quarta-feira, 23 de outubro de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 23.10.24 - Morre o Poeta e Filósofo Antônio Cícero

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✝️ LUTO 😞 A cultura brasileira está mais entristecida com a partida hoje do compositor, poeta, crítico literário, filósofo e escritor ANTÔNIO CÍCERO, aos 79 anos. Diagnosticado com Alzheimer, o irmão da cantora Marina Lima optou pela eutanásia e estava na Suíça, onde a prática é permitida, acompanhado do marido, o figurinista Marcelo Pies. Sua vasta contribuição como poeta, filósofo e letrista, com canções icônicas interpretadas por artistas como Marina Lima, Lulu Santos e Maria Bethânia, deixa um legado inesquecível na cultura brasileira.

Antônio Cicero Correia Lima nasceu no Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1945. Criado em um ambiente familiar intelectualizado, com pais que estimulavam o pensamento crítico e a expressão artística, ele se destacou desde cedo pelo talento com as palavras.

Cícero começou a cursar filosofia na PUC do Rio de Janeiro e, depois, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Em 1969, vai para Londres, onde conclui o curso de filosofia na Universidade de Londres. Durante dois anos, Antonio Cicero coordenou os cursos de Estética e Teoria da Arte do Galpão do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Cícero escrevia poemas desde a juventude, mas passou a ser mais conhecido do público quando sua irmã, a cantora e compositora Marina Lima, passou a musicar seus escritos. A partir de então, nasceu uma das grandes parcerias da música brasileira, rendendo canções como "Fullgás", "Pra começar" e "À francesa". Entre outras parcerias, destacam-se aquelas com Waly Salomão, João Bosco, Orlando Morais, Adriana Calcanhotto e Lulu Santos.

Em 1995, Cicero publicou seu 1º livro, “O mundo desde o fim”, uma reflexão filosófica sobre a modernidade. No ano seguinte, lançou o de poemas “Guardar”, vencedor do prêmio Nestlé de Literatura Brasileira. Também foi autor de uma coletânea de ensaios “Finalidades sem fim” (finalista do prêmio Jabuti), e "Livro de sombras: pintura, cinema e poesia", elaborado em parceria com o artista visual Luciano Figueiredo. De 2007 a 2010, assinou coluna na Folha de S. Paulo

Em 2017, Cicero foi eleito para ocupar a cadeira N° 27 de Eduardo Portella na Academia Brasileira de Letras (ABL). Na ocasião, Domício Proença Filho, presidente da instituição, declarou: "Antonio Cicero é um dos escritores mais representativos da literatura brasileira contemporânea".

“Queridos amigos, encontro-me na Suíça, prestes a praticar eutanásia. O que ocorre é que minha vida se tornou insuportável. Estou sofrendo de Alzheimer. Assim, não me lembro sequer de algumas coisas que ocorreram não apenas no passado remoto, mas mesmo de coisas que ocorreram ontem. Exceto os amigos mais íntimos, como vocês, não mais reconheço muitas pessoas que encontro na rua e com as quais já convivi. Não consigo mais escrever bons poemas nem bons ensaios de filosofia. Não consigo me concentrar nem mesmo para ler, que era a coisa de que eu mais gostava no mundo. Apesar de tudo isso, ainda estou lúcido bastante para reconhecer minha terrível situação.”

Foi com esse duro texto que o poeta, escritor e imortal da ABL decidiu se despedir dos amigos e da própria vida.

Antônio Cícero conciliou o erudito com o popular, sendo uma ponte entre a alta cultura e a vida cotidiana, articulando reflexões filosóficas complexas com a simplicidade da canção popular. Sua influência se estendeu por múltiplas camadas da vida cultural do país, especialmente por meio de suas colaborações musicais e seus densos ensaios sobre arte, estética e a condição humana. 👏👏👏👏👏👏

#morreantoniocicero 🖤
#lutoporantoniocicero 🥀
#adeusantoniocicero 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

💻 Portais G1, R7 e UOL.
📰 Jornais O Globo e Folha de São Paulo.
🏛️ Sites da ABL e da Companhia das Letras.

👉 Para saber mais sobre outros imortais da Academia Brasileira de Letras já falecidos, acesse:




⏳#muitahistoriapracontar⌛

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