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🔰 A convocação de pessoas para comporem a reserva do Exército após o final da Guerra do Paraguai (1870) feita pelo Gabinete do Barão do Rio Branco (lei 5881 de fevereiro de 1875) foi o estopim para a Revolta das Mulheres de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O clima no interior do nordeste já estava abalado com o conjunto de revoltas conhecidas como "Quebra-Quilos" quando a população sertaneja se revoltou contra a imposição de novos sistemas de medidas. As lideranças locais aproveitaram esse alistamento obrigatório para se vingar de seus desafetos políticos e enviar opositores e seus filhos para longe das cidades em que comandavam. No dia 30 de agosto de 1875 cerca de 300 mulheres lideradas por Ana Rodrigues Braga (Ana Floriano), Maria Filgueira e Joaquina de Sousa, munidas apenas de utensílios domésticos, invadiram a casa do Juiz de Paz, rasgaram os documentos do sorteio para o recrutamento do Exército e da Armada; ocuparam a redação do jornal "O Mossoroense" para rasgar as listas do sorteio que ainda iam ser publicadas, e terminaram por rasgar o edital de convocação afixado no quadro de avisos da Igreja Matriz de Santa Luzia. Na praça da liberdade elas foram confrontadas com uma força pública chamada para controlar o levante. A interferência de populares impediu que tudo terminasse num banho de sangue, mas mesmo assim várias delas acabaram feridas. A revolta das mulheres de Mossoró não conseguiu acabar com o recrutamento, mas teve como mérito retardar e mudar os critérios de avaliação para o alistamento. Várias cidades nordestinas também se revoltaram contra o alistamento, inclusive São Bento do Una, em Pernambuco. 💪🏻👊🏻🧒🏻
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo ✒️ professor e historiador.
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