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💣💥 Num dia como hoje, 11 de janeiro, há 202 anos, as tropas da Divisão Auxiliadora Portuguesa, sob o comando do general Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares, tentaram um golpe para derrubar D. Pedro e mandá-lo de volta para Lisboa, como era pretendido pelas Cortes Portuguesas. O motim foi uma resposta ao 9 de janeiro de 1822, quando após receber um abaixo-assinado com aproximadamente 8000 assinaturas, o princípe-regente decidiu permanecer no Brasil.
Desde 1821, o general Avilez se destacara como notório defensor das Cortes de Lisboa. Dizia-se que quem mandava mesmo no Rio de Janeiro era o oficial. Diante da afronta de D. Pedro contra o regime liberal de Portugal, Avilez instigou seus subordinados, visando a criar animosidade e forçar obediência do regente às Cortes. Quase dois mil soldados, obedientes ao general, marcharam para o morro do Castelo. A notícia de que as tropas iriam levar D. Pedro à força para a fragata União correu ligeiro naquele mesmo dia. A princesa D. Leopoldina e seus filhos fugiram da Corte, e planos de fuga também foram elaborados para o príncipe. O Rio de Janeiro também foi ameaçado de bombardeio.
O levante não saiu como o planejado. Fato fundamental para isso foi a guarnição da Quinta da Boa Vista ter se mantido fiel ao príncipe. Mas além de oficiais e policiais, milhares de pessoas comuns se juntaram à resistência em prol de d. Pedro, no Campo de Santana. Na madrugada do dia 12 de fevereiro, quase dez mil homens estavam de prontidão: uma milícia popular formada por “roceiros, padres e frades, uns montados, outros a pé, armados de pistola, de faca e até simplesmente de um varapau”, segundo cronistas da época.
Diante da reação em favor de D. Pedro, Avilez depôs as armas e recolheu suas tropas para a praia Grande (hoje, Niterói). Embarcaram nos navios que os levariam de volta para Portugal, mas não zarparam. As tensões entre o general e o regente seguiram por mais um mês. A população temia um ataque surpresa. Em carta ao rei D. João VI, o príncipe-regente tratou de informar que havia dado seu ultimato aos soldados: “hão de embarcar, ou hão de morrer”. D. Pedro organizou as defesas e, no dia 15 de fevereiro de 1822, enfim, impôs sua vontade, e Jorge de Avilez e os demais membros de suas tropas retornaram para a Europa.
O episódio preparou a independência sob a continuidade monárquica, mas teve uma consequência trágica: a morte do pequeno príncipe D. João Carlos, primogênito do futuro imperador. A Princesa Dona Leopoldina foi levada, com o bebê, em meio a uma noite de tempestade, para a Real Fazenda de Santa Cruz, a doze léguas da capital. A criança, que já vinha doente, não resistiu. Numa carta dirigida a seu pai, D. João VI, o Regente se queixou: "A Divisão Auxiliadora causou a morte do neto de Vossa Majestade. "Sempre que se falava em Avilez, D. Pedro lembrava, furioso: " Foi esse infame o assassino do meu filho!" 😠😡😤
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋 professor e historiador.
📖 Fonte consultada 🖱 Site Rio Memórias
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