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👮🚔 A Operação CONTENÇÃO, deflagrada na terça-feira (28 de outubro de 2025) nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou 126 pessoas mortas e transformou as comunidades em cenário de guerra. A ação contra o Comando Vermelho (CV) foi a maior realizada no estado nos últimos 15 anos. Com dezenas de mortos e relatos de violência, a operação reacende o debate sobre o modelo de segurança pública no Rio e os efeitos das ações policiais em áreas densamente povoadas, onde moradores acabam ficando presos entre o fogo cruzado e o medo constante.
A Operação Contenção mobilizou cerca de 2.500 policiais para combater o Comando Vermelho, resultando em 121 mortos, 113 presos e 118 armas apreendidas (dados oficiais). O secretário da PM, Marcelo de Menezes, explicou que a estratégia incluiu o “Muro do Bope”, cercando criminosos pela Serra da Misericórdia.
Segundo a Polícia Civil, 115 dessas mortes seriam de “narco-terroristas”, como vem sendo classificado o grupo de suspeitos mortos em confronto. Especialistas em segurança pública, porém, consideram precipitado rotular todas as vítimas dessa forma antes da identificação completa dos corpos e da análise pericial independente.
No início da manhã de hoje, (dia 29), 66 corpos foram retirados de uma área de mata do Complexo da Penha e do Alemão por moradores, muitos deles traziam sinais de tortura e execução. Um dos corpos encontrados hoje tinha a cabeça decapitada e suas mãos fechadas seguravam grama. Outro morto, encontrado por sua mãe, tinha os pulsos amarrados por uma corda. Os corpos foram reunidos na Praça São Lucas, no centro da comunidade e à pedido dos familiares, os corpos foram expostos para registro da imprensa, e depois foram cobertos com lençóis.
Os números de vítimas letais foram impactantes e atraíram a atenção da imprensa mundial. Entidades de direitos humanos cobram investigação independente, perícia adequada e análise de imagens das câmeras corporais usadas na ação.
A Comissão de Direitos Humanos do Senado vai enviar um ofício ao governo do Rio de Janeiro pedindo explicações sobre a operação Contenção. Em ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) já solicitou explicações ao governador Cláudio Castro sobre a operação. A ONU também já se posicionou pedindo mais esclarecimentos sobre a carnificina.
A operação superou confrontos anteriores no Jacarezinho (2021) e na Vila Cruzeiro (2022). O número de vítimas ainda pode aumentar, já que o IML continua recebendo corpos, e já ultrapassou o Massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 presos foram mortos em São Paulo. A Operação Contenção entrará para a História como mais letal da história do Rio de Janeiro. 😞😓😥😢😭
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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