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💣💥 Após três anos de conflito, foi num dia como hoje, 27 de agosto, há 195 anos, que terminava a GUERRA DA CISPLATINA, o primeiro embate externo do recém-criado Império brasileiro, cujas origens remontam à invasão da região por D. João em 1816. A região já era disputada pelas coroas de Portugal e da Espanha desde a fundação da Colônia do Santíssimo Sacramento (1680), descoberta por espanhóis (1516), mas colonizada por portugueses. A região era estratégica para vários países do Cone Sul, pela sua privilegiada posição portuária, tanto no campo fluvial, quanto no litoral.
O cenário geopolítico nem era muito favorável ao pai de D. Pedro na época, uma vez que pelo Tratado de Santo Ildefonso (1777), esta região ficaria com a Espanha – acordo este ratificado em 1801, pelo Tratado de Badajós –, mesmo sendo descoberta pelos espanhóis (1516), e colonizada pelos portugueses com o nome de Colônia do Sacramento. A independência das Províncias Unidas do Rio da Prata (futura Argentina) em 1810 e a presença da família real portuguesa ao Brasil em 1808 reacenderam o interesse pela região.
Os argentinos queriam que a Banda Oriental (como eles chamavam essa região) ficasse dentro da federação deles, mas D. João VI anexou a Banda Oriental ao Brasil com o nome de Província Cisplatina (Cis - a leste - Platina do rio da Prata) em 31 de julho de 1821, alegando que sua esposa, Carlota Joaquina, tinha parte naqueles territórios por ser de origem espanhola (na verdade se tratava de uma retaliação à Espanha pelo apoio dado aos franceses durante a invasão do território lusitano em 1807). A maioria da população possuía idioma e costumes muito diferentes dos brasileiros, e portanto não aceitou a ocupação lusitana.
Em 1825, os rebeldes cisplatinos, articulados num grupo denominado os "33 Orientais" liderado por Juan Antonio Lavalleja, assumiram o controle militar da Província Cisplatina e, como primeira medida, declararam-se separados do Brasil. Estrategicamente, declararam que a província deveria pertencer à República das Províncias Unidas do Rio da Prata, atual Argentina. A reação de D. Pedro I foi declarar guerra à Argentina. Começava a Guerra da Cisplatina, que se arrastou por três anos (1825-1828), provocou gastos desnecessários para o recém criado império, ceifou vidas, e contribuiu para desgastar a imagem política de D. Pedro I.
A principal batalha da Guerra da Cisplatina foi a de Monte Santiago, quando as forças navais do Brasil e da Cisplatina bateram entre si nos dias 7 e 8 de abril de 1827. Durante o conflito, o exército brasileiro contava com mais de 26 mil homens e, no final, não conseguiu derrotar as forças rebeldes da Cisplatina e das tropas argentinas em batalhas terrestres. Ainda que o Brasil Império estivesse dominando os conflitos nas águas, o exército nacional estava desfalcado.
Com a mediação da França e da Grã-Bretanha (destaque para Lorde Ponsonby como mediador), foi assinado em 27 de agosto de 1828 o tratado do Rio de Janeiro acordado entre o Império brasileiro e as Províncias Unidas reconhecendo a criação de um novo país naquela região: a República Oriental do Uruguai. Como consequência, o Brasil perdeu a Província da Cisplatina e gastou mais de 30 milhões de dólares, além de aproximadamente 8 mil brasileiros mortos no conflito. A derrota para a Província Cisplatina desgastou ainda mais a popularidade de D. Pedro I, que acabou por abdicar em 7 de abril de 1831. 👑👋
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋 professor e historiador.
👉 Para saber mais sobre a Província da Cisplatina, acesse:
💻 https://jrscommuitahistoriapracontar.blogspot.com/2021/08/hoje-na-historia-270821-193-anos-do.html
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