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✝️ LUTO 😞 O Brasil perdeu hoje, 24 de outubro, um de seus maiores expoentes no Boxe, conhecido e reconhecido mundialmente como MAGUILA, aos 66 anos. A notícia do falecimento de Maguila foi confirmada por sua esposa, Irani Pinheiro, em entrevista à TV Record. Ele era o maior boxeador peso-pesado do Brasil. O ex-atleta morava no Centro Terapêutico Anjos de Deus, em Itu, no interior paulista, há 7 anos. Atuando por 17 anos como boxeador profissional, o peso-pesado teve uma carreira marcada por grandes desafios.
De acordo com o local, Maguila apresentou uma piora no quadro clínico e precisou ser transferido para o Hospital das Clínicas, na capital, por causa de um nódulo no pulmão. A lenda do boxe brasileiro sofria de Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), também conhecida como demência pugilística, uma doença incurável, consequência dos golpes que sofreu na cabeça durante a carreira, diagnosticada em 2013.
José Adilson Rodrigues dos Santos nasceu em 11 de julho de 1958, em Aracaju. A carreira de Maguila no box durou de 1983 a 2000 (17 anos de atuação).
Das 85 lutas profissionais, ele venceu 77 - sendo 61 por nocaute -, sete derrotas e um empate técnico. Entre os destaques de sua carreira, estão os confrontos com grandes nomes do boxe, como Evander Holyfield e George Foreman, que terminou com o nocaute do americano. Caso Maguila tivesse vencido Holyfield, ele teria enfrentado Mike Tyson, mas foi derrotado.
Entre os confrontos mais comentados estão a famosa luta contra George Foreman, Entre suas principais conquistas está o título mundial da Federação Mundial de Boxe (FMB), em 1995. Em resultados, foi campeão brasileiro, conquistou o Continental das Américas (WBC) e título mundial da Federação Internacional de Boxe (IBF). Mas para além deles, Maguila foi um expoente importante do boxe brasileiro até para aqueles que não conheciam a nobre arte. O boxeador se aposentou dos ringues em 2000.
O nome Maguila vem por conta da semelhança ao porte físico do personagem Magilla Gorilla, de Hanna-Barbera. Um tempo em que apelidos racistas eram incorporados e viravam a própria identidade do atleta.
Maguila não limitou sua atuação ao boxe. Ele também gravou um CD de samba, intitulado “Vida de Campeão”, e se tornou uma figura popular na televisão brasileira, participando de diversos programas, especialmente aos domingos, onde sempre atraía grande audiência. Maguila se notabilizou pelo carisma das entrevistas pós-luta, onde citava uma imensa lista de agradecimentos. Depois, chegou a trabalhar na TV Record ao lado de Tom Cavalcante no programa “Show do Tom”.
A última aparição pública dele foi nas redes sociais, em julho, quando Maguila surgiu ao lado da mulher, Iran Pinheiro, com quem foi casado por 41 anos. Na ocasião, o ex-boxeador apareceu em evento no instituto que leva seu nome e que há mais de 15 anos realiza trabalhos com jovens na periferia da cidade de São Paulo e região.
A pedido dele e com o consentimento da família, seu cérebro será doado à Universidade de São Paulo (USP) para auxiliar estudos sobre os efeitos de impactos repetidos na cabeça em esportes de combate e contato. Essa pesquisa é vital para desenvolver estratégias de prevenção e diagnóstico da doença.
O velório será realizado no Hall Monumental da Alesp, no Palácio 9 de Julho, nesta sexta-feira.
Maguila representava não só o boxe, mas todo o esporte brasileiro. Enchia-nos de orgulho e colocou a nobre arte na atenção do povo, contagiando a torcida que o acompanhava. Ele deixa um legado imenso, sendo o primeiro campeão mundial dos pesos-pesados do país. 🥊✨ 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Fontes consultadas:
💻 Portais G1, R7 e UOL.
📺 Canal History Channel Brasil.
📰 Jornais O Globo e Folha de São Paulo.
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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