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🎼✍️ Num dia como hoje, 16 de agosto, há 201 anos, Evaristo da Veiga, compôs o Hino Constitucional Brasiliense – musicalizado pelo maestro Marcos Antônio da Fonseca Portugal (1760-1830) – cujos versos seriam incorporados anos mais tarde ao Hino da Independência, musicalizado pelo próprio D. Pedro I. Vale lembrar que Evaristo da Veiga compõs a letra dele dois dias após a partida de D. Pedro para a província de São Paulo, onde deveria resolver contendas entre as oligarquias paulistas e os irmãos Andrada. Evaristo Ferreira da Veiga e Barros era poeta, jornalista, político e livreiro. Ele nasceu no Rio de Janeiro em 8 de outubro de 1799 e faleceu na mesma cidade em 12 de maio de 1837. Em 1823, Evaristo inaugurou sua livraria, na rua da Quitanda. Publicou seus primeiros versos. Sua Livraria, não era apenas uma livraria, mas se tornou um ponto de reunião e debate. Para o desgosto dos liberais, a Constituição de 1824 dera ao imperador excessiva autoridade, e as discussões eram frequentes. Em 1827 ingressou no jornal “Aurora Fluminense”, de oposição ao governo, difusor de ideias constitucionalistas e liberais. Logo tornou-se proprietário, escrevendo todos os artigos. Nesse mesmo ano casa-se com Ideltrudes d'Ascensão. Em 1831 foi eleito deputado pela província de Minas Gerais, sendo reeleito por três mandatos. Fez oposição aos irmãos Andradas e apoiou a nomeação de Diogo Antônio Feijó, como Ministro da Justiça, indicado pelo partido Liberal. Evaristo da Veiga foi membro fundador da Sociedade Defensora da Liberdade e da Independência Nacional, precursora do Partido Moderado. Foi membro do Instituto Histórico de França e da Arcádia de Roma. Em 1937 voltou ao Rio de Janeiro. Fechou seu jornal, passando a se dedicar à literatura, tornando-se um dos precursores do Romantismo no Brasil. Suas poesias só foram publicadas em 1915, nos anais da Biblioteca Nacional, vol. XXXIII. Evaristo da Veiga é o patrono da cadeira n° 10 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Rui Barbosa. O Hino da Independência, cuja letra é de autoria de Evaristo da Veiga, só foi musicalizado depois dos feitos de sete de setembro de 1822. No ano de 1922, data que marcava a comemoração do centenário da independência, o hino foi novamente executado com a melodia criada pelo maestro Marcos Antônio. Somente na década de 1930, graças à ação do ministro Gustavo Capanema, que o Hino da Independência foi finalmente regulamentado em sua forma e autoria. Contando com a ajuda do maestro Heitor Villa-Lobos, a melodia composta por D. Pedro I foi dada como a única a ser utilizada na execução do referido hino. 🎻🎶
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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