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😭✝️⚰️ Num dia como hoje, 25 de janeiro, há exatamente um ano, morria no Hospital Português, no Recife, onde estava internado há mais de 60 dias, por causa de complicações decorrentes da covid-19, o livreiro e editor TARCÍSIO PEREIRA, fundador da LIVRO 7, a maior livraria nacional em tamanho e exemplares (60 mil), reconhecida pelo Guinness book. Em 2020, a Livro 7 completaria 50 anos. Localizada na Rua Sete de Setembro, era o núcleo de onde outros espaços da vida cultural orbitavam ao redor 0 entre eles, o Beco do Barato, o bar Mustang, o cinema Veneza e o Teatro do Parque.
Inaugurada em 27 de julho de 1970, a Livro 7 era um verdadeiro polo cultural da cidade. Localizada na rua 7 de setembro, centro comercial do Recife, era um ponto de encontro para estudantes, artistas, intelectuais e amantes dos livros em geral, tornando-se um marco para as gerações literárias de Pernambuco. O espaço congregava lançamentos e reunia os grandes nomes da literatura pernambucana, como Hermilo Borba Filho, Antônio Torres, Nagib Jorge Neto, José Mário Rodrigues, Joaquim Cardozo, Gilberto Freyre e João Cabral de Melo Neto, além de promover vários eventos, como recitais, debates, projeções de filmes em super-8, exposições/performances e torneios de xadrez.
Uma de suas inovações na época foi a criação de um Cartão Cultural (o CrediSete) que facilitava a adquisição dos livros por estudantes mais empobrecidos e pelo público em geral. Entre os mais conhecidos e irreverentes legados da livraria, está o bloco carnavalesco Nóis Sofre… Mas Nóis Goza. A Livro 7 teve anos prósperos e chegou a abrir filiais em Alagoas, Paraíba e Ceará. Mas a instabilidade econômica e a expansão do modelo de livrarias em shoppings a fez encerrar as atividades no ano 2000, após três décadas de funcionamento.
Mesmo após o encerramento da Livro 7, Tarcísio permaneceu dedicando-se ao ramo dos livros. Além de integrar a diretoria da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), ele mantinha sua própria editora, a Tarcísio Pereira Editor, no bairro da Madalena. Vale destacar ainda sua passagem pela presidência da Fundarpe, na gestão do governador Miguel Arraes. Nesse período, ele adquiriu o Cineteatro Guarani de Triunfo e viabilizou a instituição do Museu do Barro de Caruaru.
No início dos anos 1990 Tarcísio Pereira foi congratulado pela Academia Brasileira de Letras com o Mérito Cultural pela Divulgação da Literatura. Ele não era uma pessoa que apenas vendia livros. Ele os amava e sabia da importância do seu papel na produção literária. Tarcísio merece todas as menções e homenagens honrosas de uma pessoa que durante toda a sua vida prestigiou e incentivou a cultura. Foi um pernambucano que deixou seu legado para a difusão da literatura e fez o melhor que pôde em seu segmento para proporcionar às pessoas uma boa leitura. 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto:
📰 Jornais Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco
💻 Portal Cultura PE da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco (adaptados)
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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