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🎤😭 Num dia como hoje, 29 de dezembro, há 20 anos se calava para sempre a mulher que ainda sabia ser "uma garotinha", a voz feminina mais marcante e expressiva do rock nacional: CÁSSIA ELLER, que após três paradas cardíacas morreu aos 39 anos, no Hospital Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro. A cantora tinha sido internada às 13h e chegou a ficar no CTI (Centro de Terapia Intensiva). Segundo seu empresário, a cantora estava sentindo-se mal e reclamando de enjoos, devido ao excesso de trabalho. Os sintomas, segundo ele, seriam resultado de estresse provocado por excesso de trabalho, mais de cem shows em sete meses.
Cássia Rejane Eller nasceu em 10 de dezembro de 1962 no Rio de Janeiro. Amante dos The Beatles, aos 14 anos, Cássia ganhou de presente seu primeiro violão, e aos 18, quando mudou-se para Brasília (1981), acompanhando a transferência do pai, militar do Exército, começou a cantar em corais e a fazer testes para musicais e óperas! Na cidade, cantou em diversos lugares, fez parte do trio elétrico Massa Real (o primeiro de Brasília), se apresentou muitas vezes no bar Bom Demais, na Asa Norte e atuou ativamente na cena cultural local nos anos 80 do século XX.
Exerceu outras atividades antes do sucesso musical, como garçonete, cozinheira, secretária do Ministério da Agricultura, redatora, tradutora e ajudante de pedreiro. Seu primeiro álbum foi lançado em 1990.
Com energia e irreverência que lembravam Janis Joplin, Cássia Eller mesclava Rock, Samba e MPB, cantando Chico Buarque e Nando Reis, Caetano e Cazuza, Riachão e Renato Russo, Beatles etc. Em qualquer repertório, Cássia impunha seu estilo, sua atitude tipicamente Rock and Roll, e sendo uma figura central, traduziu em sua arte toda uma geração. Investia em compositores de várias gerações, de Tim Maia a João do Vale, de Nando Reis a Ataulfo Alves.
Cássia Eller lançou cinco álbuns de estúdio em vida: Cássia Eller (1990), O Marginal (1992), Cássia Eller (1994), Veneno AntiMonotonia (1997) e Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo (1999). Seu sexto álbum de estúdio, Dez de Dezembro (2002) foi lançado postumamente. O álbum mais bem sucedido de Cássia foi o Acústico MTV (2001), com mais de 1 milhão de cópias vendidas e um prêmio Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock. Ela foi uma das maiores representantes do rock brasileiro dos anos 90 e eleita a 18ª maior voz e 40ª maior artista da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil.
Homossexual assumida, Cássia Eller mantinha um relacionamento de 14 anos com Maria Eugênia Vieira Martins e tinha um filho de oito anos cujo pai era o baixista Tavinho Fialho (que morreu antes do nascimento do menino): Francisco Ribeiro Eller mais conhecido como Chico Chico ou Chicão.
Foi levantada a hipótese de overdose de drogas, já que era usuária de cocaína desde adolescente. A suspeita foi considerada inicialmente como causa da morte, porém foi descartada pelos laudos periciais do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro após necropsia. Cassia havia deixado de usar drogas pensando no seu único filho Chicão, que estava entrando em uma nova fase. Seu velório e enterro ocorreram no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro Sulacap, no Rio de Janeiro, com o seu público cantando as suas canções.
Ao longo das duas décadas que se seguiram à sua morte, completadas hoje, a obra de Cássia permaneceu tendo impacto. Até 2019, foram produzidos 14 álbuns com o seu trabalho, entre antologias, shows e gravações de estúdio. A cantora teve sua vida lançada numa biografia em 2002: "Cássia Eller: Canção na voz do fogo", escrita pela escritora e musicista Beatriz Helena Ramos Amaral. Em 2014 foi lançado o documentário "Cássia Eller" dirigido por Iafa Britz (disponível no streaming do Telecine). Eleito pelo público como melhor documentário brasileiro na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 2014, o filme mostra a artista que poucos conhecem, e aborda assuntos como a sua timidez, a relação com as drogas, o sucesso, a gravidez inesperada, a pressão da fama, as amizades e a morte precoce.
Cássia Eller estava no auge do sucesso por conta do disco "Acústico MTV" (2001), o mais vendido de sua curta carreira e partiu deixando muito mais do que uma legião de fãs, nos legou uma obra imortal! Divertida, explosiva, livre de padrões e sem clichês, Cassia Eller conquistou público e crítica graças à sua originalidade, versatilidade e, claro, todo seu inequívoco talento musical! Cássia Eller faz hoje parte da mesma plêiade onde brilham nomes como Cazuza, Renato Russo e Raul Seixas. Uma estrela cujo brilho jamais haverá de apagar. Cássia Eterna Eller!!! 👏👏👏👏👏👏
✅ De acordo com o Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos) as 10 músicas gravadas por Cássia que foram as mais tocadas nos últimos 10 anos nos principais segmentos de execução pública (Rádio, Sonorização Ambiental e Casas de Festas e Diversão) foram:
1️⃣ "O Segundo Sol", Nando Reis
2️⃣ "Malandragem", Frejat/Cazuza
3️⃣ "Por Enquanto", Renato Russo
4️⃣ "Palavras ao Vento", Marisa Monte
5️⃣ "All Star", Nando Reis
6️⃣ "Relicário", Nando Reis
7️⃣ "E.c.t.", Marisa Monte/NandoReis/Carlinhos Brown
8️⃣ "O Meu Mundo Ficaria Completo", Nando Reis
9️⃣ "Gatas Extraordinárias", Caetano Veloso
🔟 "Luz dos Olhos", Nando Reis
🎶 Quem quiser escutá-la, acesse à nossa playlist no Spotify:
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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