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✝️ LUTO 😞 O cinema nacional perdeu hoje, dia 14 de fevereiro de 2025, um de seus maiores cineastas, um dos fundadores do Cinema Novo, movimento que revolucionou o audiovisual brasileiro, ao lado de Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo César Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade. Estamos falando de CACÁ DIEGUES, diretor, produtor e escritor, que morreu aos 84 anos. De acordo com a Clínica São Vicente, ele teve complicações cardiocirculatórias durante a madrugada, antes de passar por uma cirurgia na próstata.
Nascido em Maceió, Alagoas, Carlos José Fontes Diegues, seu nome de batismo, se mudou para o Rio com 6 anos de idade. Na capital fluminense, passou a infância e adolescência no bairro de Botafogo, na Zona Sul. Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), iniciou sua trajetória no cinema ainda na universidade, criando um cineclube e realizando produções amadoras.
Cacá Diegues ganhou reconhecimento internacional com filmes como “Bye bye Brasil” (1980), “Quilombo” (1984) e “Um trem para as estrelas” (1987), todos indicados à Palma de Ouro no Festival de Cannes. Seu primeiro trabalho profissional para o cinema, “Samba alegria de viver” (1962), partiu de iniciativa do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes, que promoveu a realização do longa “Cinco vezes favela”, composto de episódios dirigidos por Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman, Marcos Farias, Miguel Borges, além de Diegues.
Seus três primeiros longas-metragens, “Ganga Zumba” (1964), “A grande cidade” (1966) e “Os herdeiros” (1969), se destacam por traduzir em filme a identidade social, política e cultural do povo brasileiro, parte dos fundamentos estéticos do movimento cinematográfico que criara ao lado de Glauber Rocha, Leon Hirszman e Joaquim Pedro de Andrade.
Após a promulgação do AI-5, em 1969, Diegues deixa o Brasil ao lado de Nara Leão, sua esposa na época, para viver na França. Ao retornar, realiza “Quando o carnaval chegar” (1972), com Chico Buarque, Maria Bethânia e Nara Leão, e “Xica da Silva” (1976), seu maior sucesso popular. Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, dirigiu mais de 20 filmes. Seu último longa, “O Grande Circo Místico” (2018), foi inspirado na obra de Jorge de Lima.
Também são filmes dele: “Joanna Francesa" (1973), “Chuvas de verão" (1978), “Um trem para as estrelas (1987), “Tieta do Agreste” (1995), “Orfeu” (1999), “Deus é brasileiro” (2003), e “O maior amor do mundo” (2005). Além dos filmes, Cacá também assinava uma coluna no Segundo Caderno do Jornal O Globo, publicada aos domingos.
Eleito para a Academia Brasileira de Letras em agosto de 2018, Cacá Diegues sucedeu o amigo cineasta Nelson Pereira dos Santos na cadeira 7. Na ocasião de sua posse, o diretor afirmou: “O Cinema Novo brasileiro não foi, senão, a chegada tardia do modernismo ao nosso cinema. Era preciso produzir um cinema para a nação, mas também inventar uma nação no cinema. Nossas melhores cabeças do século XX sonharam com esse projeto de Brasil.”
Do casamento com Nara Leão, Cacá teve os filhos Isabel e Francisco Diegues. O diretor e a cantora se separaram em 1977, 12 anos antes da morte da artista. O cineasta voltou a se casar em 1981, com Renata Almeida Magalhães, produtora com quem iria realizar boa parte de seus filmes. Os dois tiveram a filha Flora Diegues, falecida aos 34 anos, em 2019, vítima de um câncer no cérebro.
O velório será realizado na manhã deste sábado (15), na Academia Brasileira de Letras (ABL), onde ocupava a cadeira 7. O corpo será cremado no Caju.
Seu olhar sensível e crítico ajudou a contar e a repensar o Brasil através das telas. Um imortal da Academia Brasileira de Letras, um imortal do nosso cinema. Representa a verdadeira luta do cinema brasileiro. 🎥💔 Seu legado para o cinema será sempre lembrado e respeitado pelos milhares de fãs. 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Fontes consultadas para a postagem:
💻 Portais G1, R7 e UOL.
🏛️ Sites da ABL e do Itaú Cultural.
📰 Jornais O Globo e Folha de São Paulo.
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⏳#muitahistoriapracontar⌛
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