terça-feira, 4 de março de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 04.03.25 - Morre o Escritor e Poeta Affonso Romano de Sant'Anna

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✝️ LUTO 😞 A literatura brasileira perdeu hoje, 4 de março, um de seus maiores expoentes: o escritor e poeta AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA que morreu em sua casa em Ipanema, na Zona Sul do Rio, aos 87 anos. A informação foi confirmada pela família. O escritor foi casado com a também escritora Marina Colasanti, que morreu em 28 de janeiro deste ano. Ele sofria de Alzheimer desde 2017 e estava acamado havia 4 anos.

Ao longo da carreira, tornou-se um dos principais poetas e cronistas do país, escrevendo semanalmente no Jornal do Brasil por mais de três décadas. Também colaborou com O Globo e participou de programas de TV, o que teve grande importância para a popularização da poesia no país.

Mineiro de Belo Horizonte, Affonso Romano deixou mais de 60 obras em seis décadas de intensa produção. Nos anos 1960, foi bolsista nos Estados Unidos, onde participou do International Writing Program, voltado para jovens escritores de todo o mundo. Lecionou literatura no exterior, dirigiu o departamento de letras da PUC-Rio, atuou como crítico literário.

Nas décadas de 1950 e 1960 participou de movimentos de vanguarda poética. Em 1961 formou-se em letras neolatinas pela então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UMG, atual Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Ministrou cursos na Alemanha (Universidade de Colônia), Estados Unidos (Universidade do Texas e UCLA), Dinamarca (Universidade de Aarhus), Portugal (Universidade Nova) e França (Universidade de Aix-en-Provence).

Como presidente da Fundação Biblioteca Nacional, entre 1990 e 1996, modernizou a instituição, criou o Sistema Nacional de Bibliotecas e implementou o Programa de Promoção da Leitura (PROLER), de incentivo à leitura que mobilizou milhares de voluntários em todo o Brasil, em vigor até hoje.

Também presidiu o Conselho do Centro Regional para o Fomento do Livro na América-Latina e no Caribe (CERLALC), que fomenta o livro e a leitura na América Latina.

Com uma produção literária extensa e influente, focou no engajamento social ao longo de sua carreira, tornando-se um dos nomes mais marcantes da literatura nacional. A obra "Que país é este?" virou um símbolo de mobilização popular.

Affonso escreveu livros como os três volumes de "Poesia Reunida", além de outras obras: "Como Andar no Labirinto" (2012), "Tempo de Delicadeza" (2007) e "Intervalo Amoroso" (1998).

O velório vai acontecer na Capela Histórica do Cemitério da Penitência, na quarta-feira (5), entre 11h e 14h. Affonso deixa uma filha, a atriz, roteirista e diretora Alessandra Colasanti, além de um neto. Ele faria 88 anos no dia 27 deste mês, mas parece que não suportou viver longe de sua Marina... 😞😓😪😢😭

#morreaffonsoromanodesantanna 🖤
#lutoporaffonsoromanodesantannai 🥀
#adeusaffonsoromanodesantanna 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

💻 Portais G1, R7 e UOL.
🏛️ Sites da ABL e do Itaú Cultural.
📰 Jornais O Globo e Folha de São Paulo.

👉 Para saber mais sobre Marina Colasanti, esposa de Affonso Romano, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛


segunda-feira, 3 de março de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 02.03.25 - Ainda Estou Aqui Ganha o Oscar de Melhor Filme Internacional

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🎞 🎉🥳 O filme “AINDA ESTOU AQUI” ganhou o Oscar de Melhor Filme Internacional neste domingo (2 de março), um fato inédito na história do cinema brasileiro. O longa concorria a três categorias, mas foi premiado em apenas uma. Fernanda Torres, que concorria como Melhor Atriz, perdeu o prêmio para Mikey Madison. E na categoria Melhor Filme, o prêmio foi para "Anora". Mas o prêmio como Melhor Filme Internacional já é um marco para a história do Brasil, que nunca havia levado um Oscar antes.

A cerimônia foi realizada no teatro Dolby, em Los Angeles. Elenco recebeu o prêmio no palco. O filme ainda está em cartaz nos cinemas e estará disponível na plataforma do Globoplay a partir de 6 de abril de 2025.

O Brasil já tinha concorrido em outras oportunidades na categoria Melhor Filme Internacional. E na categoria Melhor Atriz concorreu apenas uma vez, há 26 anos, com Fernanda Montenegro pelo filme “Central do Brasil”, que perdeu a estatueta. Já como Melhor Filme, é a primeira vez na história.

“Ainda Estou Aqui” é uma adaptação do livro de mesmo nome do jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva. Ele contou a história da própria família, com foco na mãe, Eunice Paiva. O pai de Marcelo, o ex-deputado Rubens Paiva, foi preso, torturado e assassinado por agentes da ditadura militar no começo dos anos 1970. O corpo de Rubens Paiva nunca foi encontrado. A certidão de óbito dele só foi emitida em 1996, 25 anos depois.

Ambientado em 1970, o filme mostra como a vida de Eunice, esposa de um importante político, muda após o desaparecimento de seu marido, sequestrado pelo regime. Forçada a abandonar sua rotina, ela se torna ativista dos direitos humanos, lutando pela verdade e enfrentando as consequências da repressão. A obra explora o impacto do regime na vida das famílias brasileiras, destacando a coragem e resiliência das mulheres na resistência.

A interpretação de Fernanda Torres como Eunice Paiva chamou a atenção do mundo. Fernanda Montenegro, também faz parte do filme, interpretando Eunice idosa, com Alzheimer em estágio avançado. 

O filme se tornou um sucesso de crítica e conquistou premiações ao redor do mundo, incluindo a de melhor atriz para Fernanda Torres no Globo de Ouro em janeiro.

O prêmio foi entregue pela atriz espanhola Penelope Cruz a Water Salles. O filme brasileiro superou o iraniano "A Semente do Fruto Sagrado", o francês "Emilia Pérez", a animação letã "Flow" e o dinamarquês "A Garota da Agulha".

Em seu discurso o diretor Walter Salles disse: “Esse filme vai para uma mulher que, após uma perda enorme por um regime autoritário, decidiu não se render: Eunice Paiva”. Ele dedicou o prêmio às duas atrizes que encarnam a viúva na produção: Fernanda Torres e a mãe dela, Fernanda Montenegro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou nas redes sociais a vitória de 'Ainda Estou Aqui' no Oscar 2025: "Hoje é o dia de sentir ainda mais orgulho de ser brasileiro. Orgulho do nosso cinema, dos nossos artistas e, principalmente, orgulho da nossa democracia. Eu e Janja estamos muito felizes assistindo tudo ao vivo", disse Lula.

A premiação vai além do cinema: é o reconhecimento de uma história de resistência, e de luta contra o autoritarismo. Walter Salles e toda a equipe nos mostram que a arte é, sim, uma arma poderosa para enfrentar as forças que tentam silenciar a nossa liberdade.

Esse prêmio é um orgulho para o Brasil e um lembrete de que, mesmo nos momentos mais difíceis, seguimos firmes na luta pela democracia. Porque ela sempre vence! A memória de Eunice Paiva e Rubens Paiva está eternizada! Parabéns ao Walter e a toda a equipe de Ainda “Estou Aqui” por essa conquista tão emocionante para o nosso país! 🎬🌟 👏👏👏👏👏👏

#AindaEstouAquiMelhorFilmeInternacional2025
#historiadocinemanacional
#DitaduraNuncaMais
#Oscar2025

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

💻 Portais G1, R7 e UOL
📺 Canal History Channel Brasil
📰 Jornais Folha de São Paulo e O Globo

🏆 Para saber mais sobre a vitória de Fernanda Torres como melhor atriz no Globo de Ouro, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

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