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😓🖤 Num dia como hoje, 24 de agosto, há 73 anos, morria no Recife aos 58 anos, AGAMENON MAGALHÃES, importante personagem da história política pernambucana. Além de político, ele também foi promotor de direito, geógrafo e professor de Geografia. Agamenom ocupou cargos importantes: deputado estadual (1918), deputado federal (1924, 1928, 1932, 1945), governador de Estado (1937, 1950), ministro do Trabalho e ministro da Justiça do Governo Vargas; foi também Interventor Federal e Governador de Pernambuco.
Agamenon Sérgio de Godói Magalhães nasceu no dia 5 de novembro de 1894, em Villa Bella, atual Serra Talhada. Tetraneto de Agostinho Nunes de Magalhães, e filho do juiz e deputado estadual Sérgio Nunes Magalhães e de Antônia de Godoy Magalhães. Ele vinha de uma família de dez filhos, sendo quatro homens e seis mulheres. Fez o curso primário em sua cidade natal.
Naquele tempo, o poderio dos coronéis e grandes fazendeiros influenciavam diretamente na vida das pessoas. Tal poder, vale salientar, foi responsável por uma injustiça praticada contra a família Magalhães. O Dr. Sérgio havia assinado um pedido de habeas corpus em favor de Delmiro Gouveia, um industrial que preconizava a industrialização do Nordeste e tinha entrado em conflito com as oligarquias locais. O governador Sigismundo Gonçalves, contrariado com tal pedido, colocou o juiz em disponibilidade, deixando-o, além do mais, com apenas uma terça parte dos seus vencimentos.
Diante do ocorrido, a família veio de mudança para o Recife. Na época, Agamenon tinha 11 anos de idade. Estudou dois anos no Seminário de Olinda e depois no Colégio Arquidiocesano. Ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde se tornou bacharel pela Faculdade de Direito de Recife, em 1916, sendo em seguida nomeado para a promotoria da comarca de São Lourenço da Mata. No ano seguinte, casou-se com Antonieta Bezerra Cavalcanti e retornou a Recife, onde fixou residência e iniciando-se na política sob a orientação de Manuel Borba. Em 1922 participou da campanha em favor da candidatura de Nilo Peçanha à presidência da República. Foi aprovado para a cátedra do Ginásio Pernambucano, com a tese de Geografia Humana "O Nordeste Brasileiro, o Habitat e a Gens". Com 29 anos foi eleito deputado estadual e reeleito para mais um mandato. Em 1927 foi eleito para a Câmara Federal.
Em 3 de maio de 1933, foi eleito para a Assembleia Nacional Constituinte. Foi o deputado mais destacado da bancada pernambucana, defendendo o sistema parlamentarista de governo, o desenvolvimento do crédito agrícola, a intensificação da produção de alimentos, a elaboração de uma legislação que desse maior facilidade de acesso à propriedade da terra aos agricultores. Defendia o sindicato único por categoria profissional e a subordinação do órgão ao Ministério do Trabalho.
Com a promulgação da Constituição de 16 de julho de 1934, o presidente Getúlio Vargas recompôs o ministério e nomeou Agamenon para Ministro do Trabalho. Esse cargo foi ocupado, no início do governo, por Lindolfo Collor. No dia 7 de janeiro de 1937, Agamenon acumulou a pasta do Trabalho com a da Justiça e passou a influenciar a sucessão presidencial que era disputada entre Armando de Sales Oliveira, José Américo de Almeida e Plínio Salgado.
Agamenon Magalhães foi nomeado interventor federal em Pernambuco, em dezembro de 1937. Nas eleições de 2 de dezembro de 1945, foi eleito Deputado Federal, acompanhado de uma forte bancada pernambucana. Ocupou a presidência da Comissão Constitucional e da Sub-Comissão da Ordem Econômica e Social, na legislatura que se seguiu à Constituinte. Em 1950, resolveu disputar as eleições para governador de Pernambuco, concorrendo com João Cléofas de Oliveira. Foi eleito com uma pequena margem de votos.
O nome de Agamenon Magalhães ficou registrado em dezenas de equipamentos públicos e vias de transporte, como a Avenida Agamemon Magalhães, uma das maiores do Recife, os Hospitais Agamenon Magalhães (um na zona norte do Recife e outro em Serra Talhada, o Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães - HOSPAM), a mais antiga Escola Técnica Estadual do Estado, localizada no bairro da Encruzilhada (antiga ETEPAM, atual ETE Agamenon Magalhães), ruas nos bairros da Tabajara, Paratibe e Engenho Maranguape em Paulista, e nomeia também a praça principal da cidade em frente à Igreja de Santa Isabel.
Na madrugada do dia 24 de agosto de 1952, no entanto, aos 58 anos de idade, um infarto fulminante tira a vida de Agamenon. Quanto morreu deixou um apartamento financiado pela Caixa Econômica Federal como único bem para a viúva - Dona Antonieta. E a dívida foi paga pelo genro Armando Monteiro Filho, político e empresário, para a viúva ter onde morar.
Sua morte teve uma grande repercussão em todo o Recife: ninguém podia acreditar que um simples coração o havia derrubado. As ruas da cidade testemunharam o maior cortejo fúnebre de todos os tempos, quando o seu corpo seguiu para o Cemitério de Santo Amaro, onde está sepultado num vistoso túmulo. O professor, administrador e político Agamenon Magalhães, que não tinha medo de guerra, nem de assombração, sempre costumava dizer: "O homem é mortal, eis tudo. Eis o limite do seu poder." ✨ 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋 professor e historiador.
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