sábado, 27 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 27.07.24 - 45 Anos do Nascimento de Marielle Franco

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🎂😭 Num dia como hoje, 27 de julho, há 45 anos, nascia no Rio de Janeiro, MARIELLE FRANCO, eleita em 2016 com a quinta maior votação para vereadora da cidade. Filiada ao PSOL, Marielle militava pelas causas da comunidade LGBTQIAPN+, pelas populações negra e periférica, e pelas mulheres.

Na Câmara Municipal, Marielle presidiu a Comissão de Defesa da Mulher e integrou uma equipe cujo objetivo era monitorar a intervenção federal na cidade. Ela denunciava constantemente a atuação de milícias e abusos de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. Além disso, prestava auxílio jurídico e psicológico a familiares de vítimas de homicídios e de policiais assassinados.

Como vereadora, Marielle também trabalhou na coleta de dados sobre a violência contra as mulheres, pela garantia do aborto nos casos previstos por lei e pelo aumento na participação feminina na política.Durante seu mandato, redigiu 16 projetos de lei, dois dos quais foram aprovados.

A vereadora sofreu um atentado em 14 de março de 2018 que tirou-lhe a vida e  também a do seu motorista, Anderson Pedro Gomes. O assassinato de Marielle gerou repercussão nacional e internacional, incluindo a organização de diversos protestos.

Em 18 de junho de 2024, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu hoje, por unanimidade, tornar réus os cinco suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. O STF acatou a  denúncia da PGR e investigará a organização criminosa entre os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, o ex-policial militar Ronald Paulo de Alves, e Robson Calixto, ex-assessor de Domingos Brazão. Pesam ainda as denúncias de tentativa de homicídio e homicídio.

Apesar de seu trágico final, a História de Marielle Franco ainda ecoa nas periferias cariocas e brasileiras, inspirando a luta por direitos humanos. Vamos honrar sua memória e seguir lutando como Marielle, por um mundo mais justo e igualitário. 👏👏👏👏👏👏

#45anosdonascimentodemariellefranco #historiapoliticabrasileira #JusticaporMarielleFranco#MarielleFranco #MarielleVive #MariellePresente

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋 professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

💻 Portais G1, R7 e UOL
📺 Canal History Channel Brasil
📰 Jornais O Globo e Folha de São Paulo

👉 Acesse as postagens sobre Marielle Franco publicadas no Blog do Projeto Muito História pra Contar:




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sexta-feira, 26 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 26.07.24 - Morre J. Borges - Cordelista e Xilogravurista

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✝️ LUTO 😞 A cultura popular nordestina amanheceu hoje, 26 de julho, enlutada com a morte aos 88 anos, do xilogravador, cordelista e poeta J. BORGES, uma referência artística em Pernambuco e no Brasil. Segundo familiares, o pernambucano foi internado há duas semanas por problemas no pulmão e coração, mas recebeu alta e morreu em casa, por volta das 6h, na cidade de Bezerros, agreste pernambucano.

José Francisco Borges nasceu em 20 de dezembro de 1935 na zona rural da cidade de Bezerros, em um sítio chamado Piroca. Por conta da grande seca de 1952, que afetou os estados do Nordeste, Borges se mudou para a Zona da Mata, junto de sua família, com seus 17 anos. Viveu durante 15 anos entre os municípios de Escada e Ribeirão, em Pernambuco.

Passou por muitas profissões, como artesão, oleiro, carpinteiro, pintor de parede, mas encontrou a verdadeira felicidade em 1956 aos 21 anos, quando decidiu ser vendedor de cordéis (folheteiro), divulgando a literatura popular pelas praças e feiras públicas em seu estado de origem e estados vizinhos.

Em 1964, por estímulo de um amigo poeta chamado Olegário Fernandes, escreveu o seu primeiro cordel original: O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, com capa ilustrada pelo mestre cordelista e xilogravurista Dila (José Soares da Silva). A xilogravura é uma técnica datada da idade média, onde o artista talha o desenho na madeira e a partir dela, da matriz, com a utilização de tinta, o desenho esculpido é marcado no papel, como um carimbo. Borges viria a se tornar um dos mestres dessa técnica. 

J. Borges em seu trabalho valorizou a cultura do Nordeste, popularizando a literatura de cordel retratando temáticas como folguedos populares, religiosidade e cangaço; sem deixar de abordar questões sociais como a educação e a miséria.

Sua obra o fez receber o título de  e Patrimônio Vivo Imaterial de Pernambuco, além de ter sido agraciado com a Ordem do Mérito Cultural do Brasil em 1999, e o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na categoria Ação Educativa/Cultural. Já ilustrou livros de escritores como José Saramago e Eduardo Galeano. Ele também foi considerado Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2005.

O mestre da xilogravura teve diversos trabalhos reconhecidos e expostos ao redor do mundo, entre eles, um quadro para o papa Francisco, entregue no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As obras de J. Borges já foram expostas em todo o Brasil e percorreram mais de 20 países.

"O maior gravador popular do Brasil". Era assim que Ariano Suassuna, um dos principais pesquisadores da cultura popular nordestina, se referia a J. Borges, o que não é exagero, pois ele ressignificou a arte da xilogravura, colocando as cenas cotidianas no centro de suas obras, elevando a prática da xilogravura para outro patamar perante as artes nacionais.

O velório do artista começou por volta das 13h no Centro de Artesanato, que fica localizado no município de Bezerros. O enterro será às 15h deste sábado (27), no Cemitério Parques dos Eucaliptos, no bairro Santo Amaro, também na cidade. Deixará um grande vazio na cultura pernambucana, cuja contribuição nesse cenário ficará marcada para sempre. Se vai o homem e fica o seu legado! ✨ 👏👏👏

#morrejborges 🖤
#lutoporjborges 🥀
#adeusjborges 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

💻 Portal G1-Pernambuco e JC-On Line
📰 Jornais Folha de Pernambuco e Diário de Pernambuco

👉 Para saber mais sobre Ariano Suassuna, amigo de J. Borges, cujo falecimento completou 10 anos esta semana, acesse:


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quinta-feira, 25 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 25.07.24 - 200 Anos da Imigração Alemã no Brasil

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🙋‍♂️🙋‍♀️ Num dia como hoje, 25 de julho, há exatamente 200 anos, chegavam à Feitoria do Linho Cânhamo, junto ao Rio dos Sinos, a poucos quilômetros da capital gaúcha, os primeiros 39 imigrantes alemães. O grupo fazia parte de um projeto do governo imperial: a primeira colônia não lusa no Sul do Brasil. Dois meses mais tarde, o estabelecimento recebeu o nome de São Leopoldo, homenagem a D. Leopoldina, arquiduquesa da Áustria – o mais poderoso país de língua alemã na Europa – e esposa do imperador D. Pedro I.

Guerras, pobreza, fome, trabalho, superação. A história da imigração é composta de diferentes capítulos, que carregam sonhos e também traumas – para lados e povos distintos. Nesse árduo deslocamento, a primeira parte do percurso era feita a pé e a travessa marítima podia durar até 120 dias. Os imigrantes eram, em sua maior parte, artesãos e agricultores. 

Recebidos em um país abalado, os alemães tiveram de enfrentar diversos obstáculos como o idioma, o clima, a agricultura e toda a necessidade de construir uma vida em um novo lugar. No entanto, o Brasil ofereceu oportunidades e uma nova esperança! Até o fim do Primeiro Reinado (1824-1831), cerca de 5 mil alemães chegariam à nova colônia.

A imigração continuou no século XX, com um grande fluxo de pessoas chegando após a Primeira Guerra e outro até depois da Segunda Guerra. Foram os imigrantes alemães quem diversificaram a agricultura, urbanizaram e industrializaram diversas cidades brasileiras, deixando diversas e significativas marcas na cultura brasileira.

Hoje em dia, cerca de 5% dos brasileiros são de origem alemã. Isso equivale a mais de 10 milhões de pessoas agora completamente integradas, que vivem numa sociedade brasileira diversa e multicultural, com uma enorme riqueza de hábitos e costumes.

As comemorações do bicentenário, que se estenderão até o fim de 2024, terão seu ponto alto nesta quinta e na sexta-feira (25 e 26/7). Autoridades e delegações da Alemanha estão no Rio Grande do Sul para participar da programação.

A logomarca oficial do Bicentenário da Imigração Alemã no Rio Grande do Sul foi lançada durante a 46ª Expointer, em Esteio, em 1° de setembro de 2023. A identidade visual já havia sido definida por votação entre os integrantes da comissão organizadora das celebrações, com membros da sociedade civil e de instituições governamentais.

A programação completa dos eventos está na Agenda Alemã no Brasil, iniciativa do Instituto Martius-Staden em parceria com as Representações da República Federal da Alemanha no Brasil e a Fundação Visconde de Porto Seguro. A agenda, que é colaborativa, também traz curiosidades sobre a imigração alemã e projetos sobre a presença destes povos no país.

Por onde os imigrantes alemães e seus descendentes brasileiros passavam, eles fundavam escolas, hospitais, igrejas, clubes, sociedades, cervejarias, estúdios de fotografia, jornais, entre outros, tendo deixado, assim, suas marcas na sociedade e na cultura do Brasil. A presença germânica em nossas terras deve ser respeitada e celebrada. 🖤💛❤️

#200AnosdaImigracaoAlemanoBrasil
#BicentenariodaImigracaoAlemanoBrasil
#HistoriadaImigracaoAlemanoBrasil
#GeografiaPopulacional
#AlemaesnoBrasil

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre a queda do muro de Berlim e a reunificação alemã, acesse:



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terça-feira, 23 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 23.07.24 - 10 Anos da Morte de Ariano Suassuna

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📖✍️😞 Num dia como hoje, 23 de julho, há exatamente dez anos, morria no Real Hospital Português, em Recife, aos 87 anos, o escritor, dramaturgo e poeta paraibano ARIANO SUASSUNA, o eterno guardião do movimento Armorial, que encantou gerações, seja com seus livros, ou em suas bem humoradas palestras onde era impossível sair sem dar boas risadas.

Nascido em 16 de junho de 1927, na cidade de João Pessoa, na Paraíba, Ariano Vilar Suassuna foi um dos grandes responsáveis por valorizar e difundir a cultura nordestina por meio de suas obras que ganharam o mundo. Lutou contra estereótipos e preconceitos, e mostrou ao Brasil e ao mundo a riqueza e a diversidade cultural do Nordeste. “Não troco meu ‘oxe’ pelo ‘ok’ de ninguém”, brincava o escritor.

Suassuna também é conhecido por ser um dos fundadores do Movimento Armorial, uma iniciativa cultural que busca resgatar as raízes e a identidade do nordestino. Através de suas peças teatrais, romances e ensaios, o escritor retratou com maestria a vida e as tradições da região, utilizando-se de elementos como o cordel, a literatura de cordel, o teatro popular e a música regional.  

A relação do escritor com o movimento foi de profunda afinidade e colaboração mútua. Sua obra literária, como o famoso "Auto da Compadecida", foi fortemente influenciada pelos princípios do armorial, que defendeu a criação de uma arte erudita a partir das raízes populares. Além disso, Suassuna também participou ativamente das atividades do movimento, promovendo eventos, palestras e debates em prol da valorização da cultura regional.

Em 2014, o paraibano nos deixou. Mas seus textos continuam a ecoar nos corações dos nordestinos, inspirando-os a valorizar e preservar sua identidade. Seu legado é uma lembrança constante de que a cultura nordestina é rica e merece ser celebrada. Sua partida deixou um vazio, 😥🥀💔 mas também uma responsabilidade: a de manter viva a chama de sua paixão pela cultura nordestina.  ✨👏👏👏

#10anosdamortedearianosuassuna
#historiadaculturapopularnordestina
#historiadaliteraturarbrasileira
#saudadesdearianosuassuna
#movimentoarmorial

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre Ariano Suassuna, acesse:




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segunda-feira, 22 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 22.07.24 - Chegamos a 2K no Instagram 🎉📱

🖥️ 💻 🖱️. 👨‍💻 🖱️ 💻 🖥️

📱🎉 Chegamos aos 2000 seguidores no nosso perfil do Instagram (@josericardope01), com 99% das postagens voltadas para o meu projeto de divulgação e disseminação de conhecimento histórico nas redes sociais: o MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR. O perfil surgiu em 6 de outubro de 2018, ainda sem grandes pretensões de atingir as proporções que chegou. Em 26 de maio de 2021 conquistamos nosso primeiro 1 K – mil seguidores –  e em 11 de dezembro do mesmo ano, chegamos a miléssima postagem - atualmente conta com 2.988 publicações.

O perfil do Instagram é um espaço a mais para o MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR, chegando a um público mais jovem e adolescente que faz uso desta rede social, em sua maioria estudantes de ensino fundamental e médio. A cada postagem uma nova História é contada e relembrada, personagens importantes e relevantes são tirados do esquecimento, e mais pessoas têm acesso à informações sobre História que ficam, na maioria das vezes, apenas restritas às salas de aula.

Ao proporcionar este conhecimento sobre a História espero que estimule as pessoas a gostarem mais dessa ciência e procurarem saber mais sobre o passado, que diz mais sobre o presente do que imaginamos. Sob a inspiração de Clio, a musa dos historiadores, seguimos adiante na missão de contar histórias "para que os feitos dos homens não se percam nas névoas do tempo". A luta não apenas continua, mas ela é contínua; e o mar da História é agitado demais para dormirmos em berço esplêndido esperando o gigante acordar!💪🌊👊⏳🙅‍♂️🙅🏿‍♀️

#somos2K
#2000seguidores
#historianasredessociais
#muitahistoriapracontarnoinsta

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📱 Não deixem de seguir a nossa conta reserva: @muitahistoriapracontarnoinsta

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sexta-feira, 19 de julho de 2024

⚽️❤️ POSTAGEM TEMÁTICA 🙌🏆 História do Futebol Brasileiro 🇧🇷

⚽️🎉 Nelson Rodrigues cunhou a expressão "A seleção brasileira é a pátria de chuteiras" e desde que chegou ao Brasil em setembro de 1894, quando Thomas Donohoe, operário da Fábrica Bangu e um dos fundadores do Bangu, organizou a primeira partida de futebol no terreno ao lado da fábrica com uma bola que sua esposa trouxera da Europa, que o futebol virou uma verdadeira paixão nacional. Dos campinhos de várzea aos grandes e modernos estádios, dos pequenos jogadores das escolinhas de futebol aos grandes jogadores e técnicos, quem nunca na vida parou frente à televisão para assistir a uma partida de futebol? Ou nunca deu aquele "pitaco" sobre quem deveria jogar no time favorito? E aquele coração a mil quando a partida terminou nos pênaltis? É claro que o projeto Muita História pra Contar não poderia ficar de fora dessa trajetória de jogos, jogadores e times inesquecíveis, e (re)visitou a História do Futebol brasileiro em suas várias postagens, cujos links abaixo disponibilizamos para quem quiser saber mais sobre este assunto. Um material rico e abrangente que pode, e deve, ser divulgado, com a velocidade de uma bola rumo ao gol! 🥅⛹️‍♂️

⚽ Dia Nacional do Futebol


😭 Maracanazo - derrota para o Uruguai na Copa de 1950


🏆 Conquista do Tricampeonato de Futebol no México em 1970


🏆 Conquista do Tetracampeonato de Futebol em 1994


🥺 Derrota de 7 a 1 para a Alemanha na Copa de 2014


🛩 Acidente Aéreo com o Time da Chapecoense em 2016


🔥 Incêndio no Ninho do Urubu em 2019


🙋‍♂️ GRANDES JOGADORES E TORCEDORES INESQUECÍVEIS 🙋🏽‍♀️

😥🖤 PELÉ


😥🖤 ZAGALLO


🤾🏾❤ ROMÁRIO


😥🖤 SÓCRATES


😥🖤 MANÉ GARRINCHA


😥🖤 DONA MARIA JOSÉ DO SPORT


#DiaNacionaldoFutebol
#historiadofutebolbrasileiro
#FutebolPaixaoNacional

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Acesse os links das postagens do projeto Muita História pra Contar:


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⏳#muitahistoriapracontar⌛

sábado, 13 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 13.07.24 - 65 Anos do Nascimento de Ermelinda Andrade

🏫 📝❤️ 👩‍🦱 ❤️📚 🎒

🌹🎉 Num dia como hoje, 13 de julho, há 65 anos, nascia na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, ERMELINDA ANDRADE, que durante doze anos (2010-2022) exerceu a função de secretária da EREM Professora Amarina Simões, localizada no bairro do Nobre, na cidade do Paulista. Com uma uma trajetória profissional sólida e bem construída, Ermelinda, ou melhor, Erme como era chamada pelos seus colegas de trabalho exerceu dezenas de cargos e funções dentro da gestão pública de ensino em vários governos.

Eremelinda formou-se em Pedagogia, concomitantemente com o magistério, este na Escola Polivalente Compositor Antônio Maria, em Rio Doce, Olinda, em 1984. No primeiro semestre de 1985, aos 26 anos de idade, já casada e mãe de 2 filhos, ela se inscreveu no concurso público da rede estadual de Pernambuco para ser professora primária. Sua primeira localização como professora da rede estadual foi na Escola Professor Arnaldo Carneiro Leão, em Maranguape I.

Em 1990, a Secretaria de Educação abriu seleção para Inspetor Escolar. Ermelinda se inscreveu e foi classificada para a GRE Metropolitana Norte, onde permaneceu por 4 anos, como inspetora no município de Paulista e após esse período, assumiu a chefia desta equipe.

Assumiu também as funções de Chefe de Divisão na então Diretoria de Normatização do Estado, Supervisora Regional pela Secretaria Estadual de Educação (SEE), atuando em Petrolina, e posteriormente a Superintendência desta equipe durante 8 anos no Governo Jarbas Vasconcelos. Com a modificação do Organograma da SEE, passou ao cargo de Gestora de Gestão Escolar. Após o Governo Jarbas, Ermelinda voltou para a GRE METROPOLOTANA NORTE, onde exerceu a função de Técnica da Equipe de Normatização.

Após o processo seletivo para Chefe de Secretaria de Escolas Integrais, ela acabou sendo nomeada para ser secretária na EREM Padre Osmar Novaes, em Paratibe; e posteriormente para dar início ao processo da implantação do Integral na EREM Professora Amarina Simões, no bairro do Nobre, assumindo a secretaria da escola.

Em agosto de 2022, Ermelinda foi diagnosticada com um câncer na região do esôfago e mesmo recebendo tratamento adequado, não resistiu e partiu serenamente em 20 de dezembro de 2022 deixando saudosos centenas de estudantes, profissionais de ensino, familiares e pessoas da comunidade que tinham por ela uma relação ímpar de carinho, respeito e sobretudo amizade.

Quem conheceu Ermelinda, sabe disso que ela foi importante na vida de cada um que a conheceu. Merece todas as homenagens e a principal delas é que seu exemplo seja seguido e sua memória jamais seja esquecida. 👏👏👏👏👏👏

#65anosdonascimentodeermelindaandrade
#historiadaeducacaopernambucana
#GrandesEducadorasPernambucanas

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fonte Consultada: "Vida Profissional", escrito pela própria Ermelinda Andrade em abril de 2019 para a Revista da GRE Metropolitana Norte.

👉 Ermelinda Andrade era membra de todos os grupos e perfis do projeto Muita História pra Contar, sendo um de seus principais incentivadores. Este post é mais do que uma postagem do projeto, é uma homenagem aquela que durante anos curtiu, compartilhou, comentou, sugeriu e aplaudiu este projeto. A ela, nossa eterna gratidão. 🙏⏳🙏⌛🙏

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quinta-feira, 11 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 11.07.24 - Morre Magdalena Arraes - Ex-Primeira-Dama do Estado de Pernambuco

✝ 😭⚰ 👵 ⚰😭 ✝

✝️ LUTO 😞 Morreu na madrugada de hoje, 11 de julho de 2024, aos 95 anos, MAGDALENA ARRAES, ex-primeira-dama do Estado, viúva de Miguel Arraes de Alencar. Ao lado dele, ela vivenciou momentos marcantes da história recente brasileira, como o Golpe Militar de 1964, quando teve que ir para o exílio na Argélia, acompanhando Arraes.

Segundo informações da própria famiília, ela estava sob cuidados paliativos há um tempo por causa do Alzheimer e faleceu de causas naturais. A família divulgou uma nota conjunta expressando seu pesar e comunicando a perda.

"Com profundo pesar, comunicamos o falecimento de nossa mãe e avó, Magdalena Fiuza Arraes de Alencar, ocorrido nesta quinta-feira (11). Mada foi um exemplo de amor e dedicação, deixando um legado de bondade e generosidade. Sua partida deixa uma saudade imensa em todos que tiveram a honra de conhecê-la e conviver com ela. A família agradece as mensagens de apoio e carinho neste momento de dor e saudade", disseram os familiares em nota.

Neta de um senador e governador do Ceará, João Tomé Saboia (1870-1945), Magdalena nasceu em 14 de dezembro de 1928 e acompanhou de perto a política desde criança. Estudou no Rio de Janeiro, cursou letras, e acabou fincando raízes no Recife, logo após seu casamento.

Maria Magdalena Fiúza Arraes de Alencar foi a segunda esposa de Arraes, com quem teve dois filhos: Mariana e Pedro Arraes. Ela foi três vezes primeira-dama do estado. Ela é avó do ex-governador Eduardo Campos (in memoriam), do pré-candidato a prefeito de Olinda Antônio Campos (PRTB), da ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), da deputada federal Maria Arraes (Solidaridade), e bisavó do prefeito do Recife João Campos (PSB) e do deputado federal Pedro Campos (PSB). A terceira filha da ex-deputada Marilia Arraes recebeu o nome de Maria Magdalena, numa referência à matriarca da família.

O primeiro volume da Coleção Memória, da CEPE, contemplou a biografia de Magdalena com o título Magdalena Arraes: a Dama da História, escrito pelo jornalista Lailson de Holanda Cavalcanti e pela historiadora Valda Colares. A obra aborda passagens políticas e pessoais daquela que foi por três vezes primeira-dama de Pernambuco. Magdalena Arraes concedeu depoimentos para a publicação lançada em 2016.

O velório de Magdalena será realizado na sexta-feira (12) na Capela do Cemitério Santo Amaro, a partir das 8 horas, com o enterro previsto para as 11 horas. 😞😓😥😢😭

#morremagdalenaarraes 🖤
#lutopormagdalenaarraes 🥀
#adeusmagdalenaarraes 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

📰 Blog de João Alberto
📰 Jornal Diário de Pernambuco
💻 Portais G1-Pernambuco e JC On-line

👉 Para saber mais sobre Miguel Arraes e Eduardo Campos, acesse:




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segunda-feira, 8 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 08.07.24 - Morre o Cantor e Compositor Biliu de Campina

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✝️ LUTO 🖤 Morreu nesta segunda-feira, dia 8 de julho de 2024, o cantor e compositor Severino Xavier de Souza, conhecido como BILIU DE CAMPINA, aos 75 anos. O artista estava internado no Hospital de Trauma de Campina Grande desde o dia 24 de junho deste ano, após sofrer uma queda, possivelmente causada por um mal súbito. O compositor chegou a ser submetido a uma traqueostomia na tarde de quarta-feira (3/7), e esteve internado na UTI laranja do Trauma antes de ter seu falecimento confirmado hoje.

Nascido em 1º de março de 1949, Biliu foi um compositor, cantor e advogado paraibano. Forrozeiro formado em direito pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), trocou a advocacia pela música em 1978, quando iniciou a carreira artística, resgatando o forró de raiz, o cantor e compositor se auto-intitulava como o maior carrego de Campina Grande.

Em 1989, participou com Gilberto Gil de show realizado no Parque do Povo, em Campina Grande, no lançamento do movimento político-ecológico "Onda Azul" e que também serviu como homenagem aos 70 anos de Jackson do Pandeiro. Em 1999, foi homenageado durante o Forró Fest. Foi essa mistura de ritmos, humor e tradição que levou o artista a ser homenageado com o troféu Ícone da Cultura do projeto Sesi Forró na empresa 2008. De lá pra cá, Biliu esteve presente em quase todas as edições do Maior São João do Mundo em Campina Grande. 

Na carreira musical, Biliu de Campina lançou três discos independentes: Tributo a Jackson e Rosil, Forró o Ano Inteiro e Matéria Paga, e lançou dois CDs independentes: Do Jeito que o Diabo Gosta e Forrobodologia. Em 2002 mantendo seu lado irreverente, lança: Diga Sim A Biliu de Campina, trocadilho da campanha nacional do Combate a Pirataria: Diga Não a Pirataria.

Através do seu ”forró tradicional”, o cantor projetou-se como um dos mais importantes artistas do gênero da Paraíba, tendo recebido influências do ritmo de Jackson do Pandeiro. No dia 30 de março de 2022, Biliu de Campina e outros artistas da região foram reconhecidos pelo Estado como os novos mestres das artes, pela Lei Canhoto da Paraíba.

Biliu de Campina ia se apresentar no São João de Campina Grande no último mês de junho. Entretanto, o show não aconteceu devido a sua condição de saúde. Seu último show foi no dia 09 de junho de 2024, no Festival São João na Rede, marcando sua despedida dos palcos. Biliu de Campina deixará saudades eternas entre familiares, amigos e todos aqueles que admiravam seu talento e contribuição para a música nordestina! 😞😓😥😢😭

#morrebiliudecampina 🖤
#lutoporbiliudecampina 🥀
#adeusbiliudecampina 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre Sebastião Dias, outro grande poeta nordestino, acesse:


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domingo, 7 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 07.07.24 - 1 Ano da Tragédia do Conjunto Beira Mar

⚰ 👨‍🚒 ❌🏙❌ 🚑 😭

🚨🫂 Num dia como hoje, 7 de julho, há exatamente um ano, parte do bloco D7 do Conjunto Beira-Mar, localizado Rua Dr. Luiz Inácio de Andrade Lima, no bairro do Janga, em Paulista – região metropolitana de Recife, Pernambuco –, desabou por volta das 6h35, horário em que o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a um chamado com “múltiplas vítimas”. Oito viaturas foram enviadas ao local. O imóvel, construído com a tecnologia de alvenaria estrutural, popularmente chamada de "prédio-caixão", estava interditado pela Defesa Civil, mas teria sido ocupado indevidamente. O desastre deixou 14 mortos e sete feridos.

Dezenas de voluntários ajudaram a retirar escombros e outros objetos para resgatar as pessoas que estavam desaparecidas. Os bombeiros também atuaram com cães farejadores para localizar os pontos exatos onde as vítimas podiam estar.

Após 35 horas de buscas ininterruptas, os bombeiros conseguiram localizar todas as 21 vítimas. Foram contabilizadas 14 mortes e 7 feridos, e 4 animais foram resgatados. A identidade das vítimas foram reveladas no dia 9.

Oito mortos do sexo masculino, e seis do sexo feminino, sendo uma delas mulher trans. A vítima mais jovem foi uma criança de cinco anos, enquanto a mais velha tinha 45. Duas adolescentes de 15 anos e uma mulher de 65 anos foram resgatas com vida e levadas ao hospital. Quatro homens, de 16, 17, 21 e 22 anos, foram encontrados com vida fora da edificação, tiveram ferimentos leves e foram para hospital. As vítimas fatais foram:

⚰️ Maria da Conceição Mendes da Silva, de 43 anos;
⚰️ Deivison Soares da Silva, de 19 anos, filho de Maria, morreu no hospital após ser resgatado;
⚰️ Deivid Soares da Silva, de 17 anos, filho de Maria;
⚰️ Eloá Soares da Silva, de 21 anos, filha de Maria;
⚰️ Marcela Neves dos Santos, de 42 anos;
⚰️ Wallace Neves dos Santos, de 10 anos, filho de Marcela;
⚰️ Maria Flor Neves dos Santos, de 6 anos, filha de Marcela;
⚰️ Guilherme Emanuel Misael, de 12 anos;
⚰️ Pedro Misael, de 8 anos, irmão de Guilherme;
⚰️ Ester Misael, de 5 anos, irmã de Guilhemer;
⚰️ Mateus Silva de Albuquerque, de 21 anos;
⚰️ Josuel Ramos da Silva, de 45 anos;
⚰️ José Celino da Mota Neto, de 40 anos;
⚰️ Joseane Darc Nascimento de Lucena, de 37 anos.

Diversos políticos de Pernambuco lamentaram o ocorrido, incluindo a governadora Raquel Lyra, e a prefeitura de Paulista decretou luto oficial de três dias. No local ainda tem muitos prédios condenados há décadas que não são demolidos e, sem moradia, famílias reocupam de maneira irregular. Só nesse local são mais de 10 edifícios estão na mesma situação. O bloco D7 tinha 3 andares, e 32 apartamentos.

Não foi o primeiro prédio que desabou em Paulista. Em 12 de dezembro de 2020, parte do Edifício FCA Capozolly desabou no Janga; mas ninguém ficou ferido.

No dia 27 de abril de 2023, o Edifício Leme, com três andares, localizado no bairro de Jardim Atlântico também desabou, provocando a morte de seis pessoas e deixando cinco feridos. Entre os mortos estão um homem de 32 anos, um adolescente de 13, uma mulher de 52, uma mulher de 32 anos e a filha de 16.

O prédio também estava interditado, segundo a Defesa Civil de Olinda, e, portanto, não poderia ter moradores, mas mesmo assim, pessoas invadiram a unidade ou realizaram aluguéis das suas propriedades. Em 2020, a Prefeitura de Olinda divulgou que há cerca de 98 prédios com problemas para moradia.

É preciso uma legislação específica obrigando a empresa construtora a demolir o mais rápido possível todo e qualquer edifício condenado. Só assim salvaremos muitas vidas! 😞😓😥😢😭

#1anodatragediadoconjuntobeiramar
#historiadascalamidadespublicaspernambucanas
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📖 Fontes consultadas:

📻 Agência Folha
💻 Portais G1, Leia Já e Marco Zero
📰 Jornais Folha de Pernambuco e Jornal do Commércio

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sexta-feira, 5 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 05.07.24 - 100 Anos da Revolução Paulista de 1924 - A Revolução Esquecida

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👨‍✈️🔰👩🏼‍✈️ Num dia como hoje, 5 de julho, há exatamente 100 anos, começava em São Paulo, a segunda maior Revolta Tenentista, que entrou para a História com o nome de REVOLUÇÃO PAULISTA DE 1924, mas que é mais conhecida como a "Revolução Esquecida", apesar de ser a maior batalha urbana da América Latina. Durante 23 dias tropas rebeldes lideradas por tenentes e tropas legalistas se enfretaram.

Comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes, a Revolução Paulista contou com a participação de vários tenentes, dentre os quais Joaquim do Nascimento Fernandes Távora (que faleceu na revolta), Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do Brasil e João Cabanas. O objetivo principal do levante era depor o presidente Artur Bernardes (considerado inimigo dos militares desde a crise das cartas falsas). Entre as reivindicações estavam o voto secreto, a justiça gratuita e a instauração do ensino público obrigatório.

Os militares atacaram casas e prédios em regiões estratégicas. Foi considerado o maior bombardeio que já ocorreu na cidade de São Paulo. Navios de Guerra atracaram no Porto de Santos. A sede do governo do Estado, o Palácio dos Campos Elíseos, também foi bombardeado. Durante os 23 dias, cerca de 300 mil pessoas fugiram da cidade de São Paulo para resguardarem suas vidas. No interior do estado de São Paulo aconteceram rebeliões em várias cidades, com tomada de prefeituras pelos revoltosos.

Centenas de corpos ficaram espalhados por ruas e mesmo em jardins. Muitas casas foram destruídas. A conhecida avenida Paulista, também não ficou alheia aos bombardeios. Os bairros da Luz e principalmente Mooca viraram alvos específicos na ofensiva armada determinada em 1924. Bairros da zona leste como Belém e Mooca apresentam casas do período que historicamente ostentam marcas da ação do governo Bernardes.

Alguns bondes foram virados e locomotivas arrancadas dos seus trilhos. Quem vê as fotos antigas da épcoa pensa que é uma cidade europeia durante a I Guerra Mundial. A capital ficou irreconhecível após os ataques. 

Após semanas de combate, os rebeldes foram forçados a recuar e abandonar a cidade, se retirando para o interior de São Paulo e depois para o Paraná, onde se uniram ao comando de Luís Carlos Prestes, que mais tarde veio ser o movimento guerrilheiro, conhecido como Coluna Prestes, uma revolta político-militar que ocorreu entre os anos de 1925 e 1927.

A Revolta de 1924, embora fracassada, evidenciou a insatisfação com o governo central e contribuiu para o clima de instabilidade política que culminaria na Revolução de 1930 e na queda da Primeira República. Os tenentes e demais militares que participaram desta revolta e das demais revoltas da década de 1920 receberam anistia dada por Getúlio Vargas logo após a vitória da Revolução de 1930. No bairro de Perdizes, a Revolução de 1924 ainda é comemorada anualmente. 👏👏👏👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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terça-feira, 2 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 02.07.24 - 200 Anos da Confederação do Equador de 1824

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🦁🛡️ Num dia como hoje, 2 de julho, há 200 anos começava a CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR, movimento revolucionário de caráter republicano e separatista que eclodiu em Pernambuco sob a liderança de Manuel de Carvalho Pais de Andrade, e que contou com a participação das demais províncias do Nordeste: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. O movimento contou com a participação de importantes personagens da História brasileira, como o jornalista e médico baiano Cipriano Barata e o frade carmelita Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca, o Frei Caneca, cujos escritos no “Typhis Pernambucano” atacavam o autoritarismo de D. Pedro I.

Representou a principal reação contra a tendência monarquista e a política centralizadora do governo de Dom Pedro I (1822-1831), esboçada na Carta Outorgada de 25 de março de 1824, a primeira Constituição do país. O imperador, mesmo após a Independência do Brasil, permanecia atrelado aos interesses da Coroa Portuguesa, e mostrava-se simpático a uma proposta, feita pelo seu pai Dom João VI, de recriar o Reino Unido com base em fórmula que concederia ao Brasil uma ampla autonomia, porque assim preservaria seus direitos ao trono português. A fórmula, contudo, era vista por muitos pernambucanos como uma tentativa de recolonização. O movimento é considerado um desdobramento da Revolução Pernambucana de 1817.

Para derrotar os revolucionários, Dom Pedro I pediu empréstimos à Inglaterra e contratou tropas no exterior, que seguiram para o Recife sob o comando de Thomas Cochrane. Atacados por mar e terra, os revoltosos foram definitivamente derrotados em 29 de novembro de 1824. A repressão foi a mais violenta na história do império brasileiro: 31 revoltosos foram condenados à morte – sendo que 9 não foram executados porque conseguiram fugir –, centenas foram presos e muitos morreram em combate.

Ainda em retaliação, o imperador desmembrou a Comarca do Rio de São Francisco do território pernambucano (sete anos antes, Dom João VI havia desligado de Pernambuco a Comarca das Alagoas como punição pela Revolução Pernambucana). Devido ao seu espírito democrático, portanto, os pernambucanos perderam 62% do seu território, passando dos 261 mil quilômetros quadrados originais para os 98 mil atuais.

Apesar da intensa repressão e das perdas, tanto humanas, quanto territoriais, os pernambucanos viriam a se revoltar mais uma vez contra o Império brasileiro, desta vez em 1848, quando os liberais ligados ao Partido da Praia se rebelaram e explodiu a Revolução Praieira. 💣💥😠

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais a Confederação do Equador de 1824, acesse:





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segunda-feira, 1 de julho de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 01.07.24 - 30 Anos do Lançamento do Plano Real

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💲🎂 Num dia como hoje, 1º de julho, há 30 anos, era lançado o chamado PLANO REAL, um marco decisivo na história econômica do Brasil. O plano foi a resposta à hiperinflação que assolava o país – que estava em quase 3.000% ao ano (a inflação oficial do país ficou em 4,6% em 2023) –, mudando o padrão monetário e estabilizando a economia.

Em meio a tantos indexadores criados para corrigir preços e salários, a equipe econômica do então governo Itamar Franco criou um superindexador: a Unidade Real de Valor (URV). Por três meses, todos os preços e salários foram discriminados em cruzeiros reais e em URV, cuja cotação variava diariamente e era mais ou menos atrelada ao dólar. Até o dia da criação do real, em que R$ 1 valia 1 URV, que, por sua vez, valia 2.750 cruzeiros reais.

Ao indexar toda a economia, a URV conseguiu realinhar o que os economistas chamam de preços relativos, que medem a quantidade de itens de bens e de serviços distintos que uma mesma quantia consegue comprar. Aliado a um câmbio fixo, no primeiro momento, e a juros altos, para atrair capital externo, o plano deu certo. Em junho de 1994, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tinha atingido 47,43%. O indicador caiu para 6,84% no mês seguinte e apenas 1,71% em dezembro de 1994.

O real veio após uma sucessão de planos frustrados, incluindo aquele do governo Fernando Collor de Mello, que incluiu o confisco das poupanças (veja detalhes abaixo). Nos oito anos anteriores ao Plano Real, o país teve quatro moedas diferentes — cruzeiro (Cr$), cruzado (Cz$), cruzado novo (NCz$) e cruzeiro real (CR$).

A execução do Plano Real exigiu um planejamento meticuloso e inovações significativas por parte dos gestores da política econômica. Desde 1993, equipes do Ministério da Fazenda, Banco Central do Brasil e Casa da Moeda do Brasil trabalharam juntas no desenvolvimento do Plano, dividido em três fases.

Na primeira fase, iniciou-se o esforço de ajuste fiscal com a criação do Fundo Social de Emergência (FSE) para aumentar a arrecadação tributária e a flexibilidade da gestão orçamentária em 1994/1995. A segunda etapa foi marcada pela utilização da Unidade Real de Valor (URV), uma moeda escritural, embrião da futura moeda, que acabou sendo usada exclusivamente como padrão de valor monetário, ou seja, como unidade de conta que estabelecia os valores dos produtos e serviços no país.

Na última fase, a introdução do real implicou um desafio histórico para o Banco Central e a Casa da Moeda. Entre abril e junho de 1994, mais de 940 milhões de cédulas e 688 milhões de moedas foram distribuídas.

A Casa da Moeda desempenhou um papel crucial na produção das novas cédulas e moedas, utilizando tecnologias avançadas para garantir a qualidade e a segurança contra falsificações, com elementos como marca d'água, relevo tátil e dispositivos visíveis e invisíveis.

À época, o presidente Itamar Franco escolheu transformar seu chanceler, Fernando Henrique Cardoso, em ministro da Fazenda. Com uma equipe de economistas, eles gestaram o Plano Real. Antes de Fernando Henrique, o presidente Itamar teve três diferentes ministros da Fazenda. Um dos motivos para a escolha de FHC para assumir o combate ao descontrole inflacionário foi o seu bom trânsito político, dado que ele era senador licenciado.

Para explicar o funcionamento do plano e como os salários da população seriam beneficiados, FHC deu várias entrevistas à imprensa e, em março, chegou a participar do Programa Silvio Santos, o mais popular da época.

Um dos criadores do Plano Real e presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Franco diz que o Plano Real envolveu a angariação de apoio político antes de ser posto em prática.

Outro pai do Plano Real, o economista Edmar Bacha, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no início do governo Fernando Henrique, diz que o objetivo do plano era fundamentalmente acabar com a hiperinflação.

O sucesso do Plano Real, no entanto, não se deve apenas à URV. Num momento raro de consenso político e de cansaço com a hiperinflação, o Congresso Nacional foi importante para aprovar medidas que saneavam as contas públicas. Uma delas, a criação do Fundo Social de Emergência, que desvinculou parte das receitas do governo e flexibilizou a execução do Orçamento ainda no segundo semestre de 1993. O Plano Real não apenas restaurou o poder de compra dos brasileiros, mas também trouxe confiança para os investidores e impulsionou o crescimento econômico sustentável. 

De lá para cá, o real já se desvalorizou bastante. A inflação oficial do país acumulou alta de 708% nesses 30 anos. Em outras palavras, uma moeda de R$ 1 de hoje equivaleria a R$ 0,12 da época. Parece bastante, mas não se compara com a dimensão do problema que o Real veio resolver. 💸💱🫰

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

💹 Para saber mais sobre outros planos econômicos brasileiros, acesse:



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