sexta-feira, 8 de setembro de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 08.09.23 - 5 Anos da Morte da Jornalista e Apresentadora Graça Araújo

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😓🖤 Num dia como hoje, 8 de setembro, há exatos 5 anos (às 12h55), o Jornalismo pernambucano perdia uma de suas vozes mais icônicas. Morria aos 62 anos a jornalista, radialista e apresentadora GRAÇA ARAÚJO, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVC) quando fazia exercícios em uma academia de ginástica, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Ela estava internada no Hospital Esperança quando veio a falecer. A jornalista imprimiu aos programas que apresentava tanto na rádio, quanto na TV, uma postura combativa, de forte cobrança às autoridades e em defesa das populações mais empobrecidas.

Nascida em 2 de abril de 1956 em Itambé, na Zona da Mata de Pernambuco, Maria Gracilane Araújo da Silva seguiu para São Paulo ainda criança. Começou a trabalhar aos 14 anos e, antes de chegar ao jornalismo, sonhava em ser médica e, para ajudar a pagar as despesas de casa, foi auxiliar de embalagem de enxovais de bebê, funcionária de uma indústria e balconista.

Ao trabalhar numa editora de uma revista de construção, desenvolveu interesse pelo ofício de comunicar.  Formou-se em jornalismo em 1983, pela Universidade Alcântara Machado de São Paulo, Graça Araújo seguiu para Recife no mesmo ano.

A carreira de Graça Araújo começou na rádio, onde passou pelas emissoras Transamérica, Clube, até chegar à Rádio Jornal. Com uma voz marcante e inesquecível, ela participou de grandes coberturas ao longo dos anos. Entrevistou artistas, políticos e especialistas na área da saúde. Não à toa, assumiu o programa Rádio Livre, da Rádio Jornal, que teve um dos quadros mais famosos deste veículo de comunicação: "O Consultório de Graça", durante 

Na TV Globo, esteve durante um mês na apresentação do programa "TV Mulher". Graça também trabalhou na extinta TV Manchete e na TV Pernambuco. Em 1992 estreou como apresentadora do programa "TV Jornal Meio-Dia", na TV Jornal, do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, sendo a primeira jornalista negra a ser âncora de um telejornal local.

Em 1999, recebeu o título de Jornalista Amiga da Criança da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). Em 2010, Graça ganhou o título de cidadã do Recife na Câmara dos Vereadores. Em 13 de agosto de 2018, ela recebeu a medalha de honra ao mérito Desembargador Joaquim Nunes Machado, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A condecoração é dada às personalidades que tem relevantes serviços prestados no campo jurídico.

O programa do Consultório de Graça sobre o câncer de cérebro conquistou o primeiro lugar na categoria rádio no Prêmio SBN de Jornalismo, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Em virtude de sua honrosa carreira profissional, Graça foi, ainda, homenageada na edição do livro “Sucesso: o que elas pensam”, que reúne 150 mulheres que contam como chegaram ao sucesso profissional. Em 2019, foi inaugurada a ciclovia Graça Araújo, que liga a Avenida Mário Melo à Rua dos Palmares, no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife.

Em sua homenagem a TV Jornal exibiu esta semana o especial jornalístico “Graça Araújo Presente” – a jornada da mulher que revolucionou a maneira como o jornalismo é feito em Pernambuco – no programa "TV Jornal Meio-Dia", que ela comandou durante 26 anos. A série conta com depoimentos de Marise Rodrigues, José Mário Autregésilo, Stella Maris, João Carlos Paes Mendonça, Francisco José, Bianka Carvalho, Jeison Wallace, Jota Ferreira, Pedro Lins, Eliana Victório, Vera Baroni e Manoela Alves.

Amigo pessoal de Graça Araújo, o também comunicador Geraldo Freire, dividiu com ela os comentários das notícias antes da exibição no jornal, sempre às 10:50 no programa Supermanhã. Em uma das reportagens sobre ela, ele deixou este depoimento: "Eu gostava dela como jornalista mas também como pessoa, muito mais. A nossa relação de pessoa foi sempre maior do que a de trabalho. A gente fala muito de Graça, chora, mas o danado é que cada vez mais lembramos dela"

Graça foi uma mulher à frente de seu tempo. Negra e de origem humilde, ela deixou um legado de responsabilidade, empatia e competência. Quebrando barreiras de preconceitos, ela se tornou referência na luta contra o racismo e acabou inspirando muitos jovens a seguirem na área de comunicação. Seu nome foi tão importante que em 2020 ela foi declarada Patrona do Jornalismo Pernambucano (lei 17.005/2020). 👏👏🏻👏🏼👏🏽👏🏾👏🏿

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

🖱️ Portais G1 e NE10
🏛️ Sites da ALEPE e da Câmara Municipal do Recife
📰 Jornais Folha de Pernambuco e Diário de Pernambuco.

👉 Para saber mais sobre outros grandes nomes da radiofonia pernambucana já falecidos, acesse:




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