domingo, 30 de março de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 30.03.25 - Morre a Historiadora Aneide Santana

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✝️ LUTO 😞 Morreu hoje, dia 30 de março de 2025, a historiadora e membra do Arquivo Público de Olinda ANEIDE SANTANA. Natural de Recife, ela sempre foi uma grande lutadora pela causa da preservação do patrimônio histórico. Junto com o também historiador Plínio Victor, fazem parte do Instituto Histórico/Geográfico, Arqueológico/Antropológico da Cidade do Paulista (IHGAAP), e trouxeram em 1984 a experiência do Conselho de Preservação dos Sítios Históricos de Olinda para Paulista, fundando o referido conselho, ao lado do Padre Renato Maia, Bernadete Serpa e Marcondes Andrade na gestão do então prefeito Geraldo Pinho Alves. Aneide completou sua última data natalícia no último dia 19 de março. Deixou um grande legado para os olindenses na guarda e preservação do acervo do Arquivo Público Municipal. Seu exemplo de zelo e dedicação servem como inspiração para aqueles que ficaram e devem dar continuidade ao seu belíssimo trabalho. Aneide Santana? PRESENTE! 👏👏👏👏👏👏

#morreaneidesantana 🖤
#lutoporaneidesantana 🥀
#adeusaneidesantana 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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sábado, 29 de março de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 29.03.25 - Morre Marcos Vilaça - escritor e membro da ABL

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✝️ LUTO 😞 A cultura brasileira, em especial a pernambucana, ficou mais empobrecida neste sábado, dia 29 de março de 2025, com a morte aos 85 anos do escritor, advogado, professor de direito internacional, imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) MARCOS VILAÇA. Ele estava internado na Clínica Florença, no bairro das Graças, na capital pernambucana, e neste sábado, teve uma bronco aspiração e não resistiu. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.

Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça nasceu em 30 de junho de 1939 na cidade de Nazaré da Mata, na Mata Sul de Pernambuco. É filho único de Antônio de Souza Vilaça e Evalda Rodrigues Vilaça. É considerado um pensador e empreendedor da cultura brasileira, tendo ocupado cargos em conselhos de órgãos, no próprio Conselho Federal de Cultura, assim como presidiu importantes fundações, como a Funarte e a Pró-memória.

Vilaça foi autor de obras marcantes, como “Nordeste: Secos & Molhados” (1972), “Recife Azul, líquido do céu” (1972) e “O tempo e o sonho” (1984). Seu trabalho não apenas enriqueceu a literatura brasileira, mas também contribuiu para a discussão de temas sociais e culturais relevantes.

Em 1961, publicou um dos seus trabalhos literários de maior sucesso: "Em torno da Sociologia do Caminhão", que recebeu o prêmio Joaquim Nabuco da Academia Pernambucana de Letras.

Escreveu com Roberto Cavalcanti o livro "Coronel, coronéis: Apogeu e declínio do coronelismo no nordeste". O livro de 1965 é considerado um clássico sobre as estruturas de poder no nordeste do século passado, dominado por coronéis;

Ligado a José Sarney, que o nomeou para o Tribunal de Contas da União, Vilaça ocupou diversos cargos na área cultural. Foi Professor de Direito Internacional Público na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Pernambuco, Diretor da Caixa Econômica Federal e Secretário da Cultura do Ministério da Educação e Cultura.

Marcos ocupou cargos importantes na administração pública do Estado de Pernambuco. Em 1966 tornou-se chefe da Casa Civil de Pernambuco, no governo de Paulo Guerra, e no início da década de 1970 foi responsável por algumas secretarias na gestão de Eraldo Gueiros Leite.

Desde 1985, ocupava a cadeira nº 26 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na sucessão de Mauro Mota, e presidiu a academia em dois mandatos, de 2006 a 2007 e de 2010 a 2011. Na ABL, o pernambucano recebeu nomes como Ariano Suassuna, Alberto da Costa e Silva e Marco Maciel.

O corpo de Marcos Vilaça será cremado e as cinzas serão jogadas na Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, assim como foi com as de sua esposa, atendendo a um desejo do casal. Viúvo de Maria do Carmo Duarte Vilaça, ele deixa três filhos: Rodrigo Otaviano, Taciana Cecília e o marchand Marcantônio (falecido em 2000). O legado literário de Marcos Vilaça é eterno e seguirá permanente em Pernambuco e no Brasil. 👏👏👏👏👏👏

#morremarcosvilaca 🖤
#lutopormarcosvilaca 🥀
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

🏛️ Site da ABL 
💻 Portais G1, JC on line e UOL.
📰 Jornais Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco.

👉 Para saber mais sobre outros imortais da ABL já falecidos, acesse:








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quarta-feira, 19 de março de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 19.03.25 - 200 Anos da Morte de Agostinho Bezerra Cavalcante

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💪🏾👨🏾‍🦱👊🏿 Num dia como hoje, 19 de março, há exatos 200 anos, era executado por meio de enforcamento AGOSTINHO BEZERRA CAVALCANTE E SOUZA, mais conhecido como o "Major dos Negros", participante ativo do movimento republicano e constitucionalista chamado Confederação do Equador, que explodiu na então província de Pernambuco em 1824 sob a liderança de liderada por Manoel de Carvalho Paes de Andrade e Joaquim do Amor Divino Caneca, o Frei Caneca. Agostinho Bezerra participou também da Revolução Pernambucana de 1817.

Agostinho de Bezerra nasceu em Recife em 1788 e ainda criança assentou praça no chamado Batalhão dos Henriques, formado apenas por homens pretos e pardos, cujo nome remete a Henrique Dias, líder negro da Insurreição Pernambucana. Durante anos, sua figura esteve esquecida, até que Francisco Augusto Pereira da Costa cita-o no seu celebre Dicionário biográfico de pernambucanos célebres.

A carreira militar de Agostinho Bezerra foi prodigiosa, de praça passou para a patente de capitão do 4.° Batalhão de Granadeiros dos Henriques, passando ao posto de major durante a Confederação do Equador comandando o 4.° Batalhão de Artilharia dos Henriques, destacando-se na marcha para Ipojuca com o governador das armas José de Barros Falcão, voltando logo para Recife para guarnecer o Forte das Cinco Pontes. No comando da tropa prestou bons serviços, restabeleceu a disciplina e arregimentou novas praças. Era incansável nos meios de conservar a ordem pública, patrulhando todos os pontos de Recife.

Na noite de 21 de Junho de 1824, soldados imperais bloquearam o porto do Recife atacando a guarnição da Barca do Registro que controlava o acesso ao porto causando duas mortes. O sentimento de vingança tomou conta dos recifenses e no dia seguinte militares do Batalhão dos Homens Pardos, liderados por Emiliano Felipe Benício Munduruku, se rebelaram prontos para atacar Recife e quem apoiasse os imperiais. O que poderia ter sido um banho de sangue foi contido pelas tropas de Agostinho Bezerra, que conseguiu proteger a população dos revoltosos e apaziguar temporariamente os ânimos que estavam bem exaltados.

Após a derrota das forças confederadas em Recife, e a decisão tomada na Assembleia no Engenho Poço Comprido em Vicência (22 de setembro de 1824) de continuar a revolta marchando com um exército, a Divisão Constitucional da Confederação do Equador, Agostinho, Caneca e mais líderes rebeldes fizeram a travessia épica de Pernambuco até o Ceará, onde foram aprisionados na Fazenda do Juiz, no sul do Ceará, em 29 de novembro de 1824.

Foi conduzido preso para Recife onde entrou escoltado a 17 de Dezembro de 1824. Apresentaram-no ao general Francisco de Lima e Silva, mas este se recusou a vê-lo e mandou-o para o cárcere, incomunicável num sórdido calabouço. Na véspera do natal de 1824, Agostinho Bezerra compareceu ao tribunal imperial, que não teve piedade, nem com ele, nem com Frei Caneca. Os réus foram sumariamente julgados e arbitrariamente condenados à morte natural por enforcamento (apenas Francisco de Souza Rangel conseguiu o perdão imperial). Frei Caneca foi arcabuzado em 13 de janeiro de 1825 próximo ao Forte de São Tiago das Cinco Pontas, após os carrascos terem se recusado a cumprirem a pena de enforcamento.

Apesar dos pedidos de clemência, incluindo um abaixo-assinado de negociantes da praça do Recife, o imperador D. Pedro I manteve a condenação do réu por haver assinado todas as atas do Conselho da Confederação do Equador e por não ter aceito a Constituição outorgada de 1824, dentre outros "crimes". Num dia de sábado, Agostinho Bezerra, todo vestido de branco, fez seu último percurso pelas ruas do Recife, sendo acolhido pela multidão que foi às ruas ver pela última vez o valoroso soldado negro dos Henriques.

Chegando ao Forte de São Tiago das Cinco Pontas, ele fez um breve discurso, colocou a corda em seu pescoço, e pulou para a morte. Terminava ali, aos 37 anos, a saga de um dos pernambucanos mais icônicos e esquecidos pela historiografia oficial, cujo nome pouco se cita nos livros e manuais de História, mas cuja memória merece e carece ser lembrada e preservada. Viva Agostinho Bezerra Cavalcante e Souza. Salve o Major dos Pretos! 👊🏿👊🏾👊🏽

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#historiadaconfederacaodoequadorde1824
#bicentenariodaconfederacaodoequador
#historiadepernambuco

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📚 Fontes consultadas para a postagem:

📖 CÂMARA, Bruno Augusto Dornelas. A confederação do Equador : uma breve história de um movimento revolucionário / Bruno Augusto Dornelas Câmara. -- Recife, PE : Secretaria de Educação e Esportes, 2024. -- (Cartilha de práticas pedagógicas : ensino fundamental)
📖 COSTA, Francisco Augusto Pereira. Dicionário biográfico de pernambucanos célebres. Recife: Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 1981 (Col. Cidade do Recife, 16).

💣💥 Para saber mais sobre João Guilherme Ratcliff e Frei Caneca, também condenados à morte pelas suas participações na Confederação do Equador de 1824, acesse:



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segunda-feira, 17 de março de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 17.03.25 - 200 Anos da Morte de João Guilherme Ratcliff

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💪👱‍♂️👊 João Guilherme Ratcliff era português, nascido em Lisboa pelos anos de 1784, mas de origem inglesa, em cujo país tinha parentes próximos. O cavalheiro de Ratcliff, chanceler da Irlanda em meados do século XVII, e preso na Torre de Londres, prisão de Estado, por crime político, era, talvez, um dos seus ascendentes. Ele exerceu vários cargos de eleição popular e o de oficial da Secretaria de Estado nos negócios da justiça, e foi tenente do Batalhão de Infantaria da guarda cívica de Lisboa.

Quando explodiu a Revolução Liberal do Porto em 1820, João Ratcliff aderiu ao movimento antiabsolutista e coube a ele redigir o decreto de banimento (expulsão) da rainha Carlota Joaquina, que se recusara a prestar juramento à nova Constituição liberal aprovada pelos revolucionários. Com a reviravolta na política portuguesa, em 1823, e retomada do poder absoluto por D. João VI, Ratcliff fugiu do país e veio para o Brasil, mais precisamente para a Província de Pernambuco, onde chegou em 1821.

Com seu perfil de homem culto, espírito contestador, partidário de ideias liberais e ainda por cima poliglota, Ratcliff acabou se envolvendo com mais um movimento revolucionário, desta vez a Confederação do Equador de 1824, liderada por Manoel de Carvalho Paes de Andrade e Joaquim do Amor Divino Caneca, o Frei Caneca.

Uma das principais missões de Ratcliff era dirigir-se para Alagoas, a fim de atrair aquela província à causa dos insurgentes. Assim, ele partiu do porto de Recife em 17 de julho de 1824 no brigue Constituição ou Morte, sob o comando de João Metrovich, acompanhando-o a corveta Maria da Glória, rumo ao sul, mas foram surpreendidos pelas tropas imperais e interceptados em 24 de julho pela esquadra imperial.

Seus oficiais foram recolhidos à prisão a bordo da corveta Maria da Glória. Depois de os prisioneiros irem à Barra Grande e Pernambuco, seguiram para a Bahia, onde entraram a 16 de agosto, e entregues ao presidente da província, este os enviou para a corte, logo no dia 20, a bordo do correio Doze de Outubro.

Ratcliff, juntamente com outros companheiros da Confederação do Equador, foi julgado e condenado à morte em 12 de março de 1825, por ordem do imperador D. Pedro I em decreto de 10 de setembro de 1824. 

Membro proeminente da Maçonaria, Ratcliff foi defendido por seus irmãos maçons, que buscaram pessoalmente o perdão do Imperador, ele próprio Grão-Mestre da instituição. Até Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, amante do imperador pediu pela sua vida, mas em vão. Os pedidos foram ignorados, e ele acabou enforcado na praça de São Francisco de Paula, no Rio de Janeiro, onde hoje se ergue a estátua de José Bonifácio.

João Ratcliff, que conservara sempre a maior serenidade de espírito, subiu sem medo os degraus da forca por volta de meio-dia, e parando no sétimo, voltou-se para o povo que enchia a praça, começando assim a falar: "Brasileiros! Eu morro inocente, morro pela causa da razão, da justiça e da liberdade".

Consta que Ratcliff teve sua cabeça cortada, salgada e enviada, dentro de uma caixa de veludo vermelho, como presente para Carlota Joaquina, seu desafeto em Portugal; mas a cabeça não alcançou seu destino, pois o barco que a transportava naufragou. Além do luso-polonês João Ratcliff, outros líderes, como o piloto genovês João Metrovich e o pernambucano Joaquim da Silva Loureiro, foram enforcados na mesma data (17 de março de 1825) e enterrados em valas comuns.

A repressão de Dom D. Pedro I aos insurgentes de 1824 traria mais sangue com as execuções de Agostinho Bezerra Cavalcanti Souza, o major dos pretos (em 19 de março de 1825) e do padre Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Mello, mais conhecido como Padre Mororó (em 30 de abril de 1825). 😞😓😪😢😭

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📚 Fontes consultadas para a postagem:

📖 Diccionario Biographico de Pernambucanos de Pernambucanos Celebres por Francisco Augusto Pereira da Costa. Typographia Universal: Recife, 1882.
📖 CAVALCANTI, Carlos Bezerra. Confederação do Equador - Bicentenário - 1824-2024. Editora Flor de Lis: Paulista-PE, 2023.

💣💥 Para saber mais sobre a Confederação do Equador de 1824 e seu principal líder, Frei Caneca, acesse:



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sábado, 15 de março de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 15.03.25 - 40 Anos da Volta do Regime Democrático ao Brasil

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👴🏛️ Num dia como hoje, 15 de março, há exatamente 40 anos, tomava posse como presidente interino José Sarney, pondo um fim a uma ditadura militar, e iniciando o que chamamos de redemocratização, a volta do regime democrático com um Estado Democrático de Direito, o que foi um marco fundamental na história política recente do país.

A transição do regime militar para um Estado Democrático de Direito foi marcada por desafios, incertezas e grandes líderes como Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela e Dante de Oliveira. Embora a eleição ainda tenha sido indireta, a vitória de Tancredo Neves e, posteriormente, a posse de Sarney simbolizaram o primeiro passo rumo a um país mais livre e participativo.

Na verdade quem deveria ter assumido em 15 de março de 1985 a presidência era Tancredo de Almeida Neves, primeiro civil eleito pelo Colégio Eleitoral,  depois de 21 anos de ditadura militar, mas 14 de março, um dia antes da posse, ele foi hospitalizado, iniciando um martírio pessoal que o levaria à morte 37 dias depois aos 75 anos em 21 de abril de 1985.

A redemocratização foi resultado de uma longa luta da sociedade brasileira, que vinha desde longe, com a Lei da Anistia de 1979, e culminou com a campanha das Diretas Já em 1983 e 1984 mobilizando milhões de pessoas pelo direito ao voto e pelo retorno do regime democrático.

Tancredo Neves não pôde tomar posse devido a complicações de saúde. Sarney hesitou. Chegou a sugerir que Ulysses Guimarães assumisse o comando da Nação, temendo resistência militar e questionamentos políticos. Mas, com o apoio das lideranças do MDB e a garantia de seguir os planos de Tancredo, ele tomou posse e garantiu a transição democrática.

O governo Sarney teve um papel fundamental na transição do autoritarismo para a democracia plena, com a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, que resultou na promulgação da Constituição Cidadã de 1988. Esse marco garantiu direitos fundamentais para todos os brasileiros, restabeleceu as eleições diretas para todos os cargos e fortaleceu o Estado Democrático de Direito. A nova Constituição consolidou avanços essenciais, como a liberdade de expressão, a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a ampliação dos direitos trabalhistas e políticas sociais voltadas para a redução das desigualdades.

O fim da ditadura não foi um presente, mas sim o resultado de anos de luta, mobilizações populares e resistência. Movimentos como as Diretas Já mostraram a insatisfação da população e pressionaram pela volta da democracia. Mesmo com a transição sendo negociada e sem punição para os responsáveis pelas violações de direitos humanos, aquele momento marcou o início da redemocratização e abriu caminho para a Constituição de 1988. Com a redemocratização, novos sonhos puderam ser sonhados, encerrando os 21 anos de ditadura militar, um pesadelo que nunca mais queremos viver.

Hoje, 15 de março não pode ser só uma data no calendário. É um lembrete de que democracia não é garantida, mas sim construída e defendida todos os dias. Afinal, a história serve para aprendermos, e não para repetirmos os erros do passado. Seguimos firmes na construção de um país mais justo e democrático! ✊📢

#40anosdavoltadademocracianobrasil
#historiapoliticabrasileira
#DitaduraNuncaMais
#DemocraciaSempre

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👉 Para saber mais sobre outros fatos relacionados à volta da democracia brasileira em 1985, acesse:




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sexta-feira, 14 de março de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 14.03.25 - Morre o Ex-prefeito do Paulista Antônio Speck

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✝️ LUTO 😞 A cidade do Paulista está enlutada pela partida do seu ex-prefeito ANTÔNIO SPECK, que morreu hoje pela manhã aos 89 anos. A causa da morte não foi revelada. Durante seu período à frente da prefeitura, seu nome ficou associado ao desenvolvimento local e à busca por melhorias na infraestrutura e serviços para a população.

Nascido em 13 de junho de 1935, no município de Tubarão, Santa Catarina, Antônio Wilson Speck era filho de Adolfo e Maria Speck. Formado em Economia; cursou especialização em Administração pelo Instut Européen D’Administration dos Affaires (INSEAD), de Fontainebleau (França); especializou em Economia e Tecnologia no Japão e Coréia do Sul.

Speck foi fundador e presidente do Rotary Club do Paulista e presidente de entidades como a Associação Empresarial do Paulista (Assedipi) e o Centro de Indústrias do Estado de Pernambuco. Foi o responsável pela implantação do SESI e do Posto de Serviços do Banco de Brasil em Paratibe e da Caixa Econômica Federal no Janga. Foi diretor da Tecanor (Têxtil Catarinense do Nordeste).

Exerceu o cargo de prefeito da cidade do Paulista entre 1º de janeiro de 2001 e 31 de dezembro de 2004, tendo como vice Aguinaldo Fenelon de Barros (ambos romperam ainda no primeiro ano de mandato). Um dos destaques de sua administração foi o translado para Paulista do crânio do padre João Ribeiro de Melo Pessoa Montenegro, que durante anos esteve guardado nas dependências do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, e recebeu uma sepultura cristã na entrada da Igreja de Santa Isabel no centro da cidade.

Speck tentou se reeleger para mais um mandato ao final da gestão, pelo PMDB (atual MDB), mas não sem sucesso. Se candidatou novamente à prefeitura em 2008, pelo PTB, mas foi derrotado por Yves Ribeiro. Ele ainda disputou eleições para deputado estadual e deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 2006 e 2010, respectivamente, mas não conseguiu se eleger. Em 2012, participou da última eleição, também pelo PTB, quando foi candidato a vice-prefeito na chapa de Sérgio Leite (PT). O grupo pedeu para Júnior Matuto.

A prefeitura de Paulista decretou luto oficial de três dias em homenagem a Antônio Speck. O presidente da Câmara Municipal de Paulista, vereador Eudes Farias (MDB), também prestou homenagem a Speck. Ele foi velado e sepultado no Cemitério Morada da Paz, também em Paulista. O ex-mandatário da prefeitura foi casado com Lenilce Forigo Speck (1935-2023), deixou cinco filhos e um legado político que ficará para sempre marcado na história e na memória dos paulistenses. 

#morreantoniowilsonspeck 🖤
#lutoporantoniowilsonspeck 🥀
#adeusantoniowilsonspeck 👋

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👉 Para saber mais sobre Geraldo Pinho Alves, outro prefeito paulistense, acesse:


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terça-feira, 11 de março de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 11.03.25 - 5 Anos da Declaração Oficial da Pandemia da Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde

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😷 🧼💉 Num dia como hoje, 11 de março, há exatamente cinco anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de COVID-19, causada pelo corona vírus respiratório SARS-CoV-2.  Em 30 de janeiro de 2020, a OMS já havia declarado o surto de corona vírus como uma emergência de saúde pública de interesse internacional, seu mais alto nível de alerta. A crise sanitária global deixou mais de 7 milhões de mortos no mundo, segundo dados da OMS, com o Brasil entre os países mais afetados, ultrapassando 700 mil vítimas.

O vírus foi identificado pela primeira vez a partir de um surto em Wuhan, China, em dezembro de 2019. As tentativas de contê-lo falharam, permitindo que o vírus se espalhasse para outras áreas da China e, posteriormente, para todo o mundo.

Reunidos na sede da OMS, em Genebra, na Suíça, o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, tirou duas canetas do bolso, ajustou os óculos e leu a declaração. "Estamos profundamente preocupados tanto com os níveis alarmantes de disseminação e gravidade, quanto com os níveis alarmantes de omissão" no mundo, disse. Então, declarou: "Consideramos que a covid-19 pode ser classificada como uma pandemia".

O anúncio foi um marco que transformou a vida de bilhões de pessoas ao redor do planeta. O vírus, que já se espalhava silenciosamente por diversos países, desencadeou medidas de emergência em larga escala. Fechamento de fronteiras, lockdowns, uso obrigatório de máscaras e a corrida por vacinas tornaram-se parte do cotidiano global.

Os primeiros meses foram de incerteza e medo. Sistemas de saúde entraram em colapso, empresas fecharam suas portas e milhões de empregos foram perdidos. O isolamento social impôs desafios emocionais e psicológicos, enquanto cientistas e profissionais da saúde se desdobravam para entender o vírus e encontrar soluções.

No Brasil, ainda em março, o Ministério da Saúde publicou uma portaria com medidas para combater a covid-19, incluindo isolamento e quarentena obrigatória para pessoas que testassem positivo. A recomendação para todos era: “Se puder, fique em casa”. Mas, em questão de dias, a estratégia passou a ser questionada, inclusive pelo presidente da República à época, Jair Bolsonaro.

Durante essa crise, a pasta da Saúde teve quatro ministros em menos de um ano. Luiz Henrique Mandetta foi demitido em abril de 2020 por insistir no isolamento. Nelson Teich ficou menos de um mês no cargo. Depois de Teich, o general Eduardo Pazuello assumiu o Ministério da Saúde em setembro de 2020 e ficou até março de 2021, quando tomou posse o cardiologista Marcelo Queiroga.

Em abril de 2021, o Brasil enfrentou o pico da pandemia, com mais de 3.000 mortes diárias, sobrecarregando cemitérios e causando sofrimento aos familiares impossibilitados de realizar despedidas adequadas. Enquanto isso, cientistas ao redor do mundo trabalhavam incansavelmente para desenvolver vacinas.

Em janeiro de 2021, a vacinação começou no Brasil, com a aprovação emergencial dos imunizantes CoronaVac e AstraZeneca, marcando um ponto de virada na luta contra a COVID-19. Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira Brasileira vacinada contra a COVID-19 em 17 de janeiro de 2021.

Olhando para o presente, ainda carregamos marcas da pandemia. Os desafios da saúde mental, os reflexos econômicos e as lições sobre a importância da preparação para crises continuam a nos acompanhar. Uma catástrofe semelhante poderia acontecer novamente? Para a OMS, a próxima pandemia é apenas uma questão de tempo. Nos cinco anos desde março de 2020, a OMS declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) duas vezes, ambas para epidemias de mpox. 

Até 5 de janeiro de 2025, conforme a OMS, 777 309 626 casos foram confirmados em 231 países e territórios, com 7 083 233 mortes atribuídas à doença, tornando-se a quinta mais mortal da história. Cinco anos depois, ainda sentimos os impactos da pandemia da COVID-19. 😞😓😪😢😭

#5anosdadeclaracaodapandemiadecovid-19
#historiadasepidemiasepandemias
#historiasanitariamundial

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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