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Num dia como hoje, 6 de setembro, há 4 anos, o então deputado federal e candidato à presidência Jair Bolsonaro sofreu um ataque à faca na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, enquanto era carregado nos ombros por apoiadores. O agressor, Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, foi preso em flagrante e confessou o crime. No mesmo dia, a Polícia Federal (FP) abriu inquérito para investigar o caso.
Bolsonaro foi levado à Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. Ele teve lesões nos intestinos delgado e grosso e passou por cirurgia. Os médicos fizeram uma colostomia temporária, procedimento que conecta o intestino a uma bolsa fora do corpo. Em seguida, foi levado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Juiz de Fora.
De lá, ele foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde passou por nova cirurgia de emergência em 12 de setembro e ficou internado até 29 de setembro, quando recebeu alta. Em razão do atentado, Bolsonaro concentrou a campanha presidencial nas redes sociais, com a publicação de mensagens por escrito e de vídeos. Todos os candidatos divulgaram notas de repúdio e cobraram investigações sobre o atentado.
Após investigação a polícia concluiu em 28 de setembro de 2018 que Adélio agiu sozinho no crime, sem ser orientado por um mandante. Adélio Bispo afirmou ter cometido o crime "a mando de Deus". Em seu perfil no Facebook, constam críticas à classe política em geral, ao presidente Michel Temer e teorias da conspiração contra a Maçonaria. A polícia federal analisou objetos que pertenciam a Adélio, dentre aparelhos celulares e um computador. A corporação periciou ao menos 2 terabytes de arquivos de imagens, 350 horas de vídeo, 600 documentos, 700 gigabytes de volume de dados de mídia, 1,2 mil fotos e mais de 40 mil e-mails. A PF ainda entrevistou 102 pessoas e outras 89 testemunhas.
Em junho de 2019, a prisão preventiva de Adélio foi convertida em uma internação por tempo indeterminado na penitenciária federal de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, e Adélio absolvido pela facada. A decisão foi proferida após o processo criminal que o considerou inimputável por transtorno mental.
Até hoje, o acontecimento gera narrativas controversas. Nem todos concordam com o relatório final da polícia federal sobre o atentado, ou "fakeada" como alguns denominam, o que gerou uma cadeia de teorias conspiratórias que não se comprovaram, pelo menos até agora. Apoiadores do então candidato a presidente colocam que Adélio Bispo teria sido pago pelo PSOL, do qual foi filiado entre 2007 e 2014, enquanto os opositores questionam a ausência de sangue no local da agressão, o fato de Adélio frequentar o Clube de Tiro 38 (em São José, na região da Grande Florianópolis), também frequentado pelos filhos do candidato e por que Adélio conseguiu sair da multidão sem sequer ter sofrido nenhuma agressão por parte dos apoiadores que cercavam Bolsonaro.
O fato pesou favoralmente para Bolsonaro no resultado das eleições de 2018, além de ter blindado ele da participação em debates com os demais concorrentes. No começo de agosto de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o pedido da defesa de Adélio de transferência para um hospital de tratamento psiquiátrico. Bolsonaro passou por ao menos quatro cirurgias relacionadas à complicação e à correção de aderências intestinais após a facada. A faca utilizada no atentado foi coletada pela Polícia Federal e atualmente está em exposição no museu da corporação em Brasília. 🔰👨✈️🔰
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Fontes Consultadas 🖱️ Correio Brasiliense, Portal G1 e Wikipedia.
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