sábado, 1 de novembro de 2025

HOJE NA HISTORIA - 01/11/25 - 103 Anos da Morte de Lima Barreto

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✝️😭⚰️ Num dia como hoje, 1° de outubro, há 103 anos, morria precocemente aos 43 anos no Rio de Janeiro, o escritor e jornalista LIMA BARRETO, autor de várias obras relevantes da literatura brasileira como Triste Fim de Policarpo Quaresma, transformado em filme em 1998, sob a direção de Paulo Thiago.

Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu na capital fluminense em 31 de maio de 1881, ele, apesar de ser mulato em um país que havia abolido oficialmente a escravatura apenas recentemente, teve acesso a uma boa educação. Sua mãe morreu cedo, e seu padrinho, o Visconde de Ouro Preto, custeou seus estudos.

Em 1904, porém, ele teve que abandonar a escola para sustentar os irmãos, pois seu pai começou a sofrer de problemas mentais. Lima Barreto entrou por concurso no Ministério da Guerra, onde era encarregado de cópias, registros e correspondências, e ao mesmo tempo colaborava com diversos jornais e revistas.

Em 1909, estreou como escritor de ficção com o romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha, carregado de traços autobiográficos. Em seus textos, Lima Barreto sempre criticou a sociedade brasileira, que considerava preconceituosa e hipócrita.

Em 1911, publicou Triste Fim de Policarpo Quaresma em formato de folhetim no Jornal do Commercio, do Rio. Ele enfrentou críticas pelo uso do português coloquial, típico da imprensa, mas sua escrita influenciou os modernistas. Sua obra era focada na temática social, com destaque para os pobres e boêmios.

Lima Barreto, com seu espírito inquieto e rebelde, seu inconformismo com o preconceito de cor, se entrega ao álcool. Suas contínuas crises de alienação mental o conduzem para o hospital. Em 1914 e 1919 é recolhido ao Hospício. A novela inacabada “Clara dos Anjos”, publicada postumamente em 1924, retrata bem a questão do preconceito racial, com a história da moça suburbana e um rapaz burguês.

A maior parte de sua obra foi redescoberta e publicada em livro após sua morte por meio do esforço de Francisco de Assis Barbosa e outros pesquisadores.

A historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz lançou em 2017 a biografia Lima Barreto - Triste visionário (Companhia das Letras), onde investiga as origens, a trajetória e o destino do escritor carioca sob a ótica racial no Rio de Janeiro da Primeira República. A obra recebeu o prêmio de melhor biografia no ano de 2017 pela APAC.

Sua cinebiografia foi lançada em 2019. "Lima Barreto, ao Terceiro Dia" (Globo Filmes), dirigido por Luiz Antonio Pilar, foca nos 3 dias da sua última internação em uma clínica psiquiátrica, quando após sair ele relembra sua juventude e suas personagens (disponível no streaming Telecine).

Sobre ele foi feito também um documentário: “Noite e Dia - Lima Barreto, Obra & Vida”,  disponível no streaming CurtaOn.

A obra de Lima Barreto permanece atemporal e necessária, ainda mais num país que ainda luta contra o racismo estrutural e lida com situações cotidianas de discriminação e preconceito contra pretos, pardos e mestiços, principalmente aqueles que, assim como Barreto, nasceram nas camadas mais baixas da sociedade, seja nas periferias ou marginalizados e entregues à própria sorte. 😞😓😥😢😭

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

🖱️ Site O Pensador
📺 Canal History Channel Brasil

👉 Para saber mais sobre sobre Lima Barreto, acesse:

💻  https://jrscommuitahistoriapracontar.blogspot.com/2021/05/hoje-na-historia-130521-140-anos-do.html

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