirramento da polarização política durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (que ainda durante a campanha eleitoral proferiu frases que incitavam a violência contra opositores, como por exemplo, “metralhar a petralhada”) que vitimou além de Marcelo, Mestre Moa, na Bahia, assassinado em 2018.
Marcelo Aloizio de Arruda nasceu e foi criado na favela dos Bancários, em Foz do Iguaçu, e começou a trabalhar como engraxate. Em 2003, se formou em biologia pela UniAmérica Centro Universitário. Foi candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu em 2020 pelo Partido dos Trabalhadores (PT). À época de sua morte, Marcelo era tesoureiro do partido, guarda municipal há 28 anos, e diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz (Sismufi).
Jorge José da Rocha Guaranho, o assassino, é policial penal federal desde 2010, e se descreve nas redes sociais como cristão, conservador, contrário ao aborto, armamentista e bolsonarista. Em suas redes sociais, a maioria de suas postagens são em apoio a Bolsonaro e a suas pautas, e incluem críticas à Rede Globo e a Alexandre de Moraes; assim como uma selfie com Eduardo Bolsonaro. Ele era secretário da diretoria da Associação Esportiva Segurança Física Itaipu, onde ocorria a festa de aniversário de Marcelo Arruda, mas não o conhecia anteriormente e não havia sido convidado para o evento. Ele estava cursando medicina na Cidade do Leste, quando cometeu o crime.
A festa de aniversário tinha decoração temática alusiva ao PT e ao então pré-candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva. Ao ter acesso às imagens da festa registradas pelas câmeras de segurança da Associação, Guarunho foi até o local da festa de aniversário com o som do carro reproduzindo músicas alusivas ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Inconformado com a explícita apologia ao principal adversário (Lula) do pré-candidato de sua preferência (Bolsonaro) Guaranho, da janela do seu veículo, deu causa ao que seria o início do enredo macabro, provocando indistintamente todos os convivas (que não conhecia) com expressões que denegriam o opositor (‘Lula ladrão’, ‘PT lixo’) e exaltavam o de sua preferência (‘Bolsonaro Mito’, “aqui é Bolsonaro’)”, relata o Ministério Público.
Onze minutos após a discussão, “aos brados de ‘aqui é Bolsonaro’, voltou ao local (...) e dolosamente e imbuído da mesma fútil motivação, dizendo ‘petista vai morrer tudo’, detonou dois disparos contra a vítima, atingindo-a no abdômen e na coxa direita”. Já caído, Arruda ainda disparou contra Guaranho, atingindo o acusado, relata a denúncia do Ministério Público.
O Ministério Público denunciou Guaranho por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil (segundo o MP, a motivação do crime foi divergência político partidária) e perigo comum (pois Guaranho teria colocado em situação de perigo os integrantes da festa de aniversário). Ele será submetido a júri popular, em data ainda não definida. Atualmente ele está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Marcelo Arruda deixou a esposa viúva e quatro filhos órfãos, incluindo um bebê de apenas 1 mês. Em sua homenagem, A a Lei Municipal 5.134/2022 de Foz do Iguaçu, que regula a promoção de guardas municipais, recebeu seu nome.
Neste domingo, 9 de Julho, em um ato público na praça da paz, em Foz do Iguaçu, foi feito um ato para lembrar da morte de Marcelo Arruda com a participação de diversas personalidades políticas, dentre elas Gleisi Hoffmann, Presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores, e Roberto Requião, ex-governador do Paraná. O ato também pediu para que a justiça fosse feita e o assassino punido; além de pedir por "Um país melhor, mais humano e sem intolerância".
A morte de Marcelo Arruda não pode, nem deve ser esquecida. Seu sangue covardemente derramado é uma mostra do que os discursos de ódio e intolerência são capazes de fazer em pessoas fanáticas, agressivas e cooptadas por grupos que pregam abertamente a eliminação do adversário e sua aniquilação. Uma ameaça ao Estado Democrático de Direito, que não pode ser tolerada, e por isso deve ser combatida, dentro dos rigores da lei. ⚖ 📖 ⚖
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📝 Fontes consultadas:
🖱️ Wikipedia
💻 Portais G1, R7, e Metropolis
📰 Jornais Folha de São Paulo e O Globo
👉 Para saber mais sobre a morte de Marcelo Arruda, acesse:
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